Ep.74

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"Morta duas vezes"

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"Morta duas vezes"

[...] Após alguns minutos Bellatrix aparantou com seus capangas arrastando Dolores que ficou em choque ao me ver.

-Milord, eu fiz algo de errado?  -Ela questiona mais pálida que o normal

-Como ousa torturar um dos nossos por dizer que eu estou vivo?  -Ele questiona

-E-eu não fiz isso, a história não foi bem assim, eu não sabia.  -Dolores começou a gaguejar

-Anne, vá.  -Voldemort diz

Concordo e me levantando pegando o cajado sem encarar meu pai pois saberia que não teria coragem.

-Anne, por favor.  -Dolores diz assim que é obrigada a ajoelhar

Encarei seus olhos assustados mas lembrei dos olhos dela quando disse que a morte de Cedric foi um acidente, quando me torturou.
Levantei meu cajado a encarando.

-Por favor Anne, eu imploro.  -Ela diz desesperada

-Implore ao diabo vadia.  -Digo levantando meu cajado- crucius.

Um raio vermelho saiu do meu cajado acertando ela me fazendo sorrir enquanto assistia seus gritos que pareciam músicas em meus ouvidos.

-PARA, CHEGA.  -Ela berra

-NÃO.  -Grito de volta.

Continuei balançando meu cajado até cansar e virar para Voldemort

-Pronto Mestre? Os gritos da bruaca me dão dor de cabeça.  -Digo firme

Ele deu risada e eu sorri de lado

-Está ótimo.  -Ele diz

Abaixei meu cajado e Dolores ficou no chão recuperando as forças enquanto eu me sentei no meu lugar sendo aplaudida pelos outros comensais evitando olhar Draco ou meu pai.

-Você está dentro.  -Voldemort diz sorrindo- deveria andar mais com ela Malfoy

-Ela já tem companhia mestre. -Ele diz

Olhei Malfoy que me olhava com superioridade, um olhar que me irritava profundamente.

[...] Havíamos retornado a Hogwarts, eu e meu pai não trocamos muitas palavras

-Você deveria ter me contado sobre o crucius.  -Ele diz

-desculpe.  -Digo abaixando a cabeça enquanto andávamos até a comunal 

-Não está me escondendo mais nada?  -Snape questiona

Quando meu pai pergunta isso ele sabe exatamente que sim e sabe exatamente o que eu estou escondendo

-Quando ia me contar sobre a maconha? Sobre os feitiços para esquecer seus sentimentos? Sobre o colar com feitiços para diminuir suas emoções? Quase cair da torre de astronomia? Achar que merecia toda aquela tortura de Dolores?  -Meu pai pergunta

Podia escutar sua voz estremecida, com raiva não de mim, mas dos outros e da tristeza em não poder fazer nada sobre a minha dor

-Eu tô bem pai, não quero falar sobre isso.  -Digo desviando o olhar

-Precisamos falar sobre isso Anne.  -Ele diz

-Não precisamos.  -Digo abaixando meu rosto

-Anne você quase morreu na banheira, você quase morreu na torre, você quer morrer!  -Ele diz, podia saber que seus olhos estavam cheios de lágrimas mesmo sem o olhar.

Algumas lágrimas começaram a cair do meu rosto

-Quando que paramos em? Por que eu lembro desse ano você na minha sala contando tudo sobre Cedric, ou na nossa casa você contando sobre aquela maldita festa, você me contava tudo Anne mas agora está guardando isso, você está morrendo por dentro.  -Ele falava rapidamente, desesperado, assustado

-Uma parte de mim morreu quando eu cai da arquibancada enquanto corria até o corpo do Cedric pai.  -Digo sentindo as lágrimas caírem- e a outra parte morreu quando teve que se despedir dele no cemitério

Na última parte eu já estava sem forças, havíamos entrado na comunal e eu me sentei no sofá fraca.

-Depois daquele dia meu corpo teve que aprender a conviver sem a alma, sem os sorrisos sinceros, sem as risadas.  -Digo chorando desesperadamente- quando eu paro para pensar no que eu sinto eu volto para o dia que ele foi tirado de mim, eu escuto meus gritos, eu escuto meu corpo caindo no chão, eu escuto o peito dele vazio, sem seus batimentos cardíacos, eu escuto o choro do Amos, eu escuto Cedric dizendo que íamos nos encontrar em um restaurante Italiano, dizendo que ele ia se cuidar e quando ganhasse comemoraria comigo, eu escuto os gritos do Harry, eu escuto meus gritos agonizantes.

Nesta hora eu estava chorando tanto que minha voz falhava com o nó na garganta e a fraqueza

-Eu escuto ele dizendo que me ama e que nunca quebraria meu coração.  -digo puxando ar para continuar- pai, eu rezo toda noite pedindo para que ele voltasse, terminasse comigo e namorasse outra menina quebrando meu coração desse jeito.

-Anne.  -Meu pai diz acariciando meu ombro

-Mas ele não quebrou meu coração, quando ele morreu ele levou meu coração com ele, ele me matou por dentro.  

Dei uma pausa procurando forças para continuar

-Naquela noite minha alma morreu junto ao Cedric, porque eu sabia que não conseguiria deixar ele ir se eu continuasse viva por inteiro.

O ar me faltou e a minha visão escureceu por alguns segundos, olhei meu pai que chorava silenciosamente enquanto via meus desabafos e choros agonizantes.

-Ele acreditava na minha melhor versão, ele acreditava que eu fosse a salvação.  -Digo chorando- quando ele morreu essa parte de mim morreu junto pai, é só pensar, quando ele morreu meus cabelos perderam a cor, meus olhos perderam a cor, minha alma perdeu a cor porque tudo de bom, tudo de feliz morreu com ele. 

Encarei meu pai, ele secava algumas lágrimas que escaparam de seu rosto

-Anne, ele acreditava em você minha pequena, ele sabia que todo esse brilho, tudo isso colorido vinha de dentro de você, e ainda está ai, em algum lugar, nós só precisamos encontrar.

Meu pai diz me puxando para um abraço onde eu chorei muito.

-Mas a profecia, ela.  -Comecei a dizer mas meu pai me interrompeu

-Ela foi modificada uma vez e pode ser modificada de novo 

Respirei fundo concordando, ficamos ali longos minutos enquanto meu pai me consolava.

//MANO POR FAVOR ALGUÉM AJUDA ELA.

A vadia rosa sofreu a vingança, beijo

"A profecia divina"Onde histórias criam vida. Descubra agora