O dia da minha viagem já estava marcado, vai ser semana que vem.
A única coisa que eu achei estranho de verdade é que de uma hora pra outra, meus pais em menos de 1 mês conseguiram fazer de tudo pra mim poder viajar e fazer minha facul.
Parece até que estão com pressa pra mim sair de casa, mais deve ser coisas da minha cabeça, apenas isso.
Hoje vai tem pagode em um barzinho aqui perto, e eu vou né? Minha despedida cara.
Caio falou que vem me buscar aqui em casa, só estava terminando de me maquiar, guardei o pó compacto dentro da minha maleta e arrumei meu cabelo, olhei no espelho e tava MARAvilhosa, como sempre.
...
Escutei uma buzina e me despedi da minha mãe, sai de casa fechando o portão e vi Caio na moto, todo gatão.
Mara: ta lindo bê. - falei e ele deu aquele sorriso dele
Caio: porra, ta gostosona mané- mordeu o próprio lábio e eu subi na garupa.
E ele logo deu partida indo pro pagode.
....
Caio: aí, hoje ta lotadão, fica perto de mim. - assenti e peguei uma bebida, assim como ele.
Hoje decidimos ficar de boinha mesmo, pra falar a Verdade, só eu e ele, sem ninguém pra atrapalhar.
Na moral, amo muito isso aqui, Aqui me sinto livre, me solto. E ainda tocou um funkzinho, só que em versão pagode.
Eu tenho consciência dos defeitos que ela tem. Mais acho ela perfeita como eu nunca achei ninguém, eu sei que ela é: ciumenta.
Caio: surtadaa, marrentaa. - cantou no meu ouvido e sorri.
Virei de frente pra ele, e vi aqueles olhos brilharem quando se encontrou com os meus.
