Capítulo- 1

2.2K 262 229
                                    


Castiel sempre amou dias nublados, eram seus favoritos.

Isso era porque nesses dias ele sempre podia, depois do trabalho, ficar encolhido em seu apartamento, no meio de suas cobertas quentinhas.

Ele apressou o passo quando teve que atravessar uma rua, quase correndo ao passar pelo trânsito sempre movimentado de Nova York.

Ajeitou o sobretudo bege no corpo e continuou andando, passando pelas pessoas que andavam na mesma calçada que ele.

Castiel respirou fundo quando entrou em seu prédio e foi abraçado pelo ar quentinho do local.

Cumprimentou o porteiro com um sorriso e segui para o elevador, apertando o botão do último andar.

Calmamente, ele destrancou a porta, entrou no apartamento e a trancou de novo.

Tirou o sobretudo e o blazer do terno que usava e se jogou no sofá, usando apenas a camisa social branca, a calça preta e sapatos também sociais.

Tirou o telefone do bolso, suspirando ao ver que tinham várias ligações de seu pai e de seu irmão, Gabriel.

Ignorou as de seu pai. Havia cortado laços com ele porque não concordava com o trabalho que ele fazia.

Não voltaria atrás a menos que Chuck mudasse sua forma de agir.

Tentou retornar as ligações de Gabriel, franzindo o cenho quando o loiro não o atendeu.

Gabriel estava sempre com o celular…

O fato de ele não ter atendido era preocupante.

O homem de olhos azuis foi tirado de seus pensamentos quando ouviu batidas na porta pela qual tinha acabado de entrar.

A passos lentos e leves, ele se encostou na porta, olhando pelo olho mágico.

Arregalou os olhos quando viu vários homens armados do outro lado da porta.

Devagar e o mais silenciosamente possível, ele se afastou da porta. Sua mente estava a mil por hora, pensando em uma forma de sair dali vivo.

"Seu pai te ensinou, Castiel! Lembre do que ele ensinou!"

Não teve tempo, se jogou atrás do sofá quando a porta foi explodida.

"Ele me ensinou a me defender, mas é o trabalho dele que me coloca em perigo!"

Fechou os olhos e respirou fundo quando ouviu os homens entrando no apartamento a passos lentos e calmos.

— Sabemos que você está aqui, Novak. — um deles falou. — Seu papai se meteu em uma enrascada com nosso chefe, e é por isso que estamos aqui.

Castiel engatinhou até a mesinha de centro que estava próxima de si, pegando a pistola que estava presa embaixo do tampo dela.

— Eu não tenho mais relação com meu pai. Não tenho mais nada a ver com ele. Não tenho valor pra' ele.

— Você tem sim. Ele é seu pai, ele te ama.

— Ah, e por isso acham justo me matar? Por um erro do meu pai?

— Quem disse que queremos te matar? Nosso chefe não vende mercadoria estragada.

Castiel sorriu.

Então eles não poderiam matá-lo... Informação útil.

Em um movimento súbito, ele se ergueu, mirou no primeiro homem que viu, atirou e se abaixou de novo, sendo novamente protegido pelo sofá.

Mercenary/ DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora