Capítulo 3

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Amores, segue a atualização.

E segue o  baile...


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ANDREAS

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ANDREAS

Estou conversando com Minerva, meu braço direito nas empresas, quando meu telefone toca pela terceira vez, encaro a tela e vejo o nome do encarregado pelas importações da empresa, Dimitri. Decido que essa é uma ligação digna do meu tempo e a atendo, as notícias do outro lado me deixam de mal humor imediatamente, desde que meu pais morreram as empresas tinham se tornado o foco de toda minha atenção, minha paixão e, em alguma medida, um fardo. Escuto enquanto Dimitri conta que o fornecedor não tem o material necessário e que apenas uma parte seria enviada para Rússia, considero inadmissível e peço para falar com a pessoa responsável pelo processamento da entrega, digo que o preço não importa, a variação faria pouca diferença no resultado final, eu queria transformar a empresa, deixar de lado as práticas ambientais nocivas e focar em construir um legado diferente do deixado pelo meu pai. Convencer o conselho a embarcar na ideia, mesmo sendo sócio majoritário, levou tempo e muito jogo de cintura, eu não queria causar qualquer abalo nas relações que construí com aqueles homens, penso em Sergei me dizendo que nos negócios é muito fácil ofender um aliado ao ponto de fazer com que ele se torne um inimigo, por isso, não se menospreza poder.

É assim que acabo me afastando da festa de aniversário do meu irmão mais velho, enquanto caminho pela minha casa falando ao telefone e deixando claro que preciso daquele material. Termino a ligação bruscamente, lembrando a Dimitri que se eu tiver que fazer o trabalho dele, isso significa que não preciso dele de fato. Essa é uma lição que aprendi com meu pai, ele pode não ter sido um pai presente enquanto eu estava crescendo, mas se tornou um mentor rigoroso e implacável quando decidiu que eu deveria herdar tudo, controlar as empresas.

Estou tentando não me deixar tomar pela irritação e voltar para o meu quarto quando percebo onde estou e, além disso, que não estou sozinho. Parada na minha frente com um vestido preto que faz com que ela pareça uma visão, está Izolda. Ela mudou tanto e tão depressa nos anos em que passei fora, ela era uma adolescente magrinha com cabelos sempre presos em rabo de cavalo e que vivia me pedindo para ler histórias para ela, eu sempre dizia sim, em parte porque gostava dos seus pais e os tinha em alta conta, mas também porque sentia que ela precisava de um amigo, quase todos eram sempre tão hostis com ela, no internato, eu sabia disso, na breve interseção em que frequentamos o Instituo ao mesmo tempo, ela estava sempre isolada num canto, com vergonha. Eu me sentia mal por considerar como amigos pessoas que a insultavam e decidi que tentaria ser amigo dela.

O QUE EU NÃO POSSO TEROnde histórias criam vida. Descubra agora