Diablo Murdock

Um Dia De Azar

Por conta de descuido alheio, hoje (14/08/2019), eu, Erik Diano, membro da ilustre família Diano e o melhor investigador na associação Oliveira, escreverei explicações sobre minha última designação, a respeito do porque um executivo foi ferido e sobre um ponto turístico de nosso país que foi destruído.

I. Praia de L'Arrabassada, Tarragona, 11h31m

O senhor Resolucción, atendente principal, me ligou durante minha folga e designou a missão: EPG - 13819. O peculiar foi o pequeno prazo de trinta minutos para que chegasse na sede e recebesse mais informações. Me desloquei até Barcelona, em apenas trinta minutos.

Quando cheguei na sede da associação, ouvi chacotas de outros agentes a respeito de mim. Fui alvo de humilhação e inclusive, já pedi indenização por isso.

Quando li a missão, fiquei aborrecido. Ela consistia na investigação e eliminação do responsável que furtou uma das jóias do pecado. A "eliminação do alvo" era o absurdo. Questionei Resolucción, o negro, sobre a discrepância.

O homem então disse: "Não se preocupe. Um assassino irá lhe acompanhar para garantir o sucesso da missão."

"Uma colaboração com assassino?" A ideia de uma parceria era um desrespeito a minha imagem.

"Logo em dia de terça-feira treze vais me colocar com um assasino?." disse.

Senhor Resolucción respondeu: "Seu último relatório foi preciso. Vimos sua insatisfação quanto aos colaboradores assassinos.", e continuou: "Por conta da autoridade de sua família, contatamos o senhor Diablo Murdock, que já é um assassino renomado e experiente."

"Você está falando do Diablo Murdock?", perguntei, e a resposta foi positiva.

Ora, já ouvira histórias do Diablo. Diziam que era uma besta enfurecida. Quando se encontrasse com ele certamente seria o seu fim. Enfim, aguardei pela chegada de Murdock, que não foi tão rápida quanto a minha. A insolência dessa atitude só me deixou mais frustrado.

Foi então que percebi que a associação deu mais tempo ao senhor Diablo Murdock. Mostraram assim que respeitavam mais o assasino, um cão, do que a mim.

O Diablo chegou na sede, e estava logo atrás de mim, se aproximou com passos quase inaudíveis. Seu apelido fazia jus a sua presença. A sensação era como unhas que rasgavam minha pele. Tenebroso, mas, em simultâneo, calmo.

Quando me virei, fiquei atônito com a visão de uma figura elegante. Homem alto, tinha um rosto com maxilar definido, arrumado, camisa branca, gravata vermelha, colete e terno. Seus olhos tinham um tom avermelhado.

"Como vai você?", ele perguntou enquanto estendeu a mão em minha direção. Quem imaginaria que cumprimentaria Diego D. Monte, O Diablo Murdock em plena terça-feira treze. De fato muito azar para um nobre como eu.

Depois dos cumprimentos, conversou com o senhor Resolucción sobre uma missão que havia realizado. Era algo relacionado a ter matado um demônio, aparentemente sozinho, mas não dei importância, era muito fantasioso.

Senhor Resolucción, o negro prosseguira: "Senhor Diablo e senhor Enrique. Como bem sabem, a joia do pecado da gula foi furtada. A vossa missão é investigar quem foi o autor, e o eliminar."

Ele pausou, pegou algo de trás da mesa e nos mostrou.

"Aqui está a pista que coletamos no local do furto.", mostrou uma pequena tampa de algum recipiente de vidro.

"O que significa isso?", perguntei.

"Uma prova do crime, senhor Enrique.", me respondeu. "Infelizmente essa pequena tampa não possui nenhum rastro como digitais ou DNA para estabelecer quaisquer suspeitos. Nós coletamos essa prova com o propósito de que você, com os seus talentos herdados da família Diano, ao investigar, pudesse saber de quem é."