Prólogo ✔

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Como eu não percebi que tinha tanta sorte?

Meus longos e naturais fios loiros eram extremamente invejados, assim como meu corpo e bens. Meus olhos claros eram o suficiente para eu conseguir qualquer coisa, se estivessem acompanhados de um belo decote em V.

—Kathryn Lucy, aonde diabos você está? Precisamos ir agora ou vamos perder o horário do salão. —A voz estridente da minha doce amiga Megan me fez acordar de meus devaneios.

Caminhei lentamente até a ponta da escada dando um beijo estalado na bochecha de minha mãe e peguei a última maçã da fruteira em cima da mesa.

—Até logo, mamãe. Juro voltar antes das oito.—Disse alto o suficiente para ela escutar e fechei a porta entrando no conversível da morena à minha frente.

Cantávamos Children, do Justin Bieber enquanto meu belo namorado dirigia a caminho do Shopping Center.
Megan parou de cantar assim que seu namorado a puxou pelo casaco de grife e juntou seus lábios. Fiz cara de nojo e continuei cantando músicas que tocavam no rádio aleatoriamente.

—Vocês tem quantos pulmões?—Liam, meu namorado, perguntou para o casal após revirar os olhos.

—Você pode beijar a Barbie de vitrine, mas eu não posso beijar a Maggs!?

O namorado da Megan, que eu nem fiz questão de lembrar o nome, arqueou as sobrancelhas o que me fez revirar os olhos e sair do carro batendo pé.

(...)

Digitava algumas palavras no meu celular para a minha mãe quando recebi uma ligação do hospital.

—Alô, Kathryn Lucy?—A voz da mulher me fez congelar.

—Sim, sou eu.

—Houve um acidente e...

Assim que ela terminou de falar eu deixei meu celular cair e senti as lágrimas molharem meu rosto.
Isso não poderia está acontecendo. Não hoje. Não no dia mais feliz da minha vida.

—Maggs, me empresta seu carro? —Consegui formar uma frase com muita dificuldade.

—Não vai dar, Kath. Acabei de dar a chave para o Cole.—A voz dela era calma e estava de cabeça baixa, folheando uma revista.—Já viu essa cor? Quero ela...

Eu sai correndo e deixei ela falando sozinha. Sai do shopping e entrei no primeiro táxi disponível.

—Hospital do centro, por favor.—Disse ao motorista e voltei a chorar em silêncio no banco de trás.

Assim que cheguei ao local e me identifiquei na recepção um médico veio em minha direção.

—Boa tarde, Kathryn, sou o doutor Henry.—O mais velho me cumprimentou e eu só sabia pensar em meua pais.—Bom, houve o acidente de carro, como você já sabe.

—Eu só quero saber dos meus pais, aonde eles estão?

Eu suava frio, não fazia a menor ideia de quando ia vê-los novamente, quando o olhar do médico mudou de sério para triste eu senti meu mundo desabar sobre minha cabeça.

—Sua mãe foi forte, lutou até o último segundo, mas a batida foi feia e ela faleceu assim que chegou aqui. Já o seu pai... Bom, o peito de dele foi esmagado, ele foi lançado contra o volante, ou seja, foi instantâneo.

Eu apenas consegui soltar um "Ah" baixo pela boca e cai sentada na cadeira da sala de espera.

—Sua tia Sabine está vindo, se precisar de algo, temos uma psicóloga de plantão bem naquela sala.—Uma enfermeira disse e afagou meu cabelo com um sorriso triste no rosto.

Não me dei ao luxo de chorar mais uma vez. Parecia que meu corpo não aguentava mais uma crise de choro.
Assim que Sabine chegou, ela me puxou para um abraço apertado e se desesperou, pondo-se a chorar em meus ombros.

—Vou te levar daqui depois do enterro. Vai ser melhor para nós duas, sua irmã vai vir da universidade amanhã.—Sabine disse com a voz chorosa.

—Tudo bem, tia.

Ela me deixou sentada alí e foi resolver toda a papelada do hospital.

Sozinha, eu consegui colocar tudo em ordem na minha cabeça. Não queria ficar sozinha por mais tempo, então peguei o celular da Sabine e disquei o número do Liam.

—Amor?—Pergunto assim que ele atende.

—Fala logo, Kath, o jogo vai começar daqui a pouco.—Ele disse rindo. Havia ruídos no fundo e pessoas rindo ao redor dele.

—Meus pais. Houve um acidente e...—Antes que eu pudesse terminar ele riu novamente.

—Os velhos morreram? Bom para eles, agora deixa eu ver meu jogo em paz, gatinha.

Desliguei a chamada olhando incrédula para o celular. Ele havia dito mesmo aquilo?

—Kath? Vamos?—Sabine perguntou.

—Vamos.

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Hey, angels.
Estão vendo isso? Está muito diferente, não?
Bom, eu resolvi reescrever a história, sem mudaro rumo dela.
Acho que vou mudar algumas coisas mas nada que afete a "versão original".
Então é isso.

All the love, xoxo. 💋

Kathryn (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora