Reverse Falls: I

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Nevava naquela tarde de sábado, a caminho de uma cidade, no estado de Oregon, chamada de Reverse Falls, no meio da estrada, um sedan andava como o máximo, de cuidado afinal aquela época do ano, era muito fácil sofrer um acidente, Pacifica Southwest, era uma menina meiga e calma, possuía muito um raciocínio lógico, não acreditava em magia ou no sobrenatural, após a morte do seu pai em um assalto, na sua antiga cidade, ela observa pelo vidro, o cenário deprimente da região, ela ficava com a cara fechada, teve que abandonar seus amigos, suas paixões e seus sonhos, para ajudar sua mãe Priscilla, que estava entrando em depressão, pela morte do marido, na nova cidade havia um tio da garota, chamado Bud Pines, ele cuidava de restaurante chamado, Lanches do Mistério.

– Pacifica, vai ser tudo diferente, seu tio Bud já reservou a sua matrícula na nova escola, seu primo Gideon estuda lá. – Priscilla tenta quebrar o silêncio, mas recebe só um olhar de desdém. – eu, sei que você sacrificou muita coisa filha, seus amigos e seu sonho de ser pintora, mas vai ser só por pouco tempo sabe.
– Mãe, eu sei que você tá tentando, mas eu ainda preciso do meu espaço, até eu terminar de absorver essa ideia, nessa cidade, não era o que desejava, mas nós duas vamos ajudar uma a outra, a seguir em frente não importa, que obstáculos encontrarmos.  Mas até lá respeite o meu espaço mãe.
– Claro filha, como quiser, não vamos demorar muito, até chegar na cidade.

Priscilla, assim que chega na cidade, vai direto para a lanchonete, ao chegar no local, Pacifica nota que o lugar era uma espelunca, por  fora havia vários monstros falsos, e a fachada estava caindo ao pedaços, mas não tinha escolha a não ser entrar, ao sair do carro o vento frio, bate em seu rosto a fazendo arrepiar, ela corre para adentra o lugar, percebe que o lado de dentro era mais bonito, as mesas redondas, com um mini-monstro no centro era muito cafona, o chão de madeira parecia que estava podre, o balcão de atendimento, era vermelho e com a logo mau feita, havia uma garota ruiva lendo, ela estava tão entretida no livro que não percebeu Pacifica, e do nada uma pequena explosão surge, e Bud aparece, ele usava terno preto, e um chapéu vermelho, e se apoiava em uma bengala, ele sorri para ela.

– Vejam só, Pacifica Southwest! – diz ele.
– E você deve ser meu tio.
– Sim, sou eu mesmo, o famoso Senhor Mistério. – por algum motivo ele se orgulhava, dessa título que valia apenas para aquele lugar.
– Então tá,  Senhor Mistério. – ela não sabia muito como agir.
– Bem onde está minha irmã? – Priscilla entra como tivessem ensaiado para isso.
– Bud a quanto tempo! – os dois se abraçam.
– Vocês devem estar com fome. WENDY prepare uma mesa, e avise a Susan preparar o prato do dia.
– Com todo o prazer chefia. – Wendy obedece, mas com vontade nenhuma.
– Pacifica vai lá ver o Gideon, ele está nos fundos.

Pacifica obedeceu, pois sabia que não era o momento de está ali, assim que chega nos fundos, vê uma porta meio encostada, com sons de TV, ele bate na porta e entra, ao ver o quarto todo fechado, e bagunçado e Gideon desenhando, totalmente no seu mundo.

– Olá. – o menino se assusta e ao se virar, seus olhos brilham ao ver Pacifica.
– O...Olá,  sou o Gideon.
– Eu sou a Pacifica Southwest.
– Pacifica! Droga, se meu pai tivesse avisado teria arrumado meu quarto.
– Não tá de boa, eu sou pior nesse quesito pode confiar.
– Bem o que achou da cidade até agora?
– Tem muita neve, mas parece ser muito interessante.
– Sabe, amanhã não terá muita neve, eu posso te mostrar a cidade.
– Bem eu tenho que arrumar minhas coisas sabe.
– É verdade, fui meio sem noção. – ele fica meio constrangido.
– Quer saber, eu topo afinal eu tenho que começar com o pé direto, nesse lugar!
– Isso é ótimo! Vamos nos encontrar na sua casa, eu te  mostrarei tudo!

Após uma longa conversa, parecia que os dois eram melhores amigos, mas Priscilla chama a filha para ir embora, ao chegarem na casa nova, era bastante aconchegante, os móveis já estavam no seu devido lugar, mas claro Priscilla iria dar seu toque, Pacifica arruma suas roupas e sua cama, e inicia sua decoração, ela coloca vários quadros hippies, e troca de roupa, colocando roupas coloridas, ela faria o máximo possível para se adaptar. Após jantarem a menina sobe para seu quarto, e adormeceu em poucos instantes, o Sol da manhã seguinte era agradável, Pacifica levanta e escova os dentes, e em seguida coloca uma jaqueta colorida, com uma alpaca, como estampa nas costas, ela desce as escadas, e toma café tão rápido que sua mãe fica surpresa.

– Aonde vai com tanta pressa?
– Gideon e eu, vamos passear pela cidade hoje.
– Isso é ótimo filha! – a campainha toca, e Pacifica corre para atender, Gideon estava com vergonha ao notar a garota.
– Olá Pacifica!
– Oi Gideon! MÃE ESTAMOS INDO! – ela segura a mão do menino e parte para conhecer a cidade.

Gideon mostra cada canto da pequena cidade, até chegarem perto da floresta, onde o menino reluta ao mostrar.

– Vamos Gideon! Não vamos nos aprofundar!
– Pacifica espera! – mas foi inútil a menina já havia entrado.

Gideon acompanha, mas atento para algum sinal de perigo.

– Viu não é nada de errado aqui.
– Não é isso, mas ninguém entra aqui, Pacifica.
– A para com isso, e só uma flo... – a menina cai, em um relevo, ela segura em um galho para não cair mais.
– PACIFICA! VOCÊ ESTÁ BEM! – Gideon se aproxima com cuidado, do íngreme.
– Estou sim não se preocupe. – a menina escuta um click, vindo do galho, ele desce um pouco, revelando na verdade ser uma alavanca, o mecanismo, faz uma pedra se mover, logo a baixo. – Gideon vamos ver o que é! – ela desce com mais suavidade.
– Isso deve ser algo perigoso Pacifica! Não deveríamos mexer nisso! – o aviso não funciona, então ele só segue a menina.

Ao se aproximarem, veem uma caixa de madeira, Pacifica pega o objeto, e abre revelando um livro vermelho, com uma mão de seis dedos dourada, e o número três nele, ela abre e vê várias anotações, de criaturas e monstros nele.

– O que isso significa? – se pergunta a garota.
– Algo sério, e por isso devemos deixar aí!
– Espera tem um gravador também. – ela pega, o que estava dentro da caixa e aperta o play.

" Bem não sei por onde eu começo, e não tenho tempo, mas para quem achar esse livro, destrua ele, não podemos deixar ele retornar, perdi tudo, mas pude consertar, não confie em ninguem"

Após escutarem, os dois correm para casa com o livro e o gravador, Gideon pegar um isqueiro da lanchonete, e taca fogo, mas o livro não queimou, Pacifica  tenta arranca as páginas, mas não saiam.

– O que vamos fazer com isso? – se pergunta Gideon.
– Só temos uma escolha, não podemos destruir, então devemos proteger o livro, e descobrir o que aconteceu com o dono dele. Parece que Reverse Falls, é mais interessante do que imaginei.

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