Prólogo

6 0 0
                                    


Fogo!...Gritos!...Escombros!...Sangue!...O tilintar de duas espada ecoava, casas eram destruídas pelo fogo e o ódio dos invasores que chegaram na calada da noite.

Desnorteado em meio a tanto caos, um Meio-Orc se encontrava no meio de uma guerra em seu clã, crianças correndo em busca de suas mãe; guerreiros dando um último grito de fúria a Gruumsh, Deus Orc das Tormentas e das Guerras; anciões que não ousavam sair de seus templos e rezavam para seu deus os abençoar com a vitória sobre seus invasores. Porém, a guerra já estava decidida, quando aquele mesmo Meio-Orc acordou, ele percebeu que seu povo estava sendo massacrado, as chances de derrota eram tão finitas, parecia que o inimigo tinha reunido trezentos mil soldados e que seus companheiros eram só trezentos.

Mesmo nessa situação ele empunhou seu longo machado de guerra e se pois a lutar, a marca de Gruumsh começou a brilhar em vermelho em sua ombro, contrastando com o verde acizentado, seus olhos se tornaram carmesim por completo e uma aura tão vermelha quantos seus olhos emanava do seu corpo; sua intenção assassina era sentida até mesmo pelos magos inimigos que estavam no final do campo de batalha, ele estava em Fúria.

Ele encarou o seu inimigo a frente e disparou sem piedade nenhuma para cima dele, o inimigo parecia ser um humano, alguns centímetros menores que o Meio-Orc, esguio, porém tinha um condicionamento físico de um ladino; ele empunhava uma cimitarra e usava vestimentas escuras, eram longas, chegando até sua panturrilha e em seu rosto, a única coisa a vista era seus olhos, a boca era protegida por um lenço e um capuz cobria sua cabeça.

Ele notou o Meio-Orc vindo em sua direção e o encarava com um misto de terror e fúria. O Meio-Orc parou na frente dele e levantou seu grande machado a cima da cabeça e desceu brutalmente contra o humano, porém ele era ágil e desviou de seu golpe, fazendo o machado fincar no chão. O humano não perdeu a oportunidade e tentou desferir um golpe em horizontal no braço do mestiço, ele acertou em cheio, mas ele não esperava que sua espada quebrasse assim que tocasse o corpo do mestiço, ele ficou espantado, como a pele de alguém pode ser tão dura quando uma armadura? O Humano deu alguns passos para trás, a procura de uma arma perdida no chão, o mestiço por sua vez retirou o machado da terra segurou com apenas uma das mãos para desferir o golpe, ele fez o mesmo movimento de antes, mas dessa vez ele havia acertado, o deixando em estado crítico, seu peito estava rasgado desde o tórax até a barriga, ele cuspia sangue e suas entranhas saiam, seu desespero era tanto que ele tentava colocar as tripas de volta. Ele olhou para o mestiço e fechou seus olhos esperando o golpe final, sua cabeça foi partida ao meio, podia se ver o cérebro e sua língua separadas pela lâmina de um machado. O mestiço pegou o corpo já falecido e o ergue aos céus.

- Está Vendo Gruumsh, eu não te abandonei! Carrego sua marca com orgulho e dedicarei as mortes ao seu nome! - Depois de seu grito ao seu deus, ele jogou o corpo com força em um sátiro que estava a alguns metros dele e estava mirando em uma criança orc.

Ele lançou o corpo no sátiro, que desviou e mudou seu alvo para o mestiço, tensionou a linha de seu arco e disparou a flecha que foi parada pelo machado de guerra do Mestiço. Ele preparou outra flecha, repetiu o processo, porém com muita mais calma mirou novamente na criança indefesa.

- Nãoooooo!! - Gritou o Orc e em desespero, atacou seu machado no sátiro.

O machado foi rodando em vertical e acertou em cheio o arqueiro, fazendo seu arco quebrar e sua mão ser amputada.

O mestiço caminhou até a criança, que estava paralisada de horror, a acalmou e apontou para uma casa mais distante, onde os anciões estavam. O mestiço começou a ouvir um galope, que se aproximava rapidamente, o mestiço virou seu corpo e foi golpeado por uma espada curta, ela acravou no corpo dele, o dono da silhueta que o feriu, era o sátiro. Agora com o sátiro mais perto, podia se ver que o sátiro não tinha mais vida, era só uma marionete controlada por magia. Ele agarrou a cabeça do sátiro e retirou a espada de sua barriga, a quebrando no meio e começou a apertar o crânio do sátiro, ele continuava a atacar, ignorando a dor que sentia e podia se ouvir alguns estalos, se o sátiro estivesse vivo, ele poderia sentir uma das piores dores, seu crânio estava sendo esmagado pelas grande mãos do mestiço. Cruch!!! O crânio estava destruído, não houve mais luta da parte dele. Seus braços estavam largados e rentes ao corpo, o mestiço soltou o corpo que foi ao chão, ele pegou seu machado que não estava muito longe e viu que mais inimigos se aproximavam, era algo que ele não consegui contar, magos, guerreiros, arqueiros, clérigos, e a coisa que ele mais odiava, Necromante!

Minha HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora