Capítulo 1

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Harry.

Malfoy acabou de me ligar falando que precisa urgentemente de mim, e para não demorar. Não sei se devo confiar nele, ele sempre me põe em uma situação arriscada, ou as vezes me liga, mas no final nem precisa mesmo de mim. Ou seja, tempo perdido.

Porém dessa vez, há seriedade em sua voz e parece que ele precisa de mim de verdade.

Do meu quarto aonde estou, deu pra ouvir a porta da frente bater, avisando que malfoy havia acabado de chegar. Ele precisa de mim, porém eu não queria ir até o fim da cidade pra me encontrar com ele, então mandei o mesmo vim até mim.

Me levantei da cama, e descalço mesmo fui indo até o Malfoy, desci as escadas lentamente, degrau por degrau.

Malfoy estava na cozinha, tomando um copo d'água. Não parecia que ele estava com medo ou assustado, ou até mesmo preocupado.

– Então? O que precisa? – Questionei-lo após descer o último degrau da escada.

– Por que a água da sua casa é tão boa? – Olhou atenciosamente para o copo onde a água estava – Ah sim! Do que eu precisava... Hm... – Pensou.

– Anda logo, Malfoy.

– Ah! Lembrei! – Colocou suas mãos no bolso de seu casaco de peles esverdeados – Preciso que vá até a casa do Diggory e entregue isto a ele – Pegou um remédio do bolso e estendeu para mim pegar.

– Não, não, não. Por que você mesmo não vai até ele? – Lhe encarei seriamente – Olha só! – Estendi meu dedo indicador para a janela – Está nevando! Não posso sair assim do nada!

– Você sabe que eu não me dou bem com o Cedric, Potter – Disse – E é uma chance de vocês dois conversarem melhor e até mesmo voltarem a ser amigos inseparáveis como antes, hum? – Contínuou: – Ele está muito mal, e sua presença vai faze-lô melhorar, pode ter certeza! – Afirmou.

Malfoy, sai da minha casa agora, antes que eu dê um soco no meio de sua cara, pensei.

Ele veio vindo até mim, segurou uma de minhas mãos e colocou um remédio sob ela. Deu dois tapinhas no meu ombro esquerdo.

– Agora tenho que ir, cuida bem do seu namoradinho Potter – Riu.

Então ele deu mais alguns passos abriu a porta; Olhei para ele. Draco apenas piscou um olho, riu mais uma vez e fechou a porta. Logo assim saindo de minha casa.

Olhei para os remédios em minhas mãos, pensando se eu realmente deveria ir até o apartamento de Cedric.

Porra, porra, porra Cedric, não tinha uma hora melhor para você ficar doente? Quando está nevando você vai lá e faz isso! Porra!

Fui até a cozinha que estava a alguns passos a minha frente. Abri a geladeira peguei uma jarra de água e despejei um pouco de água em um copo que estava ali na mesa. Bebi a água calmamente enquanto continuava pensando se deveria ir lá mesmo; Não adianta eu pensar tanto, afinal, eu terei que ir lá mesmo sem querer. Ele está precisando de mim e do remédio, se ele está doente não posso apenas ignorar.

Tomei o resto da água que havia no copo rapidamente e o coloquei na pia, as ruas estavam cheias de neve, seria muito difícil passar por ali sem que o carro ficasse preso. Balancei a cabeça para os meus pensamentos saírem e fui indo até às escadas e a subi, segurando com a minha mão esquerda no suporte que ficava ao lado das escadas para que as pessoas pudessem segurar. Se não quisessem cair, lógico. Porém quem iria querer cair de uma escada e correr o risco de morrer?

Pensamentos aleatórios vagam pela minha cabeça enquanto eu subo as escadas. Pensamentos até desnecessários.

(···)

Peguei o controle da porta da garagem e apertei o botão de abri-la, que logo tratou-se de abrir. Abri a porta do carro e adentrei nele me sentei no banco do motorista, bati a porta para que ela pudesse fechar. Logo em seguida peguei a chave do carro e a coloquei em seu devido lugar, a girei fazendo assim o carro ligar. Olhei para o banco do lado me certificando se o remédio estava ali; Ele estava.

Suspirei.

Com a minha mão direita dei marcha permitindo que o carro andasse para frente, coloquei meus pés sob os pedais do carro e então empurrei levemente o de andar para frente. O carro começou a ir devagar. Passei pela garagem e logo a porta se fechou, as ruas estavam completamente brancas por conta da neve, as árvores tinham algumas pombas brancas também que se misturavam com a neve, flocos de neve caiam sob as ruas e árvores. E então já na direção que fica a casa de Diggory, comecei a andar um pouco mais rápido. Mas nem tanto para não causar um acidente por conta da neve.

Enquanto a neve cai lá fora || Hedric.Onde histórias criam vida. Descubra agora