Harry

6K 582 3K
                                    

Harry Pov

Eu amo cobras.

Amo o jeito que elas rastejam nas superfícies.

Amo a línguas que elas falam

Amo suas cores.

Amo tudo nelas.

Gosto tanto delas que no meu aniversário de 16 anos minha mãe convenceu meu pai a me dar uma cobra.

Sua cor era um branco perolado e ela não tinha mais que um metro e meio, pois é claro que se ela tivesse mais que isso meu pai surtaria todos os dias.

A batizei com o nome de Frésia.

Frésia é o nome de uma flor branca.

Ela significava proteção, calma e amizade.

Tudo que eu precisava.

Depois da guerra, Frésia era minha calma e porto seguro.

Eu ainda tinha pesadelos de Voldemort falando que eu deveria matar meus pais se não ele mataria todos os alunos de Hogwarts.

E eu sabia que ele não blefava

Frésia havia feito uma ronda em Hogwarts e percebendo que havia comensais por toda parte.

Então, era a vida de milhares de alunos a vida de duas pessoas.

Mas aquelas pessoas eram meus pais.

Meus portos seguros

Lembro ainda de minha mãe, a mulher mais corajosa que já conheci, pegar meus rosto entre as mãos e me dizer

- Harry, mamãe ama você, papai ama você,  pode fazer, nos ficaremos bem, iremos te observar sempre, você sempre será nosso garotinho, cuide de seus tios, sempre iremos amar você, sempre - ela disse enxugando minhas lágrimas.

- Filho, seja corajoso, não iremos nunca te abandonar, sempre ficaremos ao seu lado, amamos você com todas nossas forças - ele enxugou minhas lágrimas também

Meus pais se abraçaram e então eu sabia que seria agora

- Avada Kadrava! - Eu disse e um feixe de luz verde saiu de minha varinha atingindo os dois de vez

Eles morreram diferentes todos que já haviam recebido essa maldição que sempre ficavam com cara de terror, eles estavam de olhos fechados e com sorrisos em seus rosto.

Era como se aquilo deveria ser assim

E talvez fosse

Mas isso nunca me faria largar a sensação de culpa que carregava em meus ombros.

Nunca me faria largar de chorar no túmulo de meus pais todas as vezes me culpando mais e mais ainda.

Por que eu sabia

Sabia que a culpa era minha.

Mesmo meus padrinhos me lembrando todo dia que eu fiz isso porque vidas de futuros bruxos poderosos estavam em risco.

Meu alarme tocará as sete e 15, me acordando, como se eu tivesse dormido, ou passo a noite em claro, ou apenas tendo pesadelos.

Levanto da minha cama e vou até o banheiro e entro direto no chuveiro.

A água quente caía sobre meus ombros os relaxando.

Quando termino meu banho enrrolo uma toalha na cintura e vou até a pia onde vejo meu reflexo

Odeio a cicatriz que tenho no meu rosto.

Ela é em forma de um raio que se estende por todo canto direito da minha testa e atravessa meu olho e a parando centímetros depois dele.

CurativosOnde histórias criam vida. Descubra agora