Enquanto a neve cai lá fora || Hedric.

Capítulo 7

Potter continuava sentado com suas costas apoiadas na porta do banheiro, enquanto pensava sobre o que Cedric havia o contado.

Sim, ele amava Cedric, mas odiava admitir seu orgulho o preenchia por completo nesse momento, lágrimas involuntárias percorriam por seu rosto. Ele não sabia por que chorava, apenas estava com medo, medo de admitir que o ama, e os dois não derem certo — Como aconteu com ele e com Draco —.

Cedric continuava na sala perambulando a mesma, andando de um lado para o outro, sem rumo. Pensando se realmente deveria ter contado sobre seus sentimentos para o mais novo, mesmo que eles não ficassem juntos, Harry era importante para Cedric. De uma forma romântica ou não, os dois eram almas gêmeas um do outro.

Diggory cansado de esperar por respostar do mais novo, foi atrás delas por ele mesmo. Se aproximou mais do banheiro e se sentou encostando o corpo na porta, da mesma maneira em que Harry estava.

– Potter? – Chamou Cedric.

silêncio.

– Eu sei que você está me ouvindo! – Afirmou, com um suspiro no final.

Nada saia da boca de Harry.

– Olha, desculpa ter te contado tudo assim, tão... Rápido! Eu não queria te deixar confuso, se é assim que você está agora. Eu só não conseguia guardar para mim um sentimento que já estava guardado por tanto tempo! E mesmo que você não me ame da mesma maneira, por favor, saia do banheiro e vamos conversar, como pessoas civilizadas! Você aí, e eu aqui, não vai adiantar em nada, meu bem – Falou o mais velho.

Harry mordeu o lábio inferior.

Vai Harry, fala alguma coisa porra! Pensou Potter, se Cedric estava triste, era culpa dele. Ele tinha que falar alguma coisa!

– Então Hazz, não vai falar nada? – Questionou Cedric, ele estava triste. Estava com a cabeça abaixada, olhando atentamente para o chão, que cobria sua vista.

Cedric colocou suas duas mão no chão e se empurrou para se levantar, até que Harry começou a falar, o fazendo se sentar novamente;

– Cedric... – Contínuou; – Tá, Ok, eu admito, eu sinto algo mais forte por você do que apenas uma amizade de amigos de infância. Mas nesse momento o medo me consome, e se acabarmos como eu e Draco? Você sabe que podemos correr riscos, riscos de nos afastar, risco de nunca mais nos falarmos. Eu te amo, mas estou com medo de algo dar errado – Suspirou.

– Então, você me ama? – Perguntou Cedric. Ele já sabia a resposta mais queria que Harry falasse, queria ouvir as palavras saindo da boca do mais novo – Tipo, amor para namorar? – Cedric abriu um sorriso, e se levantou.

– Sim Cedric, eu te amo do tipo Amor para namorar – Riu Potter.

– Você pode sair do banheiro para que possamos conversar? – Cedric deu dois pulinhos de alegria.

Ele estava feliz, feliz pois seu amado o amava de volta, e da mesma forma que ele sempre sonhou!

– Certo – Harry se levantou do chão, virou-se e ficou a frente da porta branca com a maçaneta dourada.

Harry segurou a maçaneta e a rodou, fazendo um pequeno grunhido vindo da porta se abrindo, puxou a porta para sua direção e se deparou com Cedric a sua frente com um sorriso de orelha a orelha. O mais velho puxou o braço do mais novo e colou seus corpos, agora grudados, Cedric olhava para os olhos azuis de Harry, e Harry olhava para os olhos castanhos de Cedric. As respirações misturadas, apenas com uma pequena ‘atmosfera’ separando suas bocas. Em uma pequena inclinação vindo de Cedric, seus lábios se colaram, agora suas línguas dançavam, um dividindo o sabor da boca do outro, ambos lutando para liderança sob o beijo, os olhos fechados, as línguas coladas, as respirações ofegantes, aquilo estava perfeito não só para um, e sim para os dois, que sonhavam com esse momento, mas nunca tinham chegado a contar um ao outro sobre tal assunto. Harry colocou suas mãos atrás da nuca de Cedric, e Cedric segurou sua cintura com suas mãos e o puxou mais para frente, aprofundando mais aquele beijo molhado, que ficava mais intenso a cada milésimo que se passava. Cedric sempre se perguntava como seria o Paraíso agora ele tem certeza, o paraíso na verdade, é a boca de Harry junto a dele, em um beijo romântico e calmo, onde não há luxúria. Apenas desejo de mais, e mais.

Os dois poderiam ficar ali por décadas de possível, mais infelizmente, o ar se fez necessário e tiveram que afastar seus lábios um do outro, agora as testas dos dois se mantiam coladas. Cedric sorriu, arrancando um sorriso vindo do mais novo também.

– Wow! Não sabia que você era tão perfeito até em beijar – Comentou Cedric.

– Eu sou bom até em outras coisas se, você quiser testar... – Sorriu malicioso.

– Porra, não faz assim comigo, se não eu vou ficar louco – Cedric olhava atentamente aos olhos de Harry, seus olhos eram uma das coisas mais lindas que ele já havia visto em todos os seus anos de vida, em seus olhos ele encontrava refúgio, paz.

Harry virou a cabeça e a encostou no ombro do mais velho.

– Desculpa, não consigo manter contato visual por muito tempo – Afirmou Potter.

– Tudo bem Hazz, é só que, eu sou rendido no seu olhar – Deu uma pausa – Na verdade sou rendido em você todo, por completo! – Harry riu.

– Eu te amo Harry.

– Eu também te amo Cedric.