Unmatchable- Tayler Holder

1- Olá Los Angeles!

Boston, MA, USA

7am
(despertador toca)

- Deixa-me dormir diabo! - ignoro o despertador, mas é um esforço em vão porque ele logo volta a tocar. - Pronto ganhaste despertador! - digo levantando-me da cama a tropeçar em tudo que aparece à frente, talvez seja um bocado culpa minha porque sou demasiado preguiçosa para sequer arrumar o meu quarto, mas foda-se.
Tomo um duche rápido, visto a primeira roupa que aparece à frente, mentira, eu gosto muito de escolher a minha roupa.
Quando chego às escadas sinto o cheiro a felicidade. Continuei a descer os degraus e o cheiro ficava cada vez mais intenso e foi então que percebi que vinha da cozinha.

- Olá mãezinha maravilhosa que cuida tão bem de mim todos os dias!

- A dar gracha logo de manhã?

- Hoje estou a dizer a verdade.

-Isso sim é um milagre.

- Vá lá mãe, hoje estou de bom humor.

- Eu também por isso é que fiz o teu pequeno almoço preferido.

- Bem me parecia ter sentido um cheiro maravilhoso a panquecas com doce de morango. Mas mãe, eu sei que gosto muito de comer, mas não terás exagerado?

-Primeiro não és a única a comer cá em casa, e segundo fiz algumas a mais para levares para a tua irmã.

- Porquê?

- Ela foi muito amável em deixar-te ficar em casa dela durante a tua estadia em Los Angeles.

- Ela é minha irmã mais velha, tem obrigação de cuidar de mim quando preciso.

-Alana Rose!

- Eu não gosto que me chames assim!

- Devias era estar grata por teres onde ficar. Olhe que se tivesses por tua conta...

- Sim sim, iria ter muitas despesas e bla bla bla. Já sei essa cantada de cor.

- Vá então come senão as panquecas vai arrefecer.

-Isso seria um desperdício.

...

- Tudo está arrumado.- digo fechando a ultima mala.

- Agora só falta mesmo o teu pai.

- Onde está ele afinal?

- Teve de sair rapidinho resolver umas coisas pendentes no trabalho mas já deve estar a chegar. - diz olhando para o relógio.

- Até no dia em que vou embora ele tem trabalho?

- Ele não podia mesmo deixar aquilo querida.

- Sim eu sei. Por que não posso ir sozinha?

- Já falámos sobre isso.

-Sim, e continuo sem perceber. Já tenho a carta há um ano.

- O problema é que a senhora tua mãe pensa que ainda és um bebé. - O senhor Carl finalmente decide lembrar-se que existo.

- E qual o mal.

- O mal é que têm de perceber que algum dia eu ia crescer e sair de casa.

- E esse dia chegou cedo demais. Tens apenas 17 anos.

- Sim, eu com 17 anos estava em casa a estudar e a ajudar os meus pais nas tarefas da casa.

- E com 19 já tinha uma filha então é quase igual. - Realmente não sei como ela ainda não me expulsou de casa sério, eu sou muito má com ela. - Mas eu estou a trabalhar na minha carreira. Ambos sabem que a dança é a minha vida.