My Love Is My Teacher

14- Isabela

Amanda está tudo bem? - pergunta a Ana Paula - Eu vi você discutindo com o Juliano aquele dia.

E eu conto toda a história para ela.

- Então você e o professor? Aaa meu deus eu nunca poderia acreditar. - Ela Diz.

- Ei será que você poderia falar mais baixo? Já chega o Juliano saber não preciso de mais a Universidade inteira também sabendo.

- Tabom, mas realmente isso é complicado, deixa que eu vou falar com o Juliano e tentar descobrir se ele vai contar de vocês. - Ela fala.

- Obrigada Ana - Eu digo e a abraço.

Quando eu chego em casa eu começo a pensar em tudo, e quer saber? Eu não vou ficar depressiva por conta do Juliano, ele que vai se ferrar, ninguém manda ser escroto e também se ele contar pra diretoria do campus o meu caso com o professor Anderson será a palavra dele contra a nossa, pelo menos eu não vi ele tirando fotos e nem nada do tipo.

No outro dia eu vou logo cedo para a faculdade pra fazer um trabalho, que consequentemente é da matéria do professor Anderson. Começo a escrever e quando eu percebo a manhã passou em dois toques.

A tarde eu volto para a biblioteca para finalizar o trabalho, quando finamente termino penso em guardar na mochila para entregar a noite mas me vem uma idéia melhor, resolvo ir até a sala do professor para entregar e assim podemos conversar um pouco sobre os acontecimentos anteriores.

Chego próximo a porta e percebo que ela está entreaberta e que há uma pessoa ali com ele, deve ser algum aluno, mas quando eu já ia me retirando ouço o professor falar:

- Isabela por favor, eu só pesso que vá embora.

- Eu sei que você ainda tem saldades de mim, sei que você nunca imaginou sua vida sem mim, você não percebe que fomos feitos um para o outro? Aqueles caras não tinham a menor importância, porque é você, você sabe que sempre foi você...

Chega, não quero mais ouvir isso, é demais para mim, eu só preciso ficar sozinha para poder chorar, para variar.

Me sento na grama atrás do campus e fico lá por não sei quanto tempo, até que ouço uma voz.

- Pelo jeito o professorzinho já te deu um pé na bunda é?

Quando me viro vejo o Juliano parado ali na minha frente.

- Me deixa você também, já não basta tudo que me fez e ainda vem tirar sarro da minha cara agora?

Ele começa a rir.

- Amanda, você sabe que eu gosto de você e eu não falei aquilo por mal, sim foi machista da minha parte mas...

- Machista? Sério isso? A Juliano, você me chamou de mulherzinha baixa aquele dia e agora quer vim se desculpar é?

- Cara você queria o que? Eu peguei a menina que eu gosto quase trepando com um professor ali na minha frente e ficasse quieto?

Não sei o que falar, eu realmente não tinha me colocado no lugar dele.

- Amanda, eu não vim te ofender e nem nada agora, nem vou pedir o que aconteceu que você tá aí chorando, eu deveria mesmo era entregar aquele cretino desgraçado.

- Não estrague a vida dele por conta disso, é só o que lhe peço, se ele tem alguma culpa eu também tenho.

- Eu não vou entregar ele por você, e também porque isso realmente não é da minha conta, mas pensa muito bem antes de se apaixonar por ele tá, pensa se esse amor dele por você é realmente sincero ou se você é apenas uma aluna com quem ele trepa para tantar curar a dor de cotovelo. - E dizendo isso ele sai e me deixa ali sem saber o que pensar.

...

Chega o horário da aula dele, eu realmente não queria entrar, mas terei por conta dessa porcaria de trabalho.

Conto tudo pra Ana Paula, tudo da conversa da prima dela com o professor e também da minha conversa com o Juliano.

- Olha Amanda eu realmente não sei o que dizer, a gente olhando o Anderson assim não vê maldade, mas ninguém sabe o que se passa na cabeça dele né? E quanto a Isabela eu ainda acho que ele não seria trouxa o suficiente pra perdoar ela.

Não sei nem o que pensar sobre isso, será que ele voltaria com ela?

Quando a aula termina o professor me puxa pelo braço.

- O Juliano me disse que não vai falar nada. - foi só o que eu disse e já ia saindo.

- Ei o que houve com você? - Ele me pergunta.

- Nada que seja da sua conta.

- Como assim Amanda? O que eu fiz?

- Você ainda ama ela não é? - eu pergunto.

- Ela quem?

- Hoje eu ia te entregar o trabalho a tarde e sem querer acabei ouvindo um pouco da conversa com a Isabela. - Dou mais enfoque para a última palavra.

- Você não acha que eu aceitaria ela depois de tudo que ela me fez não é? Você realmente tem essa visão de mim? - Ele me pergunta.

- Eu não sei dizer mais o que esperar de ninguém, no fundo todas as pessoas são más e será pior pra mim tentar compreendê- las.

Ele vem para o meu lado querendo me abraçar mas eu saio de perto dele.

- Eu preciso de um tempo pra mim mesma, pra poder pensar em tudo isso que está acontecendo e tentar compreender tudo melhor.

- Claro, se é isso que você quer é isso que você terá, mas só quero que saiba que eu não amo a Isabela, hoje não aconteceu nada entre a gente sabe por quê? Porque é você que eu amo e não ela, mas eu vou te dar esse tempo para você pensar em tudo, sei que é tudo novo pra você, mas saiba que se precisar de qualquer coisa eu estarei aqui.

E falando isso ele entra na sala de aula e eu vou pegar o ônibus que por pouco não perdi para voltar pra casa e pensar em tudo isso.