Capítulo-3

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Dean abriu os olhos de uma vez, tão alarmado que nem reparou no teto de pedra em cima de sua cabeça.

O Winchester olhou para seu lado direto, vendo seu facão caído ao seu lado.

Rapidamente, Dean agarrou a base do facão e se levantou, agarrando o homem que estava sentado ao seu lado pela gola da camisa e o empurrando até a parede com brutalidade.

Ele não se importou com o gemido de dor que ouviu, apenas posicionou o facão na frente do pescoço do homem.

— Dean, calma! Sou eu! — Castiel falou, erguendo as mãos.

O Winchester franziu o cenho, olhando para o Novak.

Cabelo preto, olhos azuis, lábios carnudos… é, era ele.

Suspirando, Dean o largou, se afastando dele e olhou ao redor. Ele arqueou as sombrancelhas quando percebeu que estavam em uma caverna.

Ele viu sua mochila no chão, e percebeu que, antes de acordar, ele estava a usando de travesseiro.

Também notou a fogueira acessa a alguns metros da mochila e o barulho da chuva caindo fora da caverna.

— Uh, minhas costas. — Castiel reclamou, erguendo os braços para cima, estalando as costas.

Sem dizer mais nada, ele se colocou na frente da fogueira e se sentou, pegando um pedaço de madeira grande, a faca pequena de Dean e voltando a raspar a ponta dele, fazendo uma lança.

— É, o que... O que foi que aconteceu? — Dean perguntou, caminhando até ele e se sentando ao seu lado.

— Você rolou por um morro, bateu a cabeça e desmaiou. — o Novak respondeu, sem tirar os olhos do pedaço de madeira.

O Winchester levou a destra até o lado esquerdo de sua testa, fazendo uma careta de dor quando tocou o local machucado.

— E como cheguei aqui? Onde, mais especificamente é aqui?

— Eu te carreguei, ué. — Castiel respondeu, finalmente olhando para ele. — E estamos em uma caverna. Não se preocupe, ela é bem escondida por aquele mato ali. — falou, e apontou para a entrada da caverna. — Eu só achei ela porque fui me apoiar para descansar e caí pra' dentro dela. 

Dean riu levemente, balançando a cabeça negativamente. Visto que estava chovendo e eles não poderiam andar naquele momento, ele pegou a mochila, a posicionou no chão e se deitou de novo, voltando a usá-la de travesseiro.

— O que você está fazendo, Novak? — perguntou, vendo o de olhos azuis apontar a madeira.

— Uma lança. — o moreno respondeu. — Ah, eu não consegui achar nenhum outro animal, mas eu achei essas frutinhas. — contou, entregando a garrafa cheia de frutas para o Winchester.

Dean olhou para elas com o cenho franzido.

— Certeza que isso não é venenoso? — indagou.

— Bom, eu comi um monte e não morri até agora. 

— Deus! — o loiro falou, rindo e pegando uma das frutas, assumindo o risco e a colocando na boca. — É gostosinho até.

— Obrigado.

— Falei da fruta.

— Eu sei, ué. Do que achou que eu estava falando?

O Winchester apenas balançou a cabeça negativamente, sorrindo.

Ficaram em silêncio depois disso, apenas o som da chuva e o crepitar da fogueira preenchendo o ambiente.

Dean ficou o tempo todo observando Castiel, vendo ele transformar um galho grande e relativamente grosso em uma arma mortal.

Mercenary/ DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora