"Não estava mais sentindo minhas pernas, senti minha roupa grudando em minha pele, eu estava de olhos aberto mas parecia que não estavam abertos o suficiente, uma nuvem densa e preta parecia que estava por todo lado dentro daquele porão e ela não parava de gritar: PORQUE VOCÊ TÁ CORRENDO? FICA QUIETA. Corri em direção a uma porta vermelha, por Deus, esteja aberta, minhas mãos não paravam de tremer mas consegui segurar a maçaneta, é isso vou morrer, estava trancada, por que eu não abro mais meus olhos?, ela gritou de novo:VIU SÓ! CULPA SUA. Uma luz amarela que não sei de onde vinha projetou uma sombra e o porão se transformou num corredor olhei para sombra que continuava crescendo e não parava de dizer: agora vamos começar a parte mais divertida. De repente ele já estava na minha frente sorrindo igual um demônio, eu congelei."
- Tem alguma coisa ai pra eu tomar e apagar, tipo... só ficar a noite toda apagada? - Rayssa estava sentada numa cadeira confortável, como uma cadeira pode ser dura e confortável ao mesmo tempo?, numa sala tão branca que só de uma lata de molho de tomate entrar naquele lugar já ia poder ser considerado um crime contra o estado e os moveis todos madeirados com pequenos vasos de plantas. Ela olhou para o caderno que a doutora segurava, parecia que estava de enfeite em sua mão, eles não tem que relatar cada respiração que o paciente dá?, apesar de todas as perguntas aleatórias que vinham em sua mente o que Rayssa queria saber mesmo era quando a doutora ia se cansar dela e lhe dizer que isso tudo não passava de uma fase de adolescente idiota que viveu só um episodio ruim da vida, faz tempestade num copo d'água e que assiste um monte de porcaria antes de dormir.
- Eu já lhe disse, não é assim que as coisas funcionam. Preciso analisar como sua mente funcionava e como ela funciona agora para que possamos ter um diagnostico claro da situação, estou aqui para lhe ajudar não para lhe dopar. Me diga Rayssa: Sua irmã...
- Rayanne.
- Como é a relação de vocês duas?
[...]
O dia estava agitado com todos focados no seminário que o professor Ruy destinou aos alunos, era uma ótima distração diante de tudo que estava acontecendo. Willams estava bem concentrado anotando tudo o que pudesse ser útil na apresentação do trabalho.
- Walter disse que a gente tinha se dado mal, mas até que não é tão difícil achar assuntos bem informativos sobre o demônio. - comentou Willams de olho em todas as anotações.
- Pois é...- Rayanne, diferente de Willams, não conseguia anotar nada, o quão estranho seria falar com Willams sobre o Walter?, a gêmea não parava de se questionar sobre isso, sempre tinha sua irmã para conversar sobre garotos mas agora com Rayssa distante Rayanne estava prestes a optar por uma possibilidade (conversar sobre garoto com um garoto que ainda por cima era o melhor amigo do primeiro) que meses atras a teria feito revirar os olhos.- É...
- Vocês parecem ter uma química muito boa -Rayanne é interrompida por Willams. - Tipo... Walter não é muito de elogiar mas ele faz questão de que eu saiba o quanto você fez bem pra ele e apesar dele amar a escola ele fica preocupado por estarmos aqui, principalmente por você estar aqui...
- Tá dizendo que ele não que eu venha mais pra escola?
- NÃO! Sim, não, não... - Willams suspira enquanto organiza as palavras - Você se tornou um dos principais motivos pelo qual ele vem pra escola kkk, mas ele se preocupa com você, com todos nós, por que não é novidade pra ninguém que a escola não é mais um lugar seguro.
- Ah... obrigada por me contar isso, eu estava me sentindo muito insegura sobre nós, eu e o Walter. Pensava que não fazia diferença nossa relação pra ele, fico muito feliz por saber disso.
- Você é uma garota incrível e forte! Até um bobão como o Walter percebe isso, ele pode parecer meio avoado mas ele dar muito valor a relação de vocês. - Willams fala com um sorrisão.
- O Walter tem sorte de ter você como amigo, não vou me esquecer de suas palavras, muito obrigada Willams.
- Pode me chamar de Will.
- Ah, claro, Will - Rayanne sorri de volta pro novo melhor amigo.
[...]
O corredor estava vazio quando Josie olhou para trás, tinha que ser rápida pois nem ir ao banheiro era mas confiável de se ir sozinha. Josie apertou o passo quando de repente ela é puxada pelo braço para um canto escuro.
- O que você tá fazendo pelos corredores sozinha?
- Meu Deus Felipe! Você me assustou! - exclama Josie. Ambos estão sussurrando sem nenhum motivo em especifico.
- Viu, sorte sua que sou eu... cadê uma amiga pra lhe acompanhar?- Ela ia começar a falar mas ele acrescenta - Preciso falar com os professores sobre acompanhamento na ida ao banheiro.
- Desde quando você se importa tanto comigo? Quê que é tudo isso? Eu posso muito bem cuidar de mim mesma.
- Você não tem noção do que tá acontecendo mesmo né? - questiona Felipe com uma raiva contida.
Josie fica nervosa e começa a tagarelar.
- Eu sei muito bem o que tá acontecendo. O que eu quero saber é da onde veio toda essa raiva? O que eu te fiz além de vários NADA? Porque pelo visto "a gente" foi só um passatempo pra você não é e também...
Josie para na mesma hora em que ver Felipe se aproximando o suficiente para deixá-la sem folego, com um olhar estranho.
- Passatempo? - Felipe questiona, mas aquela não parece sua voz habitual.
- Bom...- Josie disse timidamente - Achei que existi-se um "nós" mas pelo visto esses dias você nem fez questão de me dar ao menos um oi.
- Bem, então me perdoe... - Ele segura o queixo dela - pelo visto vou ter que lhe mostrar que você não é um passatempo.
Josie não entendeu o que Felipe queria dizer mas não demorou muito para finalmente compreender. Ele puxou o rosto de Josie para mais perto e a beijou, um beijo delicado que fez Josie se sentir amada. Felipe sentiu a inocência no beijo de Josie que o fez ficar em chamas e avançar lhe dando um beijo de verdade, mas com cuidado ela se afasta, coloca a mão delicadamente no peito dele e diz:
- Vamos devagar tudo bem?
- Ah sim, claro.
- Por favor, também não vamos nos precipitar.
- Claro. No seu tempo.
- Obrigada. - Josie sorrir. Por favor que eu não esteja igual um tomate. Ela estava.
Josie sai em direção ao banheiro com um sorriso bobo, sem olhar pra trás.
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Fim do capítulo.
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Personagens principais
Willams
Camilla
Walter
Nathalya
Roosivelt
Luciene
Ezequiel
Eliene
Felipe
Josie
Rayssa
Rayane
Ruy
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DIAS DE ESCOLA
Ngẫu nhiênWillams é um jovem que se mudou para a nova escola em Seattle. O jovem estudante tem uma dura lição pela frente com novos lugares, novas pessoas e é claro novos desafios, o moreno não ficará sozinho nesse novo lugar com a ajudar de seu amigo Walter...
