15 - Conversa séria e... Um Weasley nas catacumbas?

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Oioi meus bruxinhos e trouxas, o que acham que vai sair do desenvolvimento dessa conversa do Snape com a nossa Liz? Ele vai negar que tem algo importante e mudar de assunto de novo ou vai contar sobre a mãe da nossa personagem?

Kissus de chocolate e até semana que vem 🍫(◕ᴗ◕✿)

Publicado novamente porque o Wattpad bugou a ordem dos capítulos <3

=========== •《 Boa leitura! 》• ==========

Laila

Saindo da floresta depois da conversa com Qíron e de ouvir as novas histórias do Frienze, eu passei patinando pelo lago na direção do castelo, pensativa sobre o que dindo poderia falar para mim sobre a minha mãe. Talvez isso tirasse um pouco a angústia que eu sentia... Entrando no castelo e caminhando na direção das masmorras onde ficava o salão comunal da Sonserina e o quarto de seu padrinho.

No caminho para lá, ouvi passos e tive que me esconder em uma parte escura e apertada do corredor, entre as paredes.

Uma cabeleira ruiva surgiu no corredor, seu rosto era claro e coberto com sardas, tinha olhos azuis e usava óculos.  Desci o olhar e percebi que a gravata em seu pescoço era colorida com vermelho e dourado, ficando óbvio que era um dos Weasley. Mas o que um puro grifino estaria fazendo perto do dormitório da Sonserina...?

Espremida entre o vão da parede, vi o Weasley parar no caminho e se virar na minha direção. Apavorada em ter sido descoberta em meio as sombras, tampei a boca e fechei os olhos, até que mais passos foram ouvidos, mais pesados dessa vez. Foi quando apareceram dois troncos grandes quando o Weasley tava de saída; eram Crabbe e Goyle, os dois brutamontes que ficam sondando o Malfoy. Que, por acaso.... Esquece, ele também tinha vindo... Junto? Parecia reclamar com os dois grandalhões de terem se separado dele, como um chefe reclamando com seus subordinados e os tratando como cães de guarda. Não conseguia ouvir muito bem o que diziam, mas também meu corpo não se mexia de medo. Esperei até que os três rapazes entrassem na sala comunal da Sonserina até sair do meu esconderijo. Quando tinha começado a aliviar a tensão, mas abaixei a guarda cedo demais.

Atrás de mim, eu podia sentir a respiração controlada bem próxima de mim, o click suave e baixinho dos óculos sendo ajustados em seu rosto. Com o nervosismo e adrenalina percorrendo cada pedacinho de mim, meu pomo de adão subiu e desceu ao engolir a saliva, a respiração quase impedida.

- O que... Você está fazendo aqui nesse horário? Os monitores da Corvinal não ficarão felizes com a minha reportagem... - sua voz soava séria, quase como uma repreensão de alto grau

- Eu... Vim procurar o professor Snape, e-ele disse que queria conversar comigo. - respondi sinceramente, acima de tudo não queria me envolver em problemas, principalmente com os outros alunos, independente da casa da qual pertenciam.

- Eu acreditaria em você se ele não estives-

- Não estivesse o que, senhor Weasley? - a voz do meu padrinho pode ser ouvida no final do corredor e eu me afastei com pressa, me virando para onde a voz vinha - É verdade que convoquei a senhorita Samaki para uma conversa a sós, você pode ir agora.

- Claro professor - o ruivo acenou com a cabeça e virou-se, subindo as escadas para fora das catacumbas

- Você está bem Lala? Vamos para minha sala. 

Apenas concordei com a cabeça, estava tentando normalizar minha respiração e só havia conseguido acalmar quando entrei no escritório e sentei em uma cadeira no canto. Meu padrinho me olhou estranho e eu tentei me distrair, olhando alguns papéis na sua mesa e sorrindo travessa quando peguei um deles. Quando ele abriu a boca para perguntar sobre mim de novo, eu usei o tal papel ao meu favor.

- Lala, tem certeza que- Não toque nisso! 

- Outra carta do tio Peter? Quando vou conhecer ele pessoalmente? - olhei para o mais velho, deixando meus brancos caninos a mostra num sorriso presunçoso

- Um dia, agora me devolva isso! - seu rosto de repente queimou, os cabelos bagunçados escondiam mas eu podia claramente ver que meu padrinho estava com as bochechas coradas

Fugi um pouco e ia começar a brincar mas fui pega por um feitiço de paralisia. Ele, satisfeito com seu feito, me fez sentar novamente na cadeira e pegou a carta e se sentou em sua própria cadeira.

- Por favor, leve essa conversa mais a sério Laila. Estou preocupado com você, tendo que ter aulas extras para acompanhar as matérias, nunca aparece no salão comunal para as refeições. Dumbledore falou comigo e todos estão querendo saber se você está bem.

- Dindo, eu... - suspirei, não adiantava querer omitir os fatos, estava claro que eu não tinha me adaptado as atividades escolares como uma garota normal. 

Então... Eu escolhi dizer a verdade. Disse tudo, tudo mesmo. Chorei, desabafei, coloquei o que sentia para fora. Dindo olhou tudo calado, seus olhos negros sem demonstrar expressão. Quando eu terminei, ele levantou, caminhou ao redor da sua mesa e me abraçou apertado. Escondendo o rosto nas vestes negras, eu continuei chorando, colocando a dor em forma de lágrimas. Quando cansei e estava me recuperando, ele me deu um copo de água e puxou a cadeira pra sentar a minha frente, me avaliando com seu olhar afiado.

- Lala... Eu não pergunto porque você guardou isso pra você esse tempo todo, porque eu sei como se sente. Quando eu era aluno, também sofri bullying e fiquei calado. 

Eu arregalei os olhos e o encarei, assustada. O dindo sofrendo bullying?

- Mas, eu também tinha amigos na escola com os quais eu podia contar. Eu sei que você tem medo de se relacionar com outras crianças humanas porque você teve uma criação diferente, mas não pode desistir depois da primeira tentativa. E mais, precisa aprender a se defender, e se essas pessoas tivessem jogado um feitiço poderoso em você?

Abaixei a cabeça novamente, segurando o copo de água com força. E respondi "me desculpe"

- Essas férias de verão vou falar com Dumbledore para você vir passar as férias de verão comigo, vai lhe fazer bem uma nova rotina, eu e Peter vamos treinar autodefesa com você. Mudando de assunto... Acho que está mais do que na hora de lhe contar sobre sua mãe, Seiko Samaki.

A filha de lord VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora