Hey bang.cosmic!

three

sim, a música é antiguinha e brasileira mas não é ruim. eu juro. escutem enquanto leem o cap. bjsss.
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

— Caralho... —  Allana suspirou bagunçando os cabelos alisados e coloridos da cor que já havia enjoado há algum tempo.

— Lana, você precisa se acalmar.

— Que porra, eu não quero ver meu pai, nem minha mãe, nem ninguém! Minha família tá aqui Dan! — bradou suspirando mais uma vez.

— Você deveria curtir mais seus pais, eu nem tive mãe, ela ficava na porra do sofá e nem me dava ideia, o tanto de merda que eu fiz foi tudo culpa dela. — Máximus falou acariciando seu gato que se esfregava em suas pernas logo em seguida retirando o cigarro de sua boca.

— Eu deveria mas eu não sou você Max, dá um tempo porra.

Todos se entreolharam e alguns suspiraram.

— Eu sei que é foda Lana mas você deveria pelo menos tentar, tentar porque você só vai ter eles como pais e depois não vai ter mais. — Gab se pronunciou.

— Que porra, eu não fiz questão de nada, não queria estar aqui, não fiz questão nem de existir caralho! Ele me odeia.

— Foda-se, ele não encapou o caralho do pinto e você tá aí, agora que você não precisa mais dele quer dar uma de pai. Lana tá certa, não tem que ver ele mesmo não. — Yuri bufou estressado com a situação já que, mesmo que na maioria do tempo não demonstrasse tinha carinho pela mais nova.

— Cala a boca, ela tem que ir ver ele sim, tem que demonstrar que não guarda mágoa, uma mágoa que não vai levar ela a lugar nenhum, só vai fazer ela ficar mal! — Max suspirou sentindo o estresse da situação.

— Já pararam pra pensar que vocês não estão ajudando ninguém? Isso não é sobre ela ir ou não, é sobre a porra do psicológico dela e os traumas dela! Parem de agir como crianças e tentem pelo menos entender a situação sem discutir! — Ravi finalizou dando lugar ao silêncio.

E ali, todos perceberam que Ravi estava certo, aquilo não era sobre o pai ou a mãe de Allana e sim sobre ela. Máximus coçou a nuca sentindo o pouco cabelo que havia perdido o corte há algum tempo.

— Foi mal... Olha Lana acho que você deveria ir mas se você não se sente bem, não vai. — Maximus foi o primeiro a se opor.

— É... eu sou babaca as vezes. — Yuri falou em tom baixo, odiava pedir desculpas mas era necessário.

— Inferno... Eu acho que vou pra casa. — foi a única coisa que Allana conseguiu pensar.

— A essa hora? Nem pensar, já são quase meia noite é perigoso. — Danilo se opôs se levantando e bagunçando os cabelos da garota mais nova.

— Hm, uma hora eu vou morrer Dan, vai ser a hora que tiver que ser, eu saindo tarde da casa dos outros ou não. — rebateu.

No final, mais uma discussão se fez e finalmente Allana decidiu que ficaria na casa de Max, para falar a verdade estavam com medo de deixá-la sozinha, Max, Gab e Dan se sentiam na obrigação de cuidar da garota já que era a mais nova, sentiam-se mal pelas coisas que a mesma já havia passado mesmo que tão nova. Todos queriam apenas protegê-la, como verdadeiros irmãos mais velhos.

Allana tinha dificuldades para dormir e com a culpa que estava sentindo pela discussão de mais cedo estava pior, queria apenas se esquecer daquilo. Deveria sorrir mais? Abraçar os pais? Viajar socializar? Era tudo difícil demais para si e queria que alguém pelo menos a abraçasse e dissesse que tudo está bem.

— Lana? — Gab apareceu na cozinha onde Allana estava em pé tomando a água com uma colher rasa de açúcar para ver se conseguia se acalmar.

— Oi Gab.

— Desculpa por hoje cedo, todo mundo tá estressado de alguma forma e... ver você assim deixa todo mundo pior ainda. — colocou o copo na bancada de mármore o enchendo com a água gelada da garrafa que havia tirado da geladeira.

— Acho que sou eu quem deve desculpas.

— A culpa não é sua, nunca foi e nunca vai ser piá. — Gabrielle sorriu indo até a garota após ingerir o conteúdo do copo de vidro — Vem aqui.

Gab abriu os braços a convidando para um abraço acolhedor e acariciou seus cabelos deixando um beijo carinhoso em sua testa.

— Tá tudo bem, apesar de tudo a gente sempre vai estar aqui pra você. Você tem muita mágoa nesse seu coraçãozinho, e orgulho também. Isso a gente trabalha com o tempo.

o abraço se fez mais forte.

— Sei que é fácil falar pra você fingir que não está magoada como o Max disse hoje, ele foi meio babaca. — as carícias continuavam.

— Eu nem queria estar aqui. — as lágrimas se fizeram nos olhos de Allana que abraçou-a mais forte.

— Ei, estamos aqui pra você, você sabe que sempre vai ter pra onde correr, somos sua família Allana, vamos te amar sempre independe das suas crises e erros. Você vai melhorar, você tem ido ao psicólogo e melhorou muito depois que saiu da casa dos seus pais, você sempre evoluiu só que ainda não percebeu, Você é incrível Allana, só precisa perceber isso. Eu te amo menina.

— Eu também te amo, obrigado por tentar entender. — continuou no abraço.

— Para de ser besta e chorar por causa deles, você não precisa deles, família é quem cuida de você e te ama e que apesar das brigas, sempre vai estar lá por você. Você é a causa dessa família existir, você sabe disso. Eles não merecem suas lágrimas ou sua tristeza.

— Queria que eles fossem diferentes... — suspirou.

— Mas não são e você até hoje conviveu com isso, você é forte. Você sabe que consegue.

O abraço durou mais alguns muitos até Gab resolver colocar a garota para dormir, a levando para o sofá que por um acaso era muito confortável. A casa cobriu e deixou um peteleco em sua testa dando um sorriso para a garota.

No dia seguinte todos estavam tomando café, conversando sobre o almoço com o pai de Allana que a mesma disse que não iria, não se sentia preparada e todos entenderam, Ravi então deu a ideia de irem ao cinema e depois tomarem um sorvete. Seria bom para distrair e fazer a pirralha do grupo lembrar que era especial para todos ali. No final do dia todos decidiriam ir para o apartamento de Gabrielle antes passando na casa de Max para alimentar os gatinhos que vivem junto a si.

— Pirralha! — exclamou Danilo para Allana que estava no quarto procurando as roupas que sempre deixava na casa de Máximus.

— Que é?!

— Te amo! — Danilo riu.

— Ei eu também te amo! — Ravi exclamou.

— Não esquece que eu também te amo Laninha! — Max sorriu.

— Te amo viu menina? Para de loucura que você sabe! — Gab bradou.

— Eu te odeio também Allana! — Yuri por fim disse fazendo todos rirem — Não mas namoral, ela sabe que eu me importo.