-QUE MERDA É ESTA!!?!? - a tia de Geovanna não acredita no que seus olhos estão vendo.
Rebecca se levanta rápido e corre para o banheiro pra se vestir.
Só da tempo de Geovanna pôr o moletom, antes que sua tia avance para cima dela, puxando seu cabelo.
-Sua puta! O que você pensa que é essa casa? Aqui não é puteiro, e ainda trás uma garota? Você é o que? Prostituta? Que aceita todo tipo de trabalho?
- Me larga, tia! Ai ... - exclama Geovanna.
Quando Rebecca sai do banheiro e vê aquilo, empurra a tia para um lado. E fica perto de Geovanna.
A tia, incrédula da cena que acabou de ver, fica olhando para as duas.
- Será que eu posso explicar? - ninguém fala nada. - a Rebecca é minha namorada. A gente se ama, e eu não me importo com. O que a senhora diga, eu vou ficar com ela.
A tia riu com tom sarcástico.
-Mas se você acha, que vai ficar trazendo essa...- e aponta para rebecca com cara de nojo- para minha casa, está muito enganada. - ela pensa melhor- não quero nem você dentro da minha casa. Eu te criei, e olha como você me agradece! Vai embora da minha casa! Agora!! - e sai do quarto batendo a porta.
Geovanna começa a chorar. Rebecca a abraça.
- Mas já íamos fugir, não é?
- Sim, só que... Eu não queria que fosse assim. - disse soluçando. E começa a enfiar suas roupas na mochila.
"Vai dar tudo certo" Rebecca pensa "nós vamos conseguir ficar juntas".
*
*
Já era quase mannha quando elas decidiram ir para a casa de uma tia da Rebecca, numa cidade próxima.
- Tenho certeza que ela vai nos ajudar. Ela é super compreensiva nesses assuntos.
-Você também disse isso sobre seus pais - retrucou Geovanna.
- Aff, mas ela eu tenho certeza.
Compraram as passagens, e esperaram ansiosas na rodoviária.
- A essa hora eles já devem ter descoberto que não dormir na casa da Manu.- Rebecca lamentava - já devem estar me procurando feito loucos.
- Calma, amor. Vai dar tudo certo.
O ônibus chegou, as duas suspiraram de alívio. Entraram, colocaram as mochilas nos lugares disponíveis. Depois de uns minutos, o ônibus partiu.
20 minutos de viagem, elas já tinham esquecido de todos os preconceitos e brigas que ficaram para trás.
- Eu vou procurar um emprego, ai depois que estivermos com nossas vidas no lugar, voltamos a estudar.- planejava Rebecca.
Geovanna adorava esse jeito de menina sonhadora de Rebecca. Olhava para ela e sorria. Estavam se arriscando uma pela outra.
-Temos que pegar o comprovante da passagem.- Disse geovanna se levantando para ir pegar.
- Não amor, deixa que eu pego.
E Rebecca se levantou para ir pegar.
No instante em que chamou o motorista, e ele olhou para o lado, vinha um caminhão de carga na contra mão, e se chocou fortemente contra o ônibus.
*
*
*
Uma luz branca, muito forte. É isso que Geovanna vê quando acordar. Tenta de mover, mas isso faz seu corpo doer intensamente. Tenta chamar por alguem. Mas sua voz não sai. De tao fraca que está. E acaba caindo no sono novamente.
*
*
- Bom dia! Com está se sentindo?
Quando Geovanna abre os olhos dessa vez, se depara com uma mulher sorridente, vestida de branco. Uma enfermeira, ela supõe.
-Onde estou? - Ela faz força para perguntar- o que aconteceu?
-Você está no hospital, querida. Houve um acidente no ônibus que você estava viajando e...
- E a Rebecca? Como ela está?! - a enfermeira demora um pouco a responder, e isso a fez gelar.
- Rebecca? Depois verei na ficha se...
- Veja agora! - Geovanna interrompeu nervosa.
- Acalme-se, querida. Você ainda não esta forte o suficiente para se exaltar.
-Mas... Eu... A Rebecca... - Geovanna tentou falar, caindo no sono novamente.
*
*
Dessa vez, quando acordar Geovanna vê sua tia. E os pais fe Rebecca do lado.
- Cadê a Rebecca?- é a primeira coisa que ela diz.
- Geovanna...- a mãe de Rebecca tentou se aproximar.
-Cadê ela?- perguntou novamente, se encolhendo.
-Houve um acidente ...
-Eu sei que houve um acidente. Só quero saber onde esta minha namorada!
-Ela morreu!- a tia de Geovanna disse, sem piedade alguma.
Geovanna ficou parada, olhando para o teto do hospital. A lâmpada piscava um pouco como nos filmes de terror. Em algum lugar tinha alguem chorando, lá fora tinha barulho de sirene e buzina.
- Querida, está tudo bem?
- Saiam daqui. - Geovanna falou. Com um grande nó na garganta, os lábios tremendo.- anda. Saem daqui!
Todos saíram.
-É culpa minha! - geovanna falou a si mesma. - não era pra eu aceitar fugir. E se eu não tivesse lembrado do comprovante. Oh, deus!
E começou a chorar. Chorou como a criança que tinha ouvido lá fora.
-Me perdoa, Rebecca! Me perdoa! Eu te amo. Eu te amo.
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Impedidas
RomanceDuas meninas demasiadamente apaixonadas. Porém em uma sociedade preconceituosa. Muitas aventuras e acontecimentos que vão mudar a vida de Rebecca e Geovana. E a sua também.