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O Último passageiro

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Imerso em águas rasas que causam o apogeu que declinou com minha alma.

Mas que droga! Onde cantam os pássaros se não em minha mente?

Um final de dor enquanto celebro minha talvez última seia.

O inesperado me surpreende, como o fantasma em minha ópera.

Fantasma esse que alerta o partir do último trem da noite.

Vagão solitário como vago por ai e perambulo ao suspiro lunar.

Perambulo novas sessões para discutir novas vidas.

Vidas que não serão tiradas pelo tempo, tempo não irar levar suas horas.

E horas não levarão suas vidas! E isso é arte. E consagro a pessoa que me

definir morte, pois morte é apenas a desculpa dos fracos para perder vidas.

Outra hora discuto contigo, agora irei conferir o tempo que ainda tenho.

Afinal, o trem da meia noite já me espera.

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Bruno Marlony

Os seis sentidos da vida: Textos e PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora