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Ambos eram como duas almas perdidas em um mundo devasto. Talvez, destinadas a trilharem sua jornada em caminhos diferentes e talvez, no fundo, Itachi já estava ciente disso, só não queria aceitar.
“Como uma bala no meu peito. Você está escrito, amarrado e gravado....
para sempre em minha mente.”
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O pingente de jade como uma gota d'água, pendia levemente para frente da testa; os cabelos longos escuros — soltos, sopravam acompanhando a brisa do vento. No pico da montanha, ervas daninhas eram um contraste em meio as peônias brancas e debaixo da árvore frondosa que situava-se a beira das rochas que limitavam a terra plana — sendo depois delas, um abismo em meio as nuvens —, Itachi tocava suavemente sua guqin de oito cordas1.
Seus dedos esguios passeavam entre as cordas do instrumento, criando uma melodia agradável, assemelhando-se com a calmaria do mar depois de uma noite tempestuosa; suave e tranquilo — devagar, sem pressa.
Ele continuou assim, tocando-a por um tempo.
A vista do lugar de onde estava, a paisagem era deslumbrante; vastas cadeias de montanhas, todas com seus picos brancos — adornado em neve. O sol acima brilhava intenso sobre elas e, as nuvens espessas não conseguiam censurar sua luz bruxuleante. E abaixo, encontrava-se apenas um lençol vasto e branco — nuvens que persistiam no topo da montanha, que limitavam a visão vista de cima.
Os dedos sutis, logo, pararam de tocar, mas a melodia ainda ressoou por um instante até cessar completamente e, as cordas da guqin se aquietarem, voltando a congelar — sem movimento.
Itachi disse suavemente, “Você veio...”
O rapaz não se virou para olhar, mas sabia que ele estava aqui — ele podia sentir.
Assim que o vento soprou, trouxe consigo a leve brisa mesclada com a voz gentil da pessoa por quem contará os dias para vê-la outra vez.
“Sim, estou aqui.”
Itachi finalmente virou a cabeça para olhar.
Seus olhos ônix fitaram um homem alto e esbelto, trajando a armadura branca dourada que oscilava vez ou outra com brilho do sol. Toda sua figura, emitia uma típica luz celeste — muito comum em deuses do Olimpo. Os fios escuros, nitidamente ondulados — caíam leve para frente do rosto bonito, a cortina de cílios longos e fardos criavam uma sombra sob suas bochechas, seus lábios macios e sutilmente avermelhados, desenhavam um sorriso seguro e gentil que destacava suas duas covinhas profundas.
Shisui se aproximou, enquanto dizia: “Eu não queria ser repetivo, mas....” ele estendeu a mão ao homem sentado sobre as rochas e completou: “Senti sua falta.”
Itachi prontamente segurou em sua mão, pondo-se em pé para responder, sua voz carregada de uma devoção inexplicável: “Eu senti mais! Penso em você a cada segundo.” ele pausou um pouco, e depois disse: “O tempo no Olimpo é diferente no mundo mortal. Para mim foram meses, para você foram dias.”
