the legend of louis • l.s

"The plan is to fan this spark into a flame."

"Tenho que gritar apenas para ser ouvido, a cada palavra que falo destilo conhecimento. Eu? Eu sou um diamante bruto, um pedaço brilhante de carvão, tentando atingir meus objetivos com meu poder de discurso incontestável, apenas 19 anos mas minha mente é mais velha."

- My Shot, Hamilton, An American Musical.

Essa não é a primeira vez que Louis se encontra nessa situação, não é a primeira vez que ele ouve o relógio tiquetaquear nesse ambiente fechado, olhando para o próprio reflexo enfurecido enquanto os seus dedos batucavam fervorosamente a mesa de ferro, seus pés em seus coturnos esbofeteando o chão, formando um barulho seco que ecoa na sala fechada enquanto ele morde os seus lábios e os metais das algemas anti-dobras cutucam e amassam seus pulsos.

Ele sempre acreditou que o pior cárcere não é aquele que aprisiona só o corpo, mas o que asfixia a mente e restringe, algema a sua alma. A capacidade de dobrar um elemento é quem Louis realmente é e tirar isso dele é a pior das sentenças, algo tão doloroso que ele pode sentir algo se mexendo dentro dele, lutando para ser liberto enquanto o seu estômago se revira em raiva e ansiedade.

De qualquer forma, voltando ao assunto principal, essa não é a primeira vez que Louis é preso, mas essa é a primeira vez que ele realmente tem medo do que pode acontecer a ele. E a Tayo. Mas principalmente ele, porque ele acredita que a polícia não iria machucar um animal, mesmo que ela esteja provavelmente dando um trabalho a eles por ter sido separa de Louis, o garoto conhece a fúria de sua companheira quando algo ele está em perigo, sua lealdade ultrapassa barreiras que algumas pessoas nem sequer conseguem imaginar.

Mas Louis teme pelo que vai acontecer a ele, não porque ele roubou algo, mas porque dentro dele, o garoto de olhos azuis sabe o que ele havia feito e o perigo que estava correndo. Não pensem que Louis não ouviu os policiais cochicharem entre si enquanto o levavam para a prisão, não pensem que ele não percebeu os olhos arregalados e vidrados, como se estivessem na frente de alguém que não deveria estar ali.

E Louis não deveria, ele deveria estar em sua casa, comendo algo com Tayo e se preparando para a porra de mais um jogo de pró-dobra que a julgar pelo horário, estaria acontecendo em pouco tempo.

O garoto podia sentir o metal embaixo dos seus dedos, mas as algemas de titânio impediam que ele fizesse qualquer coisa para escapar da porra de sua prisão momentânea, o que o enfurecia ainda mais, fazendo com que seus olhos ficassem vermelhos de raiva e seus lábios cada vez mais machucados de tanto que ele mordia.

A fúria de estar ali naquele local fazia todo o seu corpo pequeno tremer com ímpeto, a ferocidade de seu olhar e de sua alma poderia literalmente colocar fogo em alguém se o mesmo não estivesse aprisionado nas porras das algemas anti-dobras, o tornando apenas um ser humano inútil. Bem, ele sabia lutar sem precisar dobrar um elemento, não muito, mas ele se virava e provavelmente conseguiria causar um problema para os idiotas dos policiais vestidos em armaduras de metal, mas para isso, ele precisaria da porra de suas mãos soltas.

[...]

"Onde ele está?" Liam pergunta para os agentes da Lótus Branca que estavam disfarçados entre os policiais que capturaram aquele que eles acreditam ser o avatar.

Os Mestres acabaram de chegar à delegacia depois de um longo dia de viagem, Liam pode sentir como ter ficado no ar durante muito tempo o fez ficar um pouco nervoso e cansado, muito longe do solo para que ele se sinta realmente confortável dentro de uma aeronave, mesmo sabendo que a mesma era feita de metal.

O mestre da terra encara um dos agentes, mas Harry está ao seu lado, seu cenho levemente franzido por também ter ficado muito tempo no ar, já que ele prefere se movimentar por navios mas demoraria tempo demais para que eles chegassem lá se fossem de barco.