cento e quartoze

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Guu on: a ambulância chegou e estou aqui dentro com ela. Ela tá se debatendo. E dois enfermeiros estão tentando injetar a agulha em seu braço. Ela não para de gritar e se debater e seus braços, barriga, pés sangram cada vez mais. E eu sou o culpado. Por parte, mas sou. Olha pra mesma mas não consigo por muito tempo. Vê-la assim me dói tanto.
Enfermeiro: VAMO LOGOO - ele bate no vidro do motorista
Guu: ela vai ficar bem??? - começo a me desesperar vendo que a mesma estava perdendo as forças.
Juju: ME SOLTAAAAA. Pai, não me deixa... NÃO ME DEIXAAAAAA
Enfermeiro: cadê o pai dela??
Guu: ele morreu.
Enfermeiro: merda merda merda
Guu: a mesma para de gritar e olho pra ela - Ela desmaiouu??? Ela tá bem???
Enfermeiro: FICA QUIETO PORRA! - bato de leve no rosto da moça pra tentar acorda-la e o aparelho começa a apitar - PORRA! WILSON PEGA O DESFIBRILADOR - o mesmo vai - RÁPIDO!
Enfermeiro: 1, 2, 3 - dou um choque na mesma mas ela não reage - REAGE PORRA. - Espero alguns segundos - 1, 2, 3 - dou um choque e vou pra massagem cardíaca e nada...
Wilson: De novo vai!!
Guu:-vê aquilo... Ela podia morrer. Ela pode ter morrido. O coração dela... Parou... E-eu podia ter voltado. E-eu podia ter abraçado ela. Eu podia ter negado mais. Dito que amava mais ela. Merda. Não escutava mais nada. Só via aquela cena e lágrimas desciam. A pessoa que eu mais amo... Pode morrer a qualquer momento.
Enfermeiro: 1, 2, 3 - dou o choque e os batimentos voltam - PORRA - respiro ofegante e sorrio - VAI LOGO - bato no vidro de novo e vejo o rapaz assustado - ei ei - bato em seu rosto de leve e o mesmo parece num choque - ela vai ficar bem... Passou. Ela teve uma parada cardíaca... Ela pode ter outra até lá. Mas agr tá tudo sobre controle cara.
Guu: - respiro fundo e olho pro mesmo que me abraça e eu choro mais -

𝐂𝐨𝐥𝐞𝐠𝐢𝐨 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora