Como todos os rapazes também ele tem uma melhor amiga, Brianna. Uma menina muito timida, introvertida, mas que no fundo ja passou por muito.
Esta historia vai mostrar como duas pessoas completamente diferentes conseguem uma amizade tão segura como a...
Ao fim de algumas, imensas, horas chego finalmente a Lisboa onde me reencontro com os meus avós que já não via à cerca de 5 anos.
Depois de chegarmos a casa deles conto finalmente tudo o que aconteceu e que naquele momento não conseguia ficar em casa com os meus pais e vê-los passar por todas aquelas divisões e ainda mais discussões.
Completei o ensino secundário enquanto trabalhava para poder ajudar os meus avós que não tinham tantas possibilidades como eu antigamente tinha.
Durante os primeiros meses falei realmente todos os dias com todos eles, com os meus pais nem por isso, apenas sei que o divórcio já está terminado, cada um já seguiu a sua vida e o meu pai saiu realmente de casa para viver com a sua amante e a minha mãe continua na casa onde antes vivíamos como uma família.
Conheci pessoas novas e segundo os meus avós não são as melhores companhias, acho que em certa parte concordo com eles mas há coisas que precisam de ser feitas em prol de coisas melhores. Eu sei que há certas coisas com as quais não nos devemos relacionar, mas não tive hipótese de fazer as coisas de outra forma.
Estava no meio dos meus pensamentos quando recebo uma mensagem com uma hora e um local e claro já sabia de que se tratava. Visto que a hora já se aproximava mudei de roupa para algo mais discreto e desço, despeço-me dos meus avós e subo para a minha mota, sim comprei uma pouco tempo depois de chagar a Portugal mas ainda ninguém sabe nem mesmo os meus pais.
Chego ao local à hora marcada e vejo um dos meus novos "amigos" a dirigir-se até mim com um pacote.
- Preciso que entregues isto na morada que está por cima, a pessoa já lá vai estar à tua espera por isso vê se não demoras. - diz enquanto me toca de leve no ombro e eu sigo caminho sem dizer nada.
Ninguém sabe o nome real de ninguém, apenas usamos alcunhas, sendo a minha a "moto girl", aquela que estava sempre de cara trancada, sempre de cores escuras e bastante misteriosa, basicamente o contrário do que era quando ainda estava em LA.
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Fiz a entrega tal como estava programada e o dinheiro para entregar ao "cabecilha" mas não sem antes tirar a parte que a mim competia como fazia sempre.
Voltei para casa completamente cansada, estava já farta desta vida, de ser a que dava sempre a cara enquanto que todos os outros ficavam escondidos de tudo. Eu tinha noção de que se isto alguma vez corresse mal eu seria a primeira que iriam procurar, por isso sabia que tinha de arranjar maneira de sair daqui o mais rápido possível e sem darem por isso.
Decidi desligar todos os meus aparelhos pelos quais poderia ser contactada (pc e telemóvel), tomei um banho mais demorado do que o normal e deitei-me a pensar que mesmo com todo o drama em relação aos meus pais as coisas eram tão mais simples enquanto lá estive. Sentia saudades de ser eu mesma quando estava com os meus verdadeiros amigos, acabei por me afastar um pouco deles com medo de descobrirem mais fraquezas minhas e os meter em perigo.
