Capítulo 2 - Vazio

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Pela manhã Ban Sook rondou pela universidade a procura da garota de sua missão, perto do dormitório feminino avistou-a. Ele caminhou em direção a ela, a fitando. Ela estava encantada, nunca havia visto alguém tão bonito quanto ele, só teve a certeza de que estava interessado nela, quando ele a parou.

- Com licença, você é Yoon Seolhee? – seu tom de voz era aveludada.

- Sim, sou eu. – após a confirmação, o corpo de Ban Sook emanou as chamas verdes. Pessoas que passam ao redor, se sentiram atraídas por ele, admiravam sua beleza, estavam completamente inebriadas pelo poder dele.

Oh Yeon Ah checava se havia pegados todos os livros que precisaria para aula, tentava equilibra-los em uma mão enquanto a outra segurava a bolsa. Yoon Seolhee, sua amiga observava a cena de longe, se perguntando o porquê de Oh Yeon Ah não ter pedido ajuda. Um dos livros escapou da mão da garota e a amiga correu para ajudá-la antes que se irritasse.

- Deixe me ajuda-la, Oh Yeon Ah. – observou o semblante cansado e irritado da garota. – Por que está com essa cara? Aconteceu alguma coisa?

- Eu tive muito trabalho ontem no bar. – reclamou.

- Você não brigou ontem? – conhecia bem o temperamento da amiga.

- Ei, existem tantos caras loucos. – retrucou Oh Yeon Ah. – Acha que esses loucos andam educadamente, fingindo ser normal?

- Acalme-se, Oh Yeon Ah. – pousando a mão sobre o ombro da amiga, continuou. – Por que você está tão brava? – fez movimentos com a mão, como se estivesse expulsando. – Ódio, vá embora! - Oh Yeon Ah a encarou com desdém.

- Deixa para lá. – respondeu.

- Por que você não namora alguém? – Yoon Seolhee dizia entusiasmada. – Você se sentirá estável e o mundo ficará bonito. – explicou sorridente.

- Você está me dizendo para sair com um cara? – perguntou irritada. – Você sabe que meu ex me fez odiar pessoas!

- Você pode esquecer um cara errado com o cara certo. – a aconselhou. – Você precisa superar esse ódio contra as pessoas.

- Desfrute do namoro, você! - Oh Yeon Ah disse em tom de sarcasmo.

- Sim, eu irei! – respondeu com um largo sorriso. – Alguém perguntou meu número.

- Quem é ele?

- Eu não sei. Eu nunca o vi por aqui. – fez uma pausa lembrando de como ele a abordou. – Mas ele é tão bonito. Ele tem uma aura que atrai as pessoas. Quando ele estava na minha frente, pensei que ele estava filmando algum comercial...

- Fiquei curiosa. - Oh Yeon Ah gostaria de saber quem é esse cara tão atraente.

- Espero que você não fique presa ao seu relacionamento passado e encontre alguém. - Yoon Seolhee disse com sinceridade.

- Estou indo à biblioteca, fique aí desfrutando do namoro! - Yoon Seolhee riu observando a amiga ir embora mais uma vez irritada.

"Esperou que você não fique presa ao seu relacionamento passado e encontre alguém". As palavras da amiga ecoaram na cabeça de Oh Yeon Ah, em seguida foi atingida por memorias que ela gostaria de poder esquecer.

Oh Yeon Ah tentava se desvencilha das mãos até o momento desconhecidas que cobriam os seus olhos a impedindo de ver quem havia chegado repentinamente atrás dela. Entre risadas e perguntas para descobrir a pessoa, ele esperou paciente ela se acalmar, aos poucos foi afrouxando às mãos e em um momento de agilidade e rapidez ele a beijou na bochecha.

- Achei que estivesse em aula. – ela deu um largo sorriso quando seus olhos se encontraram.

- Tenho uma prova agora, mas antes preciso do seu beijo para me dar boa sorte. – disse com o rosto bem próximo do dela. Deram um rápido selinho.

Para afastar essas memorias, Oh Yeon Ah lembrou facilmente de como descobriu que estava sendo traída. A raiva percorria todo o seu corpo, caminhava de passos largos e rápidos para fora do campus, quando viu a sua amiga acompanhada de alguém. Os pés da garota deram meia volta, ela iria por outro caminho para não atrapalhar o casal, mas de repete Oh Yeon Ah teve a sensação de já ter o visto antes e em um piscar de olhos ela reconheceu o cara.

- Eu já te vi antes. - a raiva que a pouco havia ido embora, agora voltou com mais intensidade. – Você sabe quando eu te vi? – Oh Yeon Ah fuzilava o garoto a sua frente com o olhar. Ele não tinha expressão alguma, apenas acenou em positivo com a cabeça. – Por causa de caras como você, eu odeio pessoas! – ela vociferou.

Deixando sua bolsa e um livro que carregava caírem, a garota se aproximou e segurou a gola da camisa dele. Com a mão cerrada, concentrou toda sua raiva e acertou um soco na cara do garoto. Ele levantou do banco calmo, a observou e entre abriu a boca para dizer algo.

- Por que você me bateu? – ele perguntou.

- Você acha isso divertido? Acha divertido brincar com as pessoas? – ele a observava calado, enquanto Oh Yeon Ah o desferia palavras. – Você se sente animado e superior quando as pessoas se apaixonam por você? Você provavelmente flerta com as pessoas para se divertir, mas a maioria das pessoas quer um relacionamento sério. – lagrimas começavam a escorrer pelo rosto dela. – Você sabe o quão profundamente elas se machucam, por idiotas como você?

Ban Sook não sabe o por que, mas levantou a mão a altura do rosto da garota na intenção de fazer um carinho, enxugar as lagrimas dela, mas antes que conseguisse chegar perto ela o deu as costas e puxou Yoon Seolhee assustada pelo braço, a soltando quando estavam longe o suficiente dali.

- O que aconteceu? -Yoon Seolhee parecia confusa.

- Ele é um idiota. Eu o vi ontem com outra mulher. – contou para a amiga.

- O que disse? – continuava confusa. – E daí? – Oh Yeon Ah ficou surpresa.

- Ele é um idiota! – falou mais alto.

- Você ficou interessada nele? – Yoon Seolhee parou ao lado da amiga e a encarou.

- Você estava beijando ele. - respondeu incrédula.

- Do que você está falando? – perguntou espantada. – Por que eu beijaria um estranho?

- Mas ... – a boca de Oh Yeon Ah se entre abriu. – Você estava... Eu vi você... – Yoon Seolhee a segurou pela mão.

- Yeon Ah, você precisa descansar. Vamos, eu te levo até em casa.

A Rainha dos Duendes não poderia chamar a atenção dos humanos paro o galpão, eles não deveriam jamais saber da existência do portal, mas isso não a impediria de usar seu poder para limpar o local e trocar as velas por lâmpadas, afinal está no século em que existe eletricidade. Seu poder é poderoso o suficiente para manter o lugar limpo e afastar humanos enxeridos dali. Ela sentiu Ban Sook se aproximando, pouco tempo depois a porta rangeu quando foi aberta por ele. Isso a fez lembrar de concertar a porta e acabar com esse barulho irritante.

- Rainha dos Duendes, me sinto estranho. – Ban Sook confessou.

- Como você está se sentindo? – uma faísca vermelha saiu de seu dedo e foi em direção a porta. A Rainha esfregou uma mão a outra limpando-as após resolveu o problema da porta.

- Eu queria enxugar as lágrimas dela.... Queria dar umas tapinhas nas costas dela. – tentou explicar o que sentiu.

- A segunda emoção é compaixão. É um sentimento que faz você querer confortar alguém. 

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⏰ Última atualização: Jan 17, 2021 ⏰

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O beijo do Duende / Kiss GoblinOnde histórias criam vida. Descubra agora