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O papai suspirou e nos olhou.

-eu estou.... Eu... Não posso tirar meu útero por que... Estou grávido de duas semanas.- ele disse limpando as lágrimas, meu pai abraçou ele e o mesmo apoiou a cabeça no ombro do meu pai.

-mas... Pai, você não tinha feito aquela cirurgia, pra não plantar mais sementinha no papai?- o Murilo perguntou, o papai começou a chorar mais.

-meu amor, a cirurgia... Não deu certo.- ele disse e abraçou o papai.- meu bem, calma tá?- o papai concordou enquanto meu pai fazia carinho nele.- o papai tá grávido de gêmeos.- ele disse e então olhou o tio Pedro e a tia Duda.

-PUTA merda, dois? Se tá ficando louco? Eu achei que a cirurgia ia tirar suas bolas, não por mais duas.- o Pedro disse, a Duda tampou a boca dele, meu pai suspirou e então olhou os meninos.

-podem subir por favor?- eles concordaram e subiram as escadas.- Sofia, o papai não tá bem.

Eu olhei pro papai que estava ainda abraçado no meu pai, eu peguei nas mãos dele e me sentei ao seu lado.

-eu, estou aqui para apoiar a sua decisão papai.- ele me olhou e começou a chorar mais, eu não sabia como consola-lo, o que  estava acontecendo, por que ele estava chorando tanto.

-so..Sofia, eu nã...não teria... Coragem de... Abortar.-eu abracei ele com mais força, ele me olhou.- mas... Seu pai desempregado... Eu com o consultório, não vamos dar conta.- ele disse chorando, eu abracei ele tentando acalma-lo.

-olha, eu posso te ajudar.- a tia Duda disse olhando meu pai.- a gente resolve esse negócio do seu trabalho, não faz o menor sentido eles demitirem um dos melhores funcionários por ele ser gay.- meu pai colocou a mão na boca, pedindo pra tia Duda ficar quieta.

-eles te demitiram por você ser gay?- papai perguntou limpando as lágrimas.- a mas eu vou meter um tapa em cada um desses homofóbicos!.

A campainha tocou e eu vi a clara com a mãe dela, a mesma me abraçou e a mãe dela olhou meu pai.

-te quero, amanha! Na minha empresa! Sete horas em ponto! Nem um minuto a mais nem um minuto a menos!- ela disse olhando meu pai, o mesmo concordou, ela saiu e eu olhei a Clara.

-que foi?- eu perguntei abraçando ela com mais força.

-tava com saudade do seu cheiro, do seu corpo.- ela disse e então me deu um beijo.- te amo.- eu sorri.

-bom, a gente precisa ir, mas voltamos em breve.- o tio Pedro disse levantando, ele deu um beijo na bochecha do meu pai, e um na testa do papai.- estamos aqui pro que precisar.- o mesmo concordou, a tia Duda se despediu de mim com um abraço apertado e logo saíram.

-quer sair comigo?- a clara perguntou sorrindo, eu concordei e nos saímos, sabia que meu pai precisava de um tempo a sós com o papai, e eu precisava de um tempo só com a clara.

-papai tá grávido.- ela me olhou e sorriu.- mas eu acho que ele não tá feliz com a gravidez.- ela concordou e então me abraçou.

-minha mãe abortou algumas vezes, mas eu acho que seu pai tem que ver primeiro o que quer, sabe, não fazer merda, tenho certeza que ele está feliz, só preocupado eu diria.- eu concordei e nós nos sentamos no banco da praça.- acho que deveria descansar.

-oi meninas bonitas, estão sozinhas?- um rapaz perguntou vindo até nos.- um desperdício, duas gostosas sozinhas.- eu olhei a clara e abaixei a cabeça.

-se tá ficando louco?- ela perguntou levantando.- olha, se eu fosse você eu vazava daqui! Por que se eu for te bater vai ser uma só!- ele sorriu e saiu.

-SUAS SAPATÕES!- ele gritou, a clara se sentou ao meu lado e eu olhei pra ela.

-que nojo.- ela disse baixo e então me abraçou.- vamos embora? Perdeu o clima.- eu concordei, nos saímos dali e voltamos pra casa.

Meu pai tava em cima do papai beijando ele.

-meu amor, foda-se, vai dá tudo certo.- ele disse e então levantou as pernas do papai.- não é tão difícil assim vai?.- papai concordou e eles voltaram a se beijar, eu fechei a porta e sentei com ela na entrada.

-vamos esperar?- eu perguntei e ela concordou.

- e seus irmãos pequenos?- eu dei risada e levantei os ombros.- vão ter uma aula de ciência humana.- eu dei risada, ela me olhou e sorriu.- você fica muito linda sorrindo.

-voce fica muito linda, de qualquer jeito.- ela pegou no meu pescoço e começou a me beijar, eu segurei a cintura dela, nós começamos a tentar levantar, ela segurou a minha cintura e apertou a mesma, eu dei um leve gemido e ela parou.- vamos interromper meus pais?- ela concordou eu abri a porta ainda beijando ela, nós subimos assim.

Eu nem prestei muito atenção no que eles estavam fazendo, quando chegamos no meu quarto ela continuou me beijando, até eu trancar a porta.

Ela me encostou na parede, puxou um pouco do meu cabelo e colocou uma das pernas sobre o meu joelho e começou a me beijar.

Eu empurrei ela e a mesma caiu na cama, eu voltei a beijar ela.

-meninas, já deu, vocês nos atrapalharam, nada justo eu atrapalhar vocês.- meu pai disse do outro lado.

-iguinora.- eu disse voltando a beijar ela, a mesma concordou e voltou a me beijar, ela começou a beijar o meu pescoço enquanto eu sorria pra ela.

Nós mudamos de posição, ela ficou por cima e eu por baixo, ela puxou a minha camiseta e começou a beijar minha barriga, eu sorri manhosa e ela começou a abrir a minha calça.

-ahhhh... A Sofia pelada não.- eu ouvi a voz do Murilo, eu me levantei e fui até me guarda roupa.

-o que vocês estão fazendo aí?- perguntei vendo ele e o Ryan tampando os olhos.

-papai ficou bravo com a gente, então viemos esconder aqui, e aí vocês entraram e a gente não conseguiu sair.- o Ryan disse descendo do meu guarda roupa.- será que o papai ainda tá bravo?.

-ESQUECE AS CRIANÇAS E ME FODE CARALHO!- eu ouvi ele gritar, olhei pro Ryan e ele puxou o Murilo.

-desculpa, vamos colocar a tv no último, e não vamos atrapalhar.- eu neguei, abri a porta e eles saíram.

Eu me deitei com a clara que começou a fazer carinho no meu cabelo.

-senhor, é impossível fazer algo aqui!- eu disse triste, ela me olhou e sorriu.

-apenas não era a hora meu amor.- ela beijou a minha testa.

-COMO ASSIM VOCE BROXOU? VOCE NAO BROXA DES DAQUELA FESTA NA ESCOLA! OLHA, MORRE TA BOM? EU VOU ASSISTIR DESENHO COM OS MENINOS!- eu e a Clara começamos a rir.- e vocês saiam desse quarto agora!- ele disse bravo, eu abri a porta.- anda, vem.- ele me puxou, a clara veio atrás.- você vai fazer carinho em mim- ele disse começando a chorar.- eu tô tão feio assim Sofia?.

-sogrinho, você é lindo, é só que seu marido...- não, tocou na ferida do papai.

-nao somos casados.- ele começou a chorar mais.- o que facilita ele me largar, fingir que eu não existo e ir embora.- ele me abraçou e começou a chorar.

Vi meu pai descer com lágrimas nos olhos, ele entrou na cozinha e eu fui atrás.

---------------------------------------------------autora: é isso gente, amo vocês beijos.

Gosto de estrelinhas e comentários.

Amada Por Você.Onde histórias criam vida. Descubra agora