Detetizar é preciso.

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No dia seguinte , quando resolvi passar perto de uma praça que havia um parquinho , eu encontrei outro gato no caminho de casa ,um filhote ,mas esse gato não fazia miau , só perguntava de sua mãe. Precisei leva-lo para outro lugar , aquele já estava démodé. Fui conversando sobre outras coisas, mas ele insistia na vadia da mãe dele, que hoje eu penso ... se estivesse tomando conta direito eu jamais conseguiria leva-lo, certo? mas ele logo se acalmou quando eu comprei um chiclete pra ele e falei que sua mãe estava esperando ele bem ali naquele beco... e que estava atrás daquela caçamba cheia de entulhos... falei para ele ir na frente , quando estavamos nos últimos 10 metros ja comecei a me excitar, e enquanto ele gritava por sua mãe acreditando que ela estava logo ali atrás, grudei ele pelo pescoço por trás, e enfiei uma pequena faca ,que eu havia encontrado no caminho, em sua barriga , estoquei sem parar , sua perna tremia batendo na minha. até que parou e seu sangue escorreu. naquele mesmo momento puxei uma garrafa pet de minha mochila escolar e a enchi de seu doce mel . Rapidamente coloquei os giz de cera em suas narinas e delicadamente coloquei ele nos entulhos depois átras da caçamba troquei de roupa pois havia sujado a camisa de sangue. Eu estava adrenalizado completamente. E quando eu fui correndo para casa, tive que parar. Pois pela primeira vez senti atração por uma menina .
Ela estava do outro lado da rua, sua pele , seu cabelo , tudo nela em mim impactava. Ela estava sentada num ponto de onibus, fui até la e discaradamente pedi ajuda com uma lição , eu disse que ela parecia inteligente, se seria possível me ajudar, e ela topou, disse que enquanto seu onibus não chegasse ela ajudava.
Perguntei seu nome , Ravaela , incomum mas com personalidade.
Sua idade, 14 , só um ano mais velha que eu .
Perguntei onde morava , ela disse uma rua que era atrás da minha.
E quando eu perguntei se ela namorava, seu onibus chegou...
Fiquei com ela na cabeça o dia inteiro, na verdade ela só sumiu da minha cabeça quando no dia seguinte depois de eu cabular fui assistir o noticiário e finalmente havia uma reportagem sobre os meus amores. Estavam me chamando de assassino do giz de cera , falaram que eu era um assassino em série pois ja havia matado 5 jovens, oque era uma mentira , só me lembro de 4 e o rapaz que abriu meus olhos para o amor , mas que eu não fiz absolutamente nada.
(Entendem por que eu só pude revelar meu primeiro apelido apenas agora? se eu falo logo de cara, algum de vocês poderiam interpretar de maneira preconceituosa e enganosa...Eu sou um artista, um amante e um vagabundo que não gostava de estudar, apenas isso.)
Ao mesmo tempo que fiquei contente, por estar sendo citado mesmo que indiretamente no meu programa favorito na televisão , decidi abdicar das minhas pinturas e dos meus flertes por um tempo.
Acabei que conheci melhor Ravaela e me apaixonei, só vim trair ela depois de 2 anos de namoro. Quando o casal de halterofilistas resolveu em fim se separar e eu tive que ir morar com a halterofilista, na casa de seus pais, e como eles moravam próximo a uma escola infantil , a tentação foi grande e voltei a pintar. Nessa altura eu ja havia economizado dinheiro o suficiente para minhas telas sem precisar gastar tinta preciosa com papel de cartolina. E também eu tinha um quarto, no qual comprei um frigobar, onde eu dizia que era pra guardar refrigerante, achavam estranho mas nunca se importaram, eu guardava minhas obras de arte la , pois elas assim não fediam e eu finalmente poderia guardar para uma exposição de arte moderna, não cabiam muitas mas sempre que enchia eu selecionava as melhores e ficava .
O policiamento aumentou muito na região , ali ja era um lugar de família de maior poder aquisitivo, então eu tinha que tomar mais cuidado, mas mesmo assim , eram relatados apenas desaparecimentos, eu aprendi a esconder meus pequeno potes de tinta muito melhor. Até que eu olhei no espelho, me vi magro , desnutrido, sem músculos, com certeza eu não seria mais um campeão mundial de levantar peso, eu era uma vergonha , eu era ridículo um verdadeiro frango, então me aceitei como eu sou e decidi me alimentar. Passei na frente da minha antiga escola , e decidi fazer uma boa ação e exterminar de uma vez por todas aqueles vermes, comprei bastante veneno , entrei pelo mesmo muro em que eu saia uma aula antes do intervalo , fui na cozinha da cantina e eu mesmo temperei a sopa daquele dia... me tranquei no banheiro e esperei para ouvir os insetos morrerem. Todos comiam daquela comida, a região era muito carente , até mesmo os professores e membros da diretoria comiam lá.
Lembrei de quando eu estava pesquisando isso na deep web quando era mais novo, sonhando em limpar a escola. Lembrando da detetização em Columbine, e me orgulhando por ter feito direito. Quando os gritos , choros e gemidos pararam. Eu saí, e dezenas ou centenas de potes de tinta estavam no chão , a parede havia sido recentemente pintada de branco, e eu vi ali telas para a minha exposição mundial , e finalmente o reconhecimento devido... Pintei e com certeza foram as minhas melhores obras, com traços característicos e firmes,com total sinceridade e honrando meus antigos trabalhos.
Alí zeraram-se minhas dúvidas vi que eu era realmente filho de Salvador Dalí e em sua homenagem, quando ouvi as viaturas chegarem eu peguei um pouco de tinta de um pote de verme próximo no chão e pintei um bigode com meu dedo em meu rosto , pontudo e longo igual ao de papai e aguardei a abordagem orgulhoso ao lado de minha obra pintada na parede com o queixo erguido peito estufado e as mãos para trás, ganhando assim meu outro apelido : Pintor da morte. Me doeu muito , pois só falavam sobre como eu executei a detetização , e não sobre minhas obras em si.
30 Anos depois, assim como a pena máxima brasileira determina, eu saí e vim esclarecer toda a palhaçada que falaram de mim por todo esse tempo,inclusive saiu na mídia podre, que eu era egocêntrico, tinha traços de psicopatia, perversão, transtorno dissociativo de personalidade , esquizofrenia , transtorno bipolar, disseram que acharam meus pais verdadeiros, que eles eram imigrantes coreanos e que me abandonaram por falta de condições , que eu matava cães e gatos que eu achava na rua, pura mentira eu só fazia eles durarem para sempre através da arte da taxidermia , e meu pai era sim Salvador dalí , é só ver meus traços e comparar com os dele, é uma semelhança incrível. O tanto que inventaram sobre mim é impressionante,inventaram tanto nome de doença só pra dar pra mim, trouxeram até uns médicos fajuto pra assinar laudo e os caraio , quando na verdade era tudo falta de Deus e muito dos meus traços artísticos ,aliás
aproveito para divulgar minha nova exposição que ocorrerá em breve, será aberta ao público e todos certamente irão conhecer.
Meu nome é Pastor Soka-yu fui abandonado quando criança e criado numa casa sem Fé ,cometi deslizes e fiquei preso por 30 anos, hoje tenho 47 anos, sou um homem novo e renascido , pai de duas crianças lindas.
Até mais ver

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⏰ Última atualização: Jan 15, 2021 ⏰

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Com a palavra : O pintor CoreanoOnde histórias criam vida. Descubra agora