Revelando a Verdade

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Já se passava das duas da madrugada, fui até a cama do Breno:
-Breno – sussurrava e nada dele mexer – Amor... – se virou pra mim.
-Que foi Rudy – ele estava acordado.
- Não acredito que me fez acreditar que estava dormindo?
-Mas valeu apena. O que aconteceu?
-Vem comigo. – Ele me seguiu até o escritório e conferir se alguém estava acordado, hoje é o meu dia de vigia.
-Que foi, isso tudo pra ficar sozinho comigo? - sorriu de lado.
-Espera um segundo – peguei em suas mãos e fechei os olhos – Feche os olhos por favor... azaras mettrius zitus – ficamos em um lugar branco, sem nada – pode abrir, mesa – falei e surgiu uma com cadeiras.
-Que lugar é esse? – falou olhando tudo em volta.
-Eu criei para poder sair sem sermos vistos, é só pedi que aparece.
-Quero um refrigerante diet – apareceu na mesa.
-Não exagera, senta porque o que tenho que te contar é uma longa história – se sentou pegando o refrigerante. – bom primeiramente tenho que te falar que não contei tudo que o Caíque me falou antes de morrer. – me olhou assustado.
-Ué porquê? – deixou o copo vazio que encheu novamente.
-Ele falou pra não acreditar em todo mundo, um de nós é mandante da Madame, e atrás de... resumidamente você.
-Como assim? Nós nos conhecemos as meses como isso é possível? E porque eu? – falou me esperando completar.
-Bom a madame está atrás do quinto elemento que é possível controlar os quatro elementos, e o que sabemos é o filho dos rebeldes da primeira geração assim ele é de DNA puro.
-Então você está me dizendo que meus pais são Judy e Beni os primeiros? – estava com os olhos arregalados pra cima de mim
-Isso e meus tios, eu sou a criança que a Madame não sabe que está viva, e você a criança da profecia, na qual sua mãe escrever o livro, como eu seus olhos já ficaram vermelhos.
-Como não me lembro de ver alguém morrer, e pode ser mais você do que eu – contei sobre seu passado que Caíque me contará antes de morrer, ele me escutou calmamente.
-Mas como você sabe se meus olhos já foram ativados?
-Seus pais morreram semanas depois de você nascer, tanto você quanto Caíque viram eles tomaram o veneno, mas sendo um bebê não tinha risco de precisar ser ativado ou matar alguém, por isso ele fez isso, Caíque te deixou ver a morte dos seus pais para que agora você possa controlar ao contrário de mim, e também só agora pude perceber, você tem a mesma mancha no olho que eu. Espelho. – apareceu um espelho na frente dele para que ele comparasse com a dela.
-Então, isso tudo foi por causa da perseguição da Madame? Nossa eu... – estava com raiva pelo seu tom de voz.
-Olha eu não quero te apresar mas precisamos voltar. – Voltamos para o escritório, e pelo jeito ele vai me ajudar a descobrir que é o intruso.
Já tem uma semana que eu revelei a verdade para ele, ultimamente tem ficado mais quieto que o normal, hoje eu e ele vamos pegar mantimentos:
-Estamos indo. – Falei olhando o Pedro.
-Cuida delas, você é o responsável depois da minha saída. – Sorriu.
-Rudy? – Breno me chamou, virando para ele. –Vamos!
Fomos em direção ao centro, antes de chegarmos ele me puxou para o beco, me assustando:
-O que foi? – perguntei, e ele me olhou nos olhos, estavam vermelhos - azaras mettrius zitus. – Fomos para a sala vazia – Cama. – ele caiu deitado.
-Rudy o que isso? Está queimando. – Pousou a mão no peito.
-Isso significa uma coisa... – Me olhou esperando –Você viu ela não foi? – Arregalou os olhos em busca de lembrar de algo.
-Sim, ela correu em minha direção... – gritou de dor.
-Que estranho seus olhos não estão voltando ao normal, alvo. – apareceu um alvo ao longe – olha para o vermelho e pense em fogo. – seguida pegou fogo por inteiro, me assustei. –Apagar. Pronto você está tendo um surto.
-Como? – se afastou de mim.
-Não se preocupe, você tem controle, só não se irrite fácil, se não já era. – respirou fundo – Agua.
-Realmente queria ter esse seu controle – deu um gole.
-Sei, você nunca me viu tendo um. – ri triste.
-Como você consegue lidar com isso, queima tanto...- falou virando o copo d’agua pela garganta.
-Não consigo pra falar a verdade, lembra que o Caíque tinha uma marca na mão esquerda? – Me olhou estranho.
-Que eu me lembre nem ele sabia ao certo como consegui.
-Sim, porque foi eu, um dos primeiro feitiços que aprendi foi da memória, simplesmente poderia fazer com que ele esquecesse que eu era assim trocaria a memória por outra, ou apaga-la, mas considerando que fosse uma marca de infância.
-Mano, já te falei que você é top? – rir abafado.
Ficamos lá durante duas horas e nada:
-Alguma coisa está errada... – cheguei mais perto de seus olhos ainda vermelhos –Tá queimando ainda?
-Não, estou me sentindo normal.
-Ferrou. – sai andando em círculos. – Biblioteca. – ordenei
-O que aconteceu? – falou preocupado.
-Parece que você vai ter que usar algum feitiço pra controlar isso. – subi uma escada pegando um livro no alto.
-Oi? Não tá dando certo? E como essa s ala tem livros?
-Primeiramente você não viu isso nem nada ok?
-Ok mas o tem haver?
-Bom além dessa sala criar coisas bobas como agua, refrigerante, objetos aleatórios, ele clona livros, roupas artefatos, coisas assim especificas, nas regras é considerado ilegal e se Caíque estivesse vivo eu estaria numa enrascada.
-E esse livro é? – se sentou na cama.
-O livro dos seus pais... em uma das coisas que ele pediu antes de morrer era pra queimar isso. – encarei o chão.
-Isso é sério mas você não queimou? – aumentou o tom de voz.
-Não é claro que queimei, mas antes fiz uma cópia, o mal dessa sala é que ela cria por pouco tempo, aqui dentro esse livro existira para sempre, mas no momento que ele sair não restará de um caderno em branco. – Espantado demais para falar alguma coisa apenas encostou sua cabeça no travesseiro.
-Bom como daremos a notícias para os outros? – virou o rosto.
-Então, não falaremos... – abaixou a cabeça.
-Vamos ficar aqui pra sempre? Sei que tem um dos capangas da madame conosco, mas isso é questão de vida e morte, eu não posso deixar as crianças e.... – Rudy interrompeu.
-Na verdade vamos ficar só uns dois dias ou melhor você.
-Porque?
-Bom o dia do meu surto é 10/10 no caso segunda daqui 5 dias e eu sempre me escondia no armário
-Nossa por isso que eu nunca te achava, não acredito que você quer passar por isso tudo sozinha.
-Eu tenho, mesmo que você queira, só se antes disso eu encontrar com a minha memória do passado.
-Então vamos, não temos nada a perder.
Pensativa, pediu um tempo para Breno, enquanto isso foleava os livros descobrindo a melhor forma de fazer isso com menos riscos. Sem respostas adormeceram na cama.
No outro dia Breno acreditando estar melhor lia o livro de seus pais, chegando na parte que falava sobre um sonho de Beni, sobre uma criança de cabelos brancos não sabia o porquê mas aquilo poderia significar alguma coisa o futuro para eles seria bem diferente do que é visto hoje, em um dado momento fechou os olhos e repetia várias vezes o nome deles:
-Beni, Judy, Beni, Judy, Pai... – nem abriu mas sabia que não estava mais junto com a Rudy, nunca havia ido aquele lugar mas se sentia me casa. Correu até uma pequena casa em meio ao vasto verde abriu a porta com cuidado. – Alguém em casa? – Sem resposta.
Continuou entrando passou pela cozinha vendo uma lousa suja de poucos minutos. Continuou a procura de alguém até chegar na porta dos fundos, ele não acreditava no que os seu olhos viram, havia uma criança no balanço debaixo de uma arvore e se surpreendeu ao ver que seus cabelos eram brancos como a neve, seus corpo não o respondia mais, não conseguia dar um passo ou voltar para trás apenas observar o que acontecia, um homem chegou perto junto de uma mulher:
-Rudy? – sussurrou, aquela mulher mesmo parecendo mais velha era idêntica a sua amada, mas quem seria o outro homem? Uma voz ao longe o chamava:
-Breno onde você tá? Breno!! – não eram as pessoas a sua frente
Assim que começou a piscar os olhos ele acordou na realidade – O que foi isso Breno?
-eu não sei – Seu corpo suava frio, aquele pesadelo foi muito mais que só isso parecia real demais – Rudy tem alguma coisa que o livro fala sobre revelações em sonhos?
-Na real? Bom pode estar aqui? – Ela pegou o livro que estava encima na mesa e folheou-o parando quase nas ultimas páginas – “Beni tem tido sonhos, como se nós não tivéssemos futuro, ele se via em terceira pessoa de frente para uma ponte me chamando, em seguida me abrasando, pelo que podemos supor que faça parte do seu dom, é estranho dizer dessa forma mas supostamente ele prevê o futuro, e pelo que eu entendo nós estamos com o tempo contado”, “12 de outubro de 2011, Caíque acredita que a Madame esteja a cada dia mais perto, deixamos nosso Breno aos cuidados dele, e que o seu passado seja revelado com cuidado daqui uns anos, se possível depois da idade da razão”, “19 de outubro de 2011, infelizmente esse é o meu último dia, daqui um mês a visão de Beni indica que iremos ser capturados pela Madame caso não desaparecermos hoje, vamos fazer com que a sua visão aconteça e esse livro para o bem de todos terá que ser destruído, e meu menino não precisará carregar a carga de ser chamado filho da primeira geração.”, as outras páginas estão em branco. - O olhar de Breno era vago, não conseguia identificar o que seu rosto mostrava, se era tristeza, raiva ou alívio.       
 

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⏰ Última atualização: Mar 16, 2021 ⏰

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