What The Hell?

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Gente, só pra avisar que a minha dinâmica de escrita mudou: Não vou mais colocar os nomes no início das falas. Ex:
                                   Jimin:
                                      JK:
Tenderam?

     👇👇👇 É isso, segue a história 👇👇👇

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HOSEOK

Amanheceu, mas não é como se eu tivesse dormido. Cochilei pelo que parecem ter sido 5 minutos, mas foram meia hora, e não consegui mais dormir. Não tenho foto de Yoongi pra olhar, porque ela tá com o celular, e não tenho foto revelada com ele. Só um moletom que ele me emprestou e eu não devolvi, o que eu estou vestindo agora.
Esse quarto parece ter saído de um filme de terror. A noite só falta sair uma assombração de baixo da cama. A janelinha que tem no alto mal ilumina, e o abajur tem a luz fraca. Parece que minha "mãe" está querendo me enlouquecer. Antes dela ir dormir, bateu na porta do meu quarto e gritou que se eu não estivesse dormindo era bom eu dormir logo, porque iria sair muito cedo de casa hoje, já tinha que resolver as coisas na escola nova. Se eu estivesse dormindo ela teria me acordado.

-- Jong Hoseok, acorde. -- Bateu em minha porta como uma assombração (que agora sei que ela é). -- Você tem dez minutos pra arrumar sua cama, tomar banho e estar na mesa do café. -- Disse de uma vez sem esperar resposta. Ouvi um barulho no trinco, era ela destrancando a porta, e depois passos se afastando. Não é como se eu fosse obedecer ela.
Enrolei pra sair da cama. Pelo relógio na parede consegui ver que quando faltavam quatro minutos do praso que ela me deu acabar, eu levantei. Quem disse que eu arrumei a cama? Deixei bagunçada do jeito que estava e fui pro banheiro. Tomei um banho gelado e demorado. Perdi a conta das vezes que ela bateu na merda da porta me chamando. Eu não gastei muita água (economizem água, crianças) , só fiquei pensando, mas ela não sabe disso. Quando finalmente saí do banheiro e fui pra mesa do café da manhã, encontrei uma carranca inimaginável, o que quase me fez sentir vontade de sorrir. Saber que ela está com raiva recarrega um pouco minhas baterias.
-- Já acabou com o seu showzinho? -- Perguntou me olhando. Eu estava em pé, apoiado na porta da sala, e eles estavam sentados na mesa do café. Meu pai lendo jornal, coisa que eu achei que nem existia mais, e minha mãe, mexendo no meu celular. Aposto que ela deu vários ataques de fúria à noite quando viu que apaguei as mensagens. -- Sente-se. Já era pra termos saído a muito tempo. -- Continuei parado na porta. Apoiar a cabeça na porta foi  o único movimento que fiz. -- JÁ FALEI PRA SE SENTAR. -- Gritou. Realmente perdeu a linha em, quirida? Fiz uma cara de debochado e continuei em pé. -- Bom, você que sabe. Quem vai ficar sem comer é você. -- Disse e se levantou. Meu pai me lançou um olhar que talvez fosse de pena, mas o veneno é tanto que evitei olhar por muito tempo. Não quero morrer envenenado.
Minha "mãe" vestiu seu sobretudo que estava no cabideiro da entrada e pegou as chaves do bolso dele. Então era ali que ela colocava? Interessante.
Só fez um aceno de cabeça pra mim à seguir. Sai de casa e ela me mandou entrar no carro. Em volta só tem mato, uma estrada de terra e zero sinal de vida.
-- Vou te levar pra escola e o seu acompanhante, como gosto de chamar, vai te trazer. Apartir de hoje eu que vou ir e voltar com você da escola. Você não tem nenhuma permissão pra sair sozinho. Ele já estuda nessa escola e vai ficar de olho em você, mas pras pessoas não ficarem perguntando, vocês vão dizer que ele é seu primo, entendido? -- Eu estava o tempo todo olhando pela janela, mas ouvi tudo. Não é como se eu podesse ignorar aquela voz irritante no meu cérebro. -- Estamos entendidos, Hoseok? -- Ela perguntou mais uma vez, mas com a voz forçada, como se estivesse doida pra me bater.
-- Sim, estamos entendidos -- Disse baixinho, o que já pareceu bastar pra ela que deu partida no carro, em direção a tal escola.
O caminho todo foi uma vista incrível: mato, terra, animais pastando debaixo de um sol infernal e sem nenhuma água. E as indiretas da minha mãe, claro. Quando chegamos foi uma coisa mais linda ainda: uma escola caindo aos pedaços, com a tinta descascando; um portão, coisa que geralmente não tem por aqui, enferrujado e consegui identificar umas duas janelas quebradas. Alguns adolescentes entrando como se fosse uma prisão e alguns parados do lado de fora, claramente se achando os bonitões, daquele tipo que gosta de implicar com as pessoas. O típico Jungkook do passado. Parece que eu estou em um filme adolescente antigo.
-- Quando eu acho que não dá mais, você consegue se superar em, dona Marta?
-- Quieto Hoseok. Agora sai do carro. Disse abrindo sua porta e saindo. Me mandou ficar ao seu lado, achando que eu iria correr. Acho que ela as vezes pensa que pariu o Usain Bolt.
-- Não vamos entrar? -- Perguntei, já que estamos parados do lado de fora e ela está olhando pro nada.
-- Estamos esperando o seu "primo" -- Disse fazendo aspas com as mãos.
-- Fico me perguntando como que você selecionou essa pessoa. Perguntou se ela era homofóbica?
-- Não. Perguntei quanto ela queria pra tomar conta de uma pessoa doente.
-- Então ele deveria estar tomando conta de você, não? -- Perguntei sarcástico. Ela me olhou de forma agresiva, como se fosse capaz de pular no meu pescoço a qualquer momento, se não estivéssemos em público.
-- Olá? -- Disse uma voz calma na nossa direção. Olhei com raiva pra direção da pessoa, e então paralisei. Era definitivamente a última pessoa que eu esperaria encontrar. Ele também me olhava confuso.
--- Esse aqui e o seu novo primo -- Disse minha mãe também se virando pro menino -- Jacobe. -- What the hell? Ela olhou de mim que estava paralisado, pra Jacobe que tinha a mesma expressão no rosto. -- Ora, não fique com essa cara Hoseok. Ele não vai te machucar. Agora entrem. Eu vou resolver a papelada da sua matrícula, mas a diretora já está avisada da sua chegada. Vão -- Disse alto, o que me fez acordar do transe. Segui caminho ao lado de Jacobe sem dizer uma palavra. Nem sabia o que dizer. Entramos na escola e claro, já acumulei olhares em mim. Aluno novo em cidade pequena é como o último miojo no supermercado: chama atenção.
-- O que você está fazendo aqui? -- Perguntei finalmente. -- Não sabia que tinha mudado de escola.
-- Depois que o Jungkook falou sobre mim e o Joseph se beijando no muro da escola pra sala inteira ouvir, o Joseph terminou comigo com medo de descobrirem que o boato era verdade. Apesar de saberem que eu sou gay, as pessoas na escola começaram a zoar mais comigo. Mês passado eu vim pra cá, onde minha avó mora, mas ela não sabe que sou gay. -- A única coisa que eu consegui foi ficar sem palavras.  JungKook não fez por mal. Ele quis brigar com o Joseph e acabou falando o nome dos outros na roda.
-- Sinto muito -- Foi só o que consegui dizer.
-- Não e culpa sua. Nem do JungKook. É do Joseph, mas o amor deixa a gente cego. -- Ele estava com um olhar distante, como se estivesse revivendo tudo. -- Enfim. Hoje é seu primeiro dia e eu vou te apresentar ao povo -- Disse animado.
-- Seu trabalho não é me manter na linha? -- Perguntei rindo.
-- Quando sua mãe me ofereceu o emprego, ela disse que era pra cuidar de um doente. Quando ela explicou, eu quis mandar ela tomar no cu, mas eu tive uma ideia melhor. Se eu recusasse ela ia arranjar uma pessoa que tornaria sua vida um inferno. Então resolvi ser a sua válvula de escape e te ajudar a se divertir um pouco. Mas eu não sabia que era você. -- Disse me olhando e rindo. -- Não sabia que você era gay. Como sua mãe descobriu? Te pegou beijando algum menino?
-- Min Yoongi -- Disse simplesmente. Ele me olhou surpreso. Também não sabia que Yoongi era gay.
-- Nossa, que casal maravilhoso -- Disse rindo. Foi a primeira vez que eu ri desde ontem. Logo eu que rio todas hora. -- Vem. Vamos pra aula -- Disse me puxando até minha sala -- Você estuda na mesma turma que eu. Pra sua mãe não desconfiar, nós vamos continuar dizendo que somos primos e pra todos os efeitos eu sou seu carrasco perto dela, ok? -- Disse e eu apenas concordei rindo. Entramos na sala, onde já estava tendo aula.
-- Estão atrasados -- Avisou a professora. Estava com uma carranca maior do que a da minha mãe, se é que isso é possível.
-- Fui buscar meu primo na entrada da escola, professora. Ele é novo. -- Disse e ela só acenou com a cabeça, mandando a gente sentar.
Sentei do seu lado e assistimos a aula. Consegui me distrair até lembrar que hoje seria o primeiro dia em meses que eu não ficaria ao lado de Yoongi quando a aula acabasse.

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E aí pessoal. Quanto tempo faz que eu sumi? Dois meses? Mais? Não sei, só sei que faz tempo. Foram uma combinação de coisas que me fizeram ficar todo esse tempo sem postar nada: 1) EAD. 2) Falta de criatividade. Entrei de férias, mas a criatividade não voltou. Agora eu tô tentando voltar, fiquem tranquilos que eu não abandonei vocês. Prefiri ficar sem postar nada por um tempo do que escrever uma bosta pra vocês.
E isso gente, espero que gostem. Qualquer ideia digam nos comentários e se precisarem me mandem mensagem.

O que vocês acham que vai acontecer?

Yoongi vai conseguir tirar o Hobe de lá?

E o Jacobe? Vocês esperavam por isso?

O Hobe é mais esperto do que vocês pensam.

Obrigada por tudo e tudo.
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❤️❤️❤️❤️❤️❤️CUTEEEEE❤️❤️❤️❤️❤️❤️

Quem eu menos esperava- JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora