Entendendo oque Aconteceu

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Seus olhos estavam vendados, sentia seus braços e pernas amarrados, já fazia bastante tempo que se perguntava "como vim parar aqui?". Sua barriga doía e sua cabeça girava por perguntas sem respostas, nem ao menos seu nome se recordava, força nenhuma para se soltar. Depois de um tempo se ouvia passos e portas sendo abertas sem nenhum cuidado se aproximando, até a porta à sua frente ser aberta rapidamente e fez uma pergunta:


-Quem está aí? -sem respostas mas fora retirada a sua venda, por conta da claridade teve dificuldade de se adaptar e enxergar quem era, viu que era um rapaz que estava desamarrando as cordas:


-Primeiro precisamos sair daqui, criei um distração que dará apenas alguns minutos de vantagem...- desamarrando suas pernas pensou no que falar, abriu a boca pra falar, mas foi interrompida -perguntas para depois - assim que se desfez das cordas ele pegou em sua mão e a levou pra fora, olhando o corredor que passavam o achava realmente familiar, ele se virou para ela indicando a janela no fim da escada, desceu e pulou a escada a chamando para perto, ele a ajudou a pular a janela colocando suas mãos em sua cintura. Apoiou suas costas na parede embaixo da janela recuperando o fôlego:


-Está bem? Consegue continuar? - perguntou preocupado, seu rosto estava pálido, assim sem nenhuma dúvida balançou a cabeça, pegou sua mão novamente e continuaram andando, do outro lado da rua se via um carro com a porta aberta, entraram rapidamente a fechando, se mantiveram à baixados, antes de seguirem seu caminho escutaram homens gritando entre si:


-Cadê aquela menina? Quem foi o responsável por deixá-la fugir?!- eles se entre olharam, e viram que estavam falando dela, ele viu medo em seus olhos que nem ela sabia o porquê, e entrelaçou seus dedos nos dela e fez sinal de silêncio:


-Foi aquele garoto senhor! Ele fugiu dos exames tenho certeza, o preferido do Doutor Rubens! - Se olharam era dele que falavam


-Cala a boca idiota! Não pode falar o nome dele assim! - ela pensou diversas vezes nesse nome mas nada o fazia lembrar de alguém, já o rapaz de cabeça baixa. Eles correram para as ruas da direita dando a oportunidade de fugirem sem ser percebidos indo na direção contrária:


-Acho que na sacola atrás deve ter algum lanche, o casal que estavam nesse carro entraram na loja que o carro estava em frente- o rapaz falou enquanto dirigia, e a garota pegou uma das sacolas encontrando pacotes de bolachas e começou a comer:


-Quer um? - ofereceu ao rapaz e ele sem tirar as mãos do volante se inclinou abrindo a boca, e ela timidamente deu o biscoito na boca. Seguiram o caminho em silêncio, se via vários hotéis pelo caminho e o sono já batia na porta:


-O que você acha de dormir em um hotel aleatório? - ele sugeriu enquanto ela procurava algum dinheiro pela gaveta do quarto encontrando não só dinheiro como duas identidades que poderiam ser usadas sem serem descobertos -Ótimo agora só escolher um! - falou um pouco animado.


Se cadastraram na recepção com as identidades, escolheram um quarto onde tinha duas camas e para sortes dos dois tinha um que o banheiro ficava no meio deles parecendo dois quartos:


-Você pode tomar banho primeiro, vou comprar o nosso jantar na loja lá embaixo - ele falou, ela concordou com a cabeça indo para o banheiro, durante o banho encontrou furos pelo seu corpo feito por agulhas, tentou novamente recordar algum momento que poderia ter ocorrido isso, chorou. Saiu do banho e vestiu o pijama que o hotel oferecia de mangas compridas e vermelho. Poucos minutos depois o rapaz chegará com duas sacolas nas mãos:


- Tinha dinheiro suficiente para o café da manhã, guardei um pouco para a gasolina- falou tirando as compras das sacolas, indo em direção a pequena cozinha que tinham:

Um Passado EscondidoOnde histórias criam vida. Descubra agora