- Chapter Two.

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Já fazia um mês que eu trabalho na cafeteria. E como eu tinha sido avisada, Kim Taehyung vinha todos os dias, pela parte da tarde.

Alguns dias, ele trazia amigos. Outros uma menina, não a conheço, mas é uma garota muito bonita. Será sua namorada? Bom, por mais que seja, não é da minha conta saber disso ou me importar não é?

Talvez.

Quer dizer, ele é um cliente fiel e muito simpático, é normal eu querer saber mais sobre ele, fazer amizade, mas é apenas uma relação profissional com o rapaz. Não posso me dar ao luxo de gostar de alguém a essa altura da minha vida. Tenho muitos problemas e também, por me apaixonar fácil, sempre sofro com relacionamentos. Então, paixão está fora de questão agora e por um bom tempo.

Minha rotina era a mesma desde que comecei mês passado aqui. Trabalhava pela manhã e tarde, sendo assim, não sobrava muito tempo para procurar uma casa ou quarto para eu alugar, o que deixava a senhora  Sarah um pouquinho (muito) irritada. Mas a boa notícia era que eu estava juntando boa parte já do meu aluguel atrasado. Tal coisa que a velha senhora não entendia por querer me ver fora de lá o mais rápido possível.

Bom.. como hoje tenho a tarde livre, vou sair a procura por um quarto para mim. Dividir com alguém também é uma opção, não é a principal, mas não posso exigir muito, não?

Acabei por fazer amizade com uma moça, cliente do café. Adel Andreos. Estrangeira, como eu, porém de outro lugar e sem nenhum vínculo com o país, diferente de mim que sou uma garota com pai asiático e mãe sul americana, Adel é puramente espanhola, nascida e criada lá, mas com tanta paixão que tem pela Coreia, resolveu aprender a língua e vir morar aqui. Uma bela história não?

Quando chegou aqui, ela me contou que ficou um bom tempo sozinha. Digo sozinha, quis dizer sem amigos ou conhecidos. Mas, os meses foram passando e ela conquistando as pessoas do seu trabalho com seu carisma e alegria (incomum, mas admirável), fazendo assim amigos e amigas aqui.

Adel vinha quase sempre. Pela manhã. Sempre pedia um café com leite e canela. Depois, no meu horário de almoço, ela almoçava comigo quando podia. Em um desses dias, comentei com ela sobre eu querer me mudar.

— Eu tenho um lugar para você! — enquanto tomava seu café, gesticulava, alegre como todos os dias.

— Mesmo? Meu Deus, onde é? Qual o valor do aluguel? É muito longe daqui? — fiz perguntas umas atrás das outras.

— Calma Emmy! — ela solta uma risada. — Digamos que é uma república.

— Ah, aqueles lugares onde várias pessoas moram e dividem as despesas? — ela confirma. — Entendi.

— E estão justamente com um quarto vago. Não é muito alto o aluguel, acho que você pode ir lá, dar uma olhada. — meus dedos batiam freneticamente na mesa.

— Claro! Me passe o endereço que eu vou lá hoje mesmo.

— Ok, o endereço é... — fui anotando em meu bloquinho o lugar, feliz por ter um lugar disponível que eu possa me mudar.


[...]


Tudo correu bem. Terminei o meu trabalho e fui até a tal casa. Muito bonita por fora e dava para perceber que viviam muitos homens lá. Quando bati na porta, um rapaz alto e com os cabelos coloridos a abriu. Não tinha traços asiáticos, americano talvez? Ele me olha com a sombrancelha arqueada.

Sem muito tempo para perder, já vou o cumprimentando e explicando o que vim fazer aqui. Mas, com certa delicadeza, ele me diz:

— Olha, aqui tem muitos homens. Talvez você não se acostume.. — ele me olha. Nesse momento um outro cara joga uma roupa na cabeça do garoto em minha frente.

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⏰ Última atualização: Jan 14, 2021 ⏰

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