Capítulo - 2

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Samantha Martinez

    
       Desde o ventre da minha mãe, meu pai sempre me amou, mesmo quando soube que eu seria uma criança especial. Ao contrário, Magda, ao descobrir, expressou o desejo de me abortar, revelando isso em suas próprias palavras. É difícil compreender como uma mãe pode querer eliminar a vida dentro de si; alguém assim parece não merecer a maternidade.

Entendo que existem situações em que o aborto pode ser considerado, como li uma vez na internet, especialmente quando uma mulher engravidou após ser vítima de violência sexual. Contudo, Magda saiu perdendo ao rejeitar a ideia de ter uma filha como eu ao seu lado.

Apesar disso, não guardo ódio por Magda; minha mãe me ensinou a não cultivar mágoa nem rancor. Não sinto raiva dela, mas lamento que não tenha escolhido ser uma mãe amorosa. Se ela não amava a própria filha, então não compreendia o significado de amar o próximo, conforme mencionado na Bíblia.

Eu escolhi amar todos ao meu redor, agradeço a Deus por isso!

— Meu amor, em que mundo você está? Estou aqui falando com você e parece que não me ouviu. O que está passando por essa cabecinha? — pergunta meu pai.

— Ah, papai, estava apenas refletindo sobre como tenho a melhor família do mundo. Sinto-me verdadeiramente abençoada e não tenho do que reclamar.

— Ah, minha querida, és a melhor filha do mundo. Tenho imenso orgulho da garota que te tornaste, minha adorável gatinha!

— Papai, já não sou mais uma garota, tenho 20 anos. Só falta encontrar um namorado para tudo ficar perfeito. — Digo provocando, vendo a reação dele.

Meu pai parece prestes a surtar com a menção de namorado. Minha mãe segura o riso diante da expressão dele, e eu também tento conter minha risada.

— Se depender de vocês dois, vou ficar solteira para sempre. Que Deus me ajude quando eu finalmente arrumar um namorado.

— Nada de namorados, Samantha! — Intervém Kelly.

— Nem pensar, nunca! Você ainda é muito jovem para pensar em namoro. Esqueça essa ideia, minha filha. — Adverte meu pai.

— Uma hora isso vai acontecer, papai. É melhor se acostumar. Quando encontrar alguém especial, vou viver esse amor. — Respondo, defendendo minha independência.

Antes que meu pai possa reagir, minha mãe toma a frente.

— Ela é uma mulher agora, vocês dois precisam se acostumar com essa ideia. Samantha pode namorar quando quiser, e você, meu amor, não vai fazer nada, entendeu, Kevin? — Afirma minha maravilhosa mãe.

Essa mulher é a fonte do meu orgulho!

— Não quero discutir sobre isso, e não desejo ver minha filha com ninguém, simples assim. Espero não presenciar uma situação desse tipo tão cedo. Pelo que sei, você não demonstra interesse em ninguém, pois se fosse o caso, eu já teria conhecimento. Tenho amigos na sua faculdade, Sam, então, se você estiver envolvida com alguém lá, eu ficarei sabendo.

— Papai! Você realmente colocou pessoas para me vigiar na faculdade? Isso é inacreditável!

Dê-me paciência com meu pai!

Ele tem sorte de eu amar o Jack e desejar apenas namorar com ele. Outros rapazes demonstraram interesse, mas nunca me interessaram. Meu coração já tem dono, um moreno de olhos verdes deslumbrantes, na minha modesta opinião.

Já estou deitada na minha cama, apenas pensando nele...

No meu amor!

Como eu gostaria de estar com ele agora, abraçadinhos, ouvindo uma música romântica.

Jack Meu Amigo Meu Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora