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Depois de todo o amor do Yago pela Lara, eles foram embora.

O Murilo pediu desculpas por ser um babaca, papai disse que estava tudo bem e nós fomos dormir.

Acordei com o papai me chamando, era sábado, seus olhos estavam vermelhos.

-sofia, eu e o seu pai precisamos conversar com vocês.- eu me assustei e me levantei, assim que descemos nos sentamos na sala, meu pai estava segurando as mãos do papai enquanto eu e os meninos estávamos tentando entender.

-vamos ter que economizar esse mês.- meu pai disse e suspirou.- eu fui demitido da empresa.

-por que?- eu perguntei preocupada, ele deu de ombros, papai suspirou e nos olhou.

-prescisamos do apoio de vocês, seu pai ganhava muito bem, e isso é muito difícil, é um salário de dez mil, vamos ficar sem isso por um tempo.

-e a erança do vovô caveira?- o Ryan perguntou olhando o meu pai.

-eu não vou gastar um centavo daquele velho maldito!- papai disse, meu pai suspirou e nos olhou.

-ele não deixou erança pra mim e pra vovó Marina, ele deixou erança pra uma mexicana e os filhos dela.- eu me susprieendi, e pelo visto não foi só eu.

Papai olhou ele e abriu a boca em formato de "o".

-aquele velho traiu a sua mãe com outra?- meu pai concordou.- velho desgraçado.- o Murilo e o Ryan olharam pra ele e o mesmo colocou a mão na boca.

-apenas vamos reduzir os gastos, vou colocar vocês em escola pública.

-nao, você vai procurar um emprego, você é um grande arquiteto, e vai conseguir.- papai disse pegando na mão do meu pai, ele concordou e levantou.- vamos Sofia, eu tenho que te levar pra aula de capoeira.- eu levantei e nós saímos.

Enquanto estava na aula começei a pensar nos meus pais, ouvi uma voz conhecida e descidi sair da sala, vi a clara, ela estava com uma garota ao lado e as duas pareciam estar estressadas.

-voce é muito, muito, muito controladora!- a clara disse pra garota, que no mesmo momento olhou ela e deu um tapa no rosto da mesma.- filha da puta.

-eu não sou controladora! Se tivesse me ligado e avisado que viria para a sua aula de violino eu não tinha te rastreado.

-voce parece com a minha mãe!- a clara disse e então suspirou.- quer saber, eu quero terminar!.

-voce não pode fazer isso! Depois de tudo que eu fiz por você! Vai mesmo terminar comigo?- a clara concordou e a garota levantou.- vai se fuder.

-vai você! Atrapalhou a minha vida inteira com os seus ciúmes!- a garota saiu e a clara começou a chorar, eu me sentei ao lado dela e olhei a mesma.

-briga?- ela concordou.- ela era sua namorada?.

-sim, mas isso acabou.- ela disse chateada.- cinco anos juntas pra tudo ser jogado no lixo, de uma hora pra outra.- ela disse chorando.

-tenho certeza que vai achar alguém melhor.- disse tentando anima-la, ela me olhou e sorriu.- quer tomar sorvete?- ela concordou, nós levantamos e saímos da escola.

-entao, você faz...

-capoeira, tu faz violino né?- ela concordou, eu sorri e então nós entramos em uma sorveteria.- um sorvete de chocomenta.

-um de baunilha por favor.- ela disse sorrindo, o rapaz pegou uma casquinha e colocou sorvete de chocomenta na mesma, ele me entregou e logo em seguida colocou o de baunilha e entregou pra clara, nós nos sentamos em uma mesa e começamos a chupar.

-quer um pouquinho?- ela negou e sorriu.- eu tava pensando, não tenho nada pra fazer, quer sair comigo a noite?- perguntei nervosa, minhas mãos estavam suando, ela sorriu e concordou.

-onde vamos?- eu sorri, ela aceitou.

-surpresa.- disse feliz, ela sorriu.

Assim que terminamos de tomar sorvete eu fui pra casa, sentei do lado do papai que estava mexendo no computador.

-papai.- ele me olhou.- tenho um encontro.- ele parou tudo que estava fazendo, tirou o óculos e me olhou novamente.

-serio?- eu concordei.- VAMOS, EU VOU TE AJUDAR!- ele disse gritando animado, nós subimos as escadas e assim que entramos no meu quarto ele começou a mexer nas minhas roupas.- esse vestidinho preto básico?.

-e aquela bolsa rosa claro?- ele concordou, eu peguei a bolsa e ele colocou o vestido na cama.- o... Aquela minha botinha.- ele concordou, eu peguei a minha botinha de salto, ele sorriu e me deu um beijo.

-vai se preparar meu amor, eu vou falar pro seu pai não te encher o saco.- eu sorri e concordei, ele saiu e eu entrei no banheiro.

comecei a tomar banho enquanto pensava na clara, agora que ela estava solteira eu podeira ficar com ela, ainda bem que ela terminou com aquela largata.

O que eu tava pensando? Eu não tenho que ficar com ninguém, eu nem conheço ela direito, por que tô pensando nessas coisas?.

Terminei de tomar banho e comecei a me arrumar, meu pai entrou no meu quarto, enquanto eu arrumava meu cabelo.

-é menina ou menino?.

-é a clara.- eu respondi baixo, meu pai que parecia um pouco deprimido levantou com um sorriso.

-filhota, eu te amo, você me deu uma grande ideia.- ele saiu e eu olhei pro espelho, do que esse doido tá falando?.

Peguei uma foto dos meus pais, depois que eles morreram meu pai e o papai me adotaram, mas sempre ando com uma foto de casa casal, eu eles são importantes pra mim.

Assim que sai de casa, vi a clara em uma moto, ela sorriu pra mim e me entregou o capacete.

-eu vou fazer a surpresa.- disse subindo na moto, ela sorriu e ligou a moto.

-eu não gosto muito, mas vamos em um parque de diversão?- eu sorri e concordei, ela começou a pilotar a moto.

Eu não sabia muito a onde eu iria levar ela, mas já que ela descidiu ir em um parque de diversão por que não?.

-ja andou de moto?- ela perguntou enquanto pilotava.

-ja, meu pai tem uma.- ela sorriu e tirou as mãos do guidom.- clara, você tá pilotando.

-nao vamos morrer.- ela sorriu e se virou, eu olhei pra frente e vi um clarão enorme.

- CLARA UM CARRO!- ela virou novamente e desviou do carro, eu olhei pra ela e a mesma estava rindo.- podíamos ter morrido!.

-mas não morremos.- ela disse rindo.- tá, agora eu vou pegar o caminho do parque.- ela virou a direita, e eu quase caí da moto, ela acelerou e a moto começou a ir mais rápido.

Logo havíamos chegado, assim que eu desci ela desceu e me olhou, ela sorriu e começou a se aproximar, meu coração começou a acelerar, ela pegou no meu pescoço e sorriu.

-sobe na moto, aqui não dá pra gente ficar.- ela disse e subiu na moto, eu fiz o mesmo e ela voltou a pilotar, quando eu olhei pra trás vi policiais.

-o que você fez?.

-entao...

---------------------------------------------------autora: o que a clara fez minha gente?.

Gosto de estrelinhas e comentários.

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