CAPÍTULO 3

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MALDITO RELÓGIO

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MALDITO RELÓGIO.

Não consigo pensar em mais nada além do fato de que vou me encontrar com o cara mais lindo com quem já me esbarrei, literalmente, daqui a exatos...dois minutos e trinta e seis... trinta e cinco... trinta e quatro segundos.

Você consegue ter uma ideia de quantos assuntos possíveis já elenquei nessa droga de cabeça que insiste eapenas pensar e pensar?

Faz ideia do quanto é frustrante alguém dizer "quero falar com você daqui a quinze minutos" e esses tais quinze minutos parecerem mais como uma hora?

- Ei sua vadia sortuda, o que você fez para chamar atenção daquele deuses dos livros? Porra, eu juro que só queria uma chance de estar em seu lugar e ele nunca mais ia me deixar sair daquela sala.

Rolo os olhos e sorrio quando Joalin invade meu espaço, cheia de caras e bocas, gesticulando enquanto fala. Tudo para ela tem um fim sexual. Não há uma só conversa que tome outro rumo.

Bonita como é, talvez os homens não consigam pensar em outro assunto ao seu lado. O problema é que eles a querem como um troféu que depois perde a graça. Ela sempre volta para chorar no ombro de um de nós aqui da empresa.

- Não deixe sua mente corrompida falar por você, Joalin. Você não o ouviu dizer que está ampliando o setor de livros didáticos? Com certeza tem a ver com isso.

Mais uma vez, ela joga a cabeça para o lado, levando os cabelos loiros e bem brilhosos junto com o movimento.

- Eu não perderia essa oportunidade, mas sei que você é muito inocente para tirar proveito da situação. Não sabe o quanto é bonita escondida atrás desses óculos cafonas e... - olha para a minha roupa com nojo - esse vestido marrom. Quem usa marrom hoje em dia?

Bufo ao ouvir tanta superficialidade.

Eu sei, você acha que eu deveria dar uma resposta à altura ou mandá-la ir pra puta que pariu. Acontece que econheço Joalin o suficiente para saber que ela usa essa armadura a fim de parecer algo que não é.

No fundo, não passa de uma mulher frágil em busca de ser amada, mesmo que faça um trilhão de escolhas erradas.

- Você precisa de mais alguma coisa ou já terminou sua aula sobre cores adequadas para roupas.

- Meu benzinho, pode não parecer, mas eu só quero o seu bem. - aceno, mostrando uma ponta de sarcasmo. - O homem quer falar com você agora. Divirta-se!

Olho para ela como se fosse louca e me levanto para atender ao chamado do meu novo chefe. Apesar do nervoso, mil e um motivos passam por minha mente agora para justificar ser convocada pelo CEO da editora.

Decido ser otimista e me apegar aos bons motivos. Não há o que temer. Não é como se eu estivesse fazendo qualquer coisa errada. Quer dizer, além de me atrasar quase todos os dias, claro. Mas esse não é exatamente um crime queviola o Código Penal.

Ajeito meu vestido marrom e me xingo mentalmente por ter escolhido essa peça hoje. Não que eu esteja preocupada com a última moda em Paris ou se a cor dele não é vibrante o suficiente, só que está um pouco justo demais, abraçando meus seios e minha bunda como uma segunda pele.

Droga!

Minha esperança agora é de que Josh Beauchamp seja gay ou fiel demais a quem quer que seja para reparar nesse pequeno detalhe, embora o homem exale masculinidade e virilidade pelos poros. Pensando bem, a primeira opção está completamente descartada.

Vamos lá Any, seja o que Deus quiser.

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⏰ Última atualização: Jan 16, 2021 ⏰

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