Capítulo 8: A batalha final

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— Finalmente após esperar por eras eu despertei! — Diz a criatura na qual Amy havia se tornado, falando com uma voz que não era a dela mas que parecia com o ruído de uma legião de espíritos sendo atormentados. — E você… — Diz o ser apanhando a esmeralda roxa que flutuava do seu lado. — Você vai ser a primeira que eu pegarei para realizar o meu plano de dominação deste mundo desprezível.
Cada fala do ser soava como a gargalhada de centenas de espíritos malignos, ou como o bater de asas de um enxame de gafanhotos. Aqueles malignos olhos vermelhos e aquela presença maligna esmagadora gelaria qualquer um até os ossos, e ninguém sentia mais aquela presença do que Sonic, pois para ele era como se todos os seus sentidos explodissem dizendo perigo, como um animal que fica cara a cara com seu predador natural.
— A-Amy? — Pergunta Tails gaguejando, pois mau podia acreditar que aquilo diante de seus olhos era realmente sua amiga.
O ser volta a sua atenção para Sonic e seus amigos, então aproximasse deles os encarando com seus olhos vermelhos e uma sorriso perturbador no rosto.
— Áh! Amy Rose. — Diz o ser como se estivesse se lembrando de algo. — Desculpem, mas ela está… indisponível. Eu controlo a mente e o corpo dela agora.
— Controla? — Repete Tails.
— Exato. — Confirma a criatura. — E como não quero desperdiçar o meu tempo com vermes como vocês, acho que os deixarei viver por enquanto, mas…
O ser fixa o olhos em Sonic e o encara como uma águia avistando um camundongo. Sonic sente a pressão em seu olhar e estremece.
— Você... — Diz o ser apontando para ele. — Eu sei quem você é guerreiro do caos, e sei que seria um tolo se não aproveitasse a chance de matá-lo agora mesmo.
O ser alado estende a mão esquerda para o lado enquando segura a esmeralda com a outra, e então faz surgir na mão esquerda um martelo que lembrava um pouco o de Amy, mas seu designer era muito diferente; este lembrava mais um objeto de tortura, com seu longo cabo preto enrrolado com tiras que lembravam couro escuro onde ficavam as mãos, e os espinhos que possuía ao redor da cabeça, cuja cor era vermelha como sangue, com os lados e as extremidades cobertas por espinhos pretos.
O ser leva o braço para trás e com a facilidade com a qual se joga uma pequena pedra, atira o martelo na direção de Sonic que vai girando como se fosse um disco da morte.
— Cuidado Sonic! — Grita Tails avisando o amigo, mas o martelo ia tão rápido que já estava a centímetros do rosto de Sonic. Porém no último momento ele consegue desviar saltando para frente, permitindo que o martelo passa-se por debaixo dele e voltasse como um boomerang para a mão do ser que o atirou.
— Então conseguiu desviar do meu martelo. — Disse o ser pegando de volta seu objeto na mão livre. — Impresionante, mas não esperava menos de você.
Sonic aterrissa e dá uma cambalhota, então encara o ser sem medo até que ele diz:
— Mas não acho que seus amigos tenham tanta agilidade.
Dizendo isso o ser atira novamente o martelo mas com mais força, fazendo ir girando rapidamente em direção a Knuckles.
Sonic percebe a ameaça vindo em direção ao amigo e tenta ir em sua auxílio, mas o ser faz um movimento com dois dedos e o martelo faz uma rápida curva e vai em direção a Sonic, que sem conseguir desviar acaba sendo acertado com força por ele, e é arremessado caindo logo em seguida muito ferido no chão. O ser faz outro movimento com os dedos e o martelo desvia novamente e vai em direção a Knuckles, que estende os braços para frente como se fizesse o sinal de pare para tentar se defender do objeto giratório, mas este quebra facilmente sua defesa e o acerta em cheio no rosto o fazendo cair deixando um rastro de sangue voar. Sem se dar por satisfeito o ser faz novamente um movimento com os dedos, e o martelo faz outra curva acertando Tails em cheio, o nocauteando na hora sem ter tido qualquer chance de defesa. Continuando na mesma trajetória o martelo ainda girando, atinge Sticks ainda encima de Kazumi, e a faz cair para o lado a libertando, e retornando logo em seguida para as mão de seu mestre, que o pega com a mesma facilidade de antes.
Ao ver-se livre de Sticks que a dominava, Kazumi levanta-se e vai apressadamente em direção ao ser alado e se curva diante dele, o reverenciando como se fosse uma divindade.
— Meu senhor. — Diz ela curvando-se com o rosto no chão. — Celebramos a sua chegada. Eu, Kazumi Ahmya da Rosa Sangrenta, humildemente me ofereço para servi-lo. Tenho comigo duas esmeraldas do caos para ajudar-lhe a obter o poder total.
— É mesmo? E onde estão? — Pergunta o ser em um tom que lembrava deboche.
— Estão ali! — Aponta Kazumi para uma rocha cinza perto de onde Sticks havia caído. — Eu as escondi por precaução.
O ser com movimento do braço faz sumir o martelo em sua mão, fazendo logo em seguida outros movimentos com os dedos, e como que por telecinese a rocha é levantando ficando com uma energia escura ao redor, e debaixo dela sai uma maleta cinza que é levada pela mesma energia escura até o ser, que apenas usando seus poderes quebra o cadeado que a fechava e a abre, revelando uma folha de papel com um desenho infantil de duas esmeraldas do caos feitas em rabiscos, como se uma criança os tivesse desenhado.
O ser mantém o sorriso bizarro no rosto e com seus poderes retira o desenho da maleta, em seguida fecha sua mão livre fazendo a maleta amassar-se deformar-se toda, então ele leva o desenho para mais perto de si e vira-se para Kazumi que olhava para aquilo com o que parecia ser puro terror e confusão em seu rosto.
— Isto é alguma piada? — Pergunta o ser olhando para Kazumi com o sorriso cheio de dentes, e o olhar que parecia o de algo saído dos pesadelos de uma criança de hospício.
— Eu...eu...eu não entendo. — Diz Kazumi parecendo entrar em pânico. — Era para as esmeraldas estarem aí!
— Você quer dizer essas aqui? — Pergunta o ser fazendo o logo em seguida o papel com o desenho pegar pegar fogo o reduzindo a cinzas.
— Eggman...  — Diz Kazumi olhando para baixo com o olhar de ódio. — Ele deve ter aproveitado que todos estavam distraídos e roubou as esmeraldas do caos.
— Áh! Entendo. — Diz o ser. — Então isso quer dizer que você não pode mais me servir como disse.
Kazumi logo em seguida é levantada para o alto com a mesma energia escura que levantara a pedra e a maleta; ao perceber isso ela começa a se debater tentando escapar do feitiço enquanto é levada para perto do ser.
— E-espere. Não!
Kazumi é levada para o alto e fica diante do ser que a encara com os olhos fixos e o sorriso de um palhaço assassino de filme de terror.
— E-espere. Eu imploro. — Diz Kazumi com desespero em sua voz.
Sonic levanta a cabeça ainda caído e olha para ela suspensa no ar de frente para a criatura.
— Sabe, tem uma voz dentro de mim que diz pra eu fazer coisas ruins com você. — Diz o ser falando no que parecia ser seu tom normal. — Deve ser a garotinha que você torturou com seus jogos mentais, ela não gosta de você, e sabe de uma coisa… eu também não.
— Eu… libertei você. — Diz Kazumi se esforçando para se mexer pois o ser a havia paralisado.
— Eu sei. — Diz o ele num tom perturbador. — Você merece uma recompensa. Já sei, lhe darei a liberdade. — O ser faz uma pausa e então continua com olhar muito mais macabro e assustador com um brilho assassino nos olhos. — A liberdade da morte.
O ser estende o braço livre para frente, e movimentando os dedos como se estivesse esmagando algo em suas mãos faz Kazumi gritar de dor, enquanto seus poderes lhe quebravam os ossos e a faziam se contorcer. Sonic via a tudo sem acreditar, pois a Amy que conhecia jamais faria algo assim com alguém mesmo que pudesse.
Enquanto o ser esmagava indiretamente Kazumi, seus ossos se quebravam e furavam sua própria carne, de modo que logo começou a esguichar e a derramar sangue como se fosse uma esponja, e por mais que gritasse e tentasse escapar do feitiço que a prendia e a esmagava como se fosse uma lata de refrigerante, Kazumi apenas pôde gritar e contorcer-se de dor e agonia, enquanto cada membro do seu corpo começava a ser retorcido e dobrado muito além dos limites do corpo humano, criando formas hediondas e posições que nunca deveriam ser vistas por qualquer um que tivesse estômago ou mente fracos. Kazumi continuou naquele show de macabras contorções até ficar parecida com uma tira de carne ensanguentada.
Aquele foi o mais cruel e perturbador espetáculo que Sonic já presençiara, e quando Kazumi havia parado de se mover e seus olhos ficaram sem vida, o ser com um demoníaco sorriso de satisfação faz um último movimento com a mão, e ela tem sua cabeça virada para trás com uma expressão de pavor no rosto, então o ser a libera de seu feitiço e ela cai inerte numa poça de sangue chão, no lugar onde ele havia começado a pingar. Seu manto roxo estava manchado por seu sangue, e eram possíveis ver protuberâncias e saliências pontiagudas por ele, indicando os ossos quebrados que haviam perfurado a carne, enquanto Sonic via aquilo em choque não conseguiu pensar em mais nada, além de por quanto tempo teria pesadelos com isso.
— Considere isso um privilégio. — Diz o ser olhando para o cadáver de Kazumi no chão. — Em breve muitos clamarão por uma morte rápida assim.
Após dizer isso o ser olha diretamente pra Sonic, percebendo que apesar do golpe que recebeu, ele continuava consciente e havia assistido a tudo com assombro.
Sonic ao ver que aquela criatura o estava encarando sentiu seu coração disparar, começou a suar frio e sentiu-se diante da própria morte. Tudo o que pôde pensar foi em sair de lá o mais rápido possível, então ele se vira para um lado e começa a se levantar com dificuldades, mas conseguindo ficar sobre os dois pés rapidamente prepara-se para correr, porém ele de repente é imobilizado pelo poder da criatura.
— Áh! Não pense que me esqueci de você. — Diz a criatura aproximando-se de Sonic.
Sonic percebe a aproximação do ser e tenta com um grande esforço se libertar, mas só o que conseguia era vibrar seu corpo sem sair do lugar.
— Você tem muita energia Saotomi Haru. — Diz o ser aproximando-se com o braço livre estendido. — E eu sei de onde vem toda essa energia.
O ser faz um gesto de aproximação com os dedos e Sonic é levado para perto do ser e fica de frente para ele ainda imobilizado por seus poderes.
— Você tem algo que eu quero.
O ser fecha a mão em que estava a esmeralda roxa que segurava e ela começa a brilhar, então logo depois some, aparecendo em seguida uma pequena marca roxa no formato da esmeralda na mão do ser. Logo após transformar a esmeralda em uma marca roxa na palma de sua mão, o ser segura o pescoço de Sonic com a mão esquerda e o permiti voltar a se mexer, porém ele nada pôdia fazer, pois seu pescoço agora era segurado por uma mão que o apertava com a força de um gigante. Sonic esperneou e tentou se livrar daquele sufocamento mas não conseguia nem a menos mexer a mão do ser, quanto mais abrí-la.
— Assim... isso... continue se contorcendo. — Diz o ser de forma sádica. — Você poderia ter me impedido a qualquer hora, mas preferiu negar completamente a possibilidade de sua amiga ser o demônio da profecia.
Sonic contorcia-se e se debatia, mas com muito esforço conseguia respirar.
— Por que ela te escolheu? — Pergunta o ser. — A Esmeralda Mestra. Ela deve ter te mostrado o passado, e você já deve saber porque escolhi sua amiga como meu hospedeiro, mas devo confessar que escolher a melhor amiga do guerreiro do caos a qual ele não teria coragem de machucar e ficando assim vulnerável, foi um bônus que eu não esperava. De qualquer forma eu tenho negócios a fazer então…
O ser ergue o braço direito com a marca roxa e deixa a mão em posição de agarrar.
— A-Amy… não. — Tentou Sonic dizer.
— Meu caro, acha mesmo que ainda restou alguma coisa da Amy para você pedir algo como perdão ou piedade? — Pergunta o ser desfazendo o sorriso e agora olhando para Sonic como se estivesse de fato com ódio. — Todos esses anos, mesmo depois de ter sofrido aquela lavagem cerebral dos pais dela, no fundo ela nunca deixou de pensar em você. Ela sempre te amou e sempre esteve com você e por você. Você poderia ter impedido que ela cedesse aos sentimentos negativos, mas não.
O ser aperta ainda mais o pescoço de Sonic e ele cospe sangue sentindo que seu pescoço iria se quebrar a qualquer momento.
— Você deixou que tudo isso acontecesse. — Diz o ser sorrindo novamente mas ainda com o olhar de ódio, como se debochasse de Sonic e ao mesmo tempo sentisse prazer em fazê-lo sofrer. — Saiba que tudo o que acontecer agora será porque você não soube aproveitar o poder que recebeu, e nem valorizar a garota que te amava. Você não merece a Amy, e não merece esse poder!
O ser enfia a mão no peito de Sonic fazendo um clarão aparecer, e então começa a puxar algo de seu peito coberto de luz como se puxasse a sua alma; Sonic gritava como se estivesse sentindo a pior dor de sua vida, e depois de alguns segundos que a Sonic foram extremamente escrusiantes, o ser retira de seu peito a esmeralda do caos azul de onde provinha todo o seu incrível poder, e a ergue triunfantemente enquanto Sonic desmaia e fica como morto ainda suspenso em sua mão.
Sorrindo de satisfação o ser fecha a mão onde estava a esmeralda e assim como o que ouve com a outra, ela se torna uma marca na palma de sua mão, mas de cor azul.
Após transformar a esmeralda de Sonic em uma marca em sua mão, o ser o olha com desprezo e o atira no chão inconsciente, logo após isso ele lhe dá as costas e estende suas negras asas levantando vôo logo em seguida, rasgando o céu noturno e deixando apressadamente aquele lugar de desolação.
Se Sonic pudesse dizer o que sentia — ou ao menos se sentisse alguma coisa naquele momento —, ele diria que se sentia péssimo, e não só físico e mentalmente, mas era como se seu espírito houvesse sido quebrado, e mesmo em seu subconsciente ele não sentia paz.
Um pouco depois do demônio no corpo de Amy ter partido e deixado Sonic e seus amigos inconscientes, Knuckles acorda e começa a se levantar com dificuldade pondo a mão na cabeça, mas graças a sua incrível resistência ele não tinha nenhum dano sério, e o sangramento em seu rosto já havia parado, mas mesmo assim ele sentia sua cabeça doer e o mundo girar.
— Anotaram a placa do caminhão? — Ele diz já de pé. — Acho que foi mais pra trem.
Ele olha para um lado e vê Tails caído no chão inconsciente.
— Tails! — Ele diz correndo até o amigo.
Ele vai até Tails e faz algumas verificações.
— Que bom, ele ainda está vivo.
Knuckles põe Tails sobre suas costas e após olhar ao redor, e ver seus amigos caidos e inclusive avistar o cadáver retorcido de Kazumi ele diz:
— Parece que levamos uma surra hein

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