21- Não pode ser verdade

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Nunca imaginei que iria passar por uma situação como essa, e covarde como sou nem tentando enfrentar essa situação eu estou. Quando chega o dia da aula do professor Anderson eu nunca chego sozinha, evito sentar na frente e saio da sala o mais de pressa possível, na verdade eu nem sei porque eu estou fazendo isso, só sei que no momento isso foi o que me pareceu mais certo a se fazer, e sinto que ainda não estou em condições de falar cara a cara com ele, por mais que a gente nunca tenha tido nenhum compromisso, ainda assim o que a gente tinha era muito forte. Pelo menos pra mim era.

...

-Vamos jantar fora essa noite. - diz o Caio - isso não é uma pergunta.

- Não sei se eu to muito disposta hoje.

- Olha Amanda eu não sei o que está acontecendo, mas você não era assim. Sempre tão pra cima e tão alegre, nunca foi de reclamar e achar desculpas pra tudo. Então trate de vestir um vestido e por um pouco de maquiagem, porque pela sua aparência faz pelo menos uma semana que você não dorme, eu passo te pegar as oito porque quero que você conheça um amigo meu. - Dizendo isso vai em direção da porta.

- Está bem eu vou, mas poderia me dizer amigo de onde que eu não conheço?

- A gente era amigos no ensino médio e depois nunca mais tínhamos nos visto, parece que nos últimos tempos ele passou um tempo fora. - Disse dando de ombros. - enfim, é bom rever velhas amizades.

- Fico feliz que tenham se reencontrado. - digo.

- Eu também - ele diz enquanto vem em minha direção e me beija.
Ele me empurra na parede e começa a beijar meu pescoço.

- Caio, agora não.

- Você sabe quanto tempo faz que a gente não transa? O que está acontecendo? - e me beija novamente.

Fazem dois meses, só não quiz dizer isso em voz alta, ou seja, desde a chegada do professor Anderson.

Ele me empurra no sofá enquanto ergue minha saia e tira minha calcinha. Eu não digo nada porque não quero discutir agora, então observo quando ele abre a calça e me penetra começando a fazer movimentos rápidos. Então ele chega ao orgasmo e vejo que sai de dentro de mim e fecha a calça.
- Esteja pronta as oito em ponto. - E dizendo isso ele sai e fecha a porta.

...

Tomo um banho, já que o Caio falou para por um vestido então é melhor eu fazê-lo, coloco um vestido cor de creme mas me parece muito apagado. Não sou uma pessoa de usar vestidos então não tenho muitas opções mas dou uma olhada em um vermelho rodadinho e com um decote, não muito chamativo mas pra mim já é quase demais. Acho que é demais apenas para um jantar, mas se é guerra que o Caio quer é guerra que ele vai ter. Coloco uma sandália de salto preta e passo bastante maquiagem o que pra mim é quase impossível de acontecer, olho para o batom vermelho. Porque não? Combina com o vestido mesmo. Prontinho, espera joias, aí meu deus é isso que dá ser tão desleixada porque nem joias eu tenho. Coloco os brincos e o anel que o Caio me deu de aniversário mas bem que um colarzinho iria bem.
Olho dentro do meu porta joias e vejo a correntinha com o pinjente de letra A que ganhei do...
Nem quero lembrar de quem ganhei, é meu e ponto. Essa pessoa eu só vou ter que ver semana que vem mesmo.
Hoje quem vai me pagar é o Caio, cadê a reclamona e desleixada agora?
Ouço a campainha tocar e vou abrir a porta.

Quando abro vejo que é o Caio, ele me olha espantado e parece sem saber o que dizer.

- Você está muito linda - diz depois de alguns segundos.

- Muito obrigada. - digo.

- Será que essa respeitosa dama gostaria da minha companhia? - Como se eu tivesse outra escolha.
Apenas dou o braço e seguimos em direção ao carro.

Vamos conversando no trajeto como fazia muitos dias que não conversávamos, ele coloca a mão em minha coxa e eu sinto uma onda de calor. Com isso lembrei que ele me negou um orgasmo mais cedo, pois agora vou querê-lo.

Tiro minha calcinha sem que ele veja.

-Pare o carro. -falo.

- Mas porque? - Ele fica assustado.

- Bom então é você que sabe- digo dando de ombros.
Ele me olha sem entender e quando encosta o carro eu sento em seu colo e abro sua calça. Sorte que está escuro e o carro tem vidro fumê.

- Você está louca? - ele me pergunta.

Eu não digo nada, apenas sento de forma que ele me penetre e começo a me movimentar o máximo que eu posso, sentando de modo que ele esteje totalmente dentro de mim. Passado algum tempo ouvindo apenas nossas respirações eu enfim explodo, a como eu queria isso, ele ainda precisava de mais umas duas ou três estocadas para chegar ao orgasmo, então eu saio de cima dele, volto para o meu banco e visto minha calcinha novamente.

- O que você fez Amanda?- diz ele enquanto fecha a calça.

- Apenas me cobrei- Digo dando de ombros. - mas acho melhor a gente ir indo, pode ser que seu amigo não goste de ficar esperando demais.

Ele não diz nada, apenas me olha como se eu fosse louca e começa a dirigir.

Quando chegamos ao restaurante vejo que é o mesmo que o Caio me trazia quando estávamos no começo do nosso namoro.

- Veja se se comporta essa noite. - Caio susurra em meu ouvido.

- Eu sempre me comporto -digo dando um sorrisinho para ele.

Ele pega minha mão.

- Ali está ele. - diz apontando para uma mesa com um homem que está de costas bebendo vinho, ainda não percebeu nossa chegada, então nós vamos até a mesa.

Caio dá uma batidinha nas costas dele.

- Cansado de esperar Anderson?

Precisa ter logo esse nome?

Quando ele se vira eu quase caio dura ali mesmo, o tal amigo do Caio é o professor Anderson.

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⏰ Última atualização: Jun 14, 2021 ⏰

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