Ruggero
Ruggero se perguntava o por que das pessoas sempre se meterem em sua vida amorosa, mas especificamente seu amigo Augustín.
- Então você marcou um encontro pra mim e só me avisa agora? -Ruggero indagou com testa franzida.
- Já pode me agradecer. -Augustín disse sorrindo, ele só podia estar de brincadeira.
- Eu não vou. -Ele disse por fim, voltando a atenção aos papéis em sua mesa.
- Por que não? -Augustín indagou.
- Porque eu não preciso que você arranje um encontro pra mim. -Ele disse entregando a Augustín o papel que havia acabado de assinar.
- É claro que precisa, você não sai com uma garota há cinco meses. -Augustín disse como se fosse a pior coisa do mundo.
- Estou muito ocupado pra entrar em um relacionamento agora. -Ruggero disse dando de ombros, não estava preocupado com isso.
- Eu não vou desistir tão fácil. -Augustín se levantou e saiu da sala, Ruggero se recostou em sua cadeira.
- Ótimo agora posso trabalhar em p... -Ouviu o toque de seu celular e suspirou o pegando, ele sorriu ao ver o nome de Karol piscando na tela.
- Por que você não aceitou ir ao encontro que o Augustín marcou? -Karol disparou a pergunta, Ruggero se surpreendeu, Augustín mal tinha saído da sua sala e já havia falado com Karol.
- Oi pra você também Karol. -Ruggero disse ignorando completamente a pergunta dela.
- Oi Ruggero, agora responda. -Ele girou sua cadeira de modo que ficasse de frente para a vista de sua sala.
- Primeiro, esse não é o jeito certo de tratar um amigo, e segundo, eu não preciso dar uma justificativa para a minha resposta. -Ruggero ouviu Karol bufar e riu.
- Você podia repensar sobre isso, talvez você goste da garota. - Ele podia ouvir o som de coisas sendo movidas.
- O que você está fazendo? -Ruggero indagou tentando desconversar.
- Estou tirando as coisas que Will me deu do meu apartamento. -Ela respondeu. - O que você acha, eu coloco tudo no lixo ou eu queimo?
- As duas são ótimas opções mas é melhor jogar no lixo, é melhor reciclar.
- Tem razão. -ela disse. - Mas voltando ao assunto do seu encontro, eu acho que você deveria ir.
- Eu vou pensar está bem. -Ele suspirou, realmente não estava afim de ir ao tal encontro, mas sabia que seus amigos não iam desistir tão fácil.
- Ok mas pensa bem, tenho que desligar agora, te vejo na hora do almoço com o pessoal.
- Tá tchau. -Ele desligou o celular e virou sua cadeira, deixou o celular em cima da mesa e voltou a se concentrar em seu trabalho.
[...]
Ele e Augustín entraram no restaurante, Ruggero procurou seus amigos com o olhar, Valentina faz um sinal indicando onde ela e Karol estavam, eles seguiram até lá e se juntaram a elas.
- É tão bom estarmos reunidos assim sem nenhum problema. -Augustín disse sorrindo. - Gosto disso.
Todos concordaram com um gesto com a cabeça.
Ruggero pegou o cardápio que estava em cima da mesa e leu as opções de pratos, de soslaio notou que Karol o olhava com os olhos semicerrados, abaixou o cardápio e a encarou.
- Por que tá me olhando assim? -Indagou mesmo sabendo exatamente o que ela responderia.
- Porque você não vai aceitar ir ao encontro. -Ela deixou o cardápio em cima da mesa e cruzou os braços.
- Que encontro? -Valentina indagou desviando o olhar do cardápio que ela lia.
- O encontro que eu marquei pra ele. -Augustín deixou o cardápio em cima da mesa. - Vamos lá Ruggero é só um encontro, você não vai morrer se você for.
- Será possível que vocês podem por favor esquecer isso. -Ele pediu mesmo sabendo que os amigos iriam continuar.
- Hoje quando eu liguei você me disse que iria pensar, eu não tinha me tocado na hora mas ai me lembrei que quando você diz isso é só outra maneira de dizer não. -Karol o encarou e ele suspirou fechando o cardápio.
- Eu já disse que não quero ir, e eu tenho meus motivos, mas não quero falar sobre isso aqui. -Um silêncio constrangedor se instalou, Ruggero então se levantou e pegou seu paletó. - Tenho que ir, espero que tenham um bom almoço. -Ruggero colocou seu paletó. - Está dispensado por hoje Agus.
Ele saiu do restaurante e entrou em seu carro.
[...]
O som da melodia que um músico tocava o fazia se sentir mais calmo, suspirou e inspirou, o ar parecia vir com dificuldade.
Ele odiava ser pressionado e seus amigos sabiam disso, então porque simplesmente não esqueciam desse encontro e o deixavam em paz?
Observou as crianças brincando na praça, tudo parecia mais simples pra elas e talvez realmente fosse.
- Posso me sentar aqui? -Ele olhou para o outro lado e encarou o rosto culpado de Karol. Deu de ombros e voltou a olhar para as crianças.
- Desculpa. -Ele se virou. - Eu não devia ter forcado a barra, eu só... -Karol parou por um instante e suspirou. - Eu não queria que você ficasse como eu sabe. Eu tenho um certo azar no amor e apenas queria que você encontra-se alguém, acho que fazendo isso eu me sentia um pouco melhor.
- Karol, eu não quero alguém agora. Eu tô muito centrado na empresa, ela é minha prioridade agora. -Karol assentiu e se encostou no banco. - E você não tem azar no amor, apenas não encontrou a pessoa certa.
- Então você me perdoa? -Ela indagou.
- É claro que sim. -Ruggero sorriu, e Karol se lançou em seus braços e o abraçou, ele sentiu o coração pulsar de uma maneira diferente, estranhou o fato embora isso já estivesse acontecendo a dias ele, ignorou como sempre fazia quando isso acontecia.
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Two in a millions
RandomE lá estava ela ,linda como sempre ,um coque bem feito ,os lábios pintados de vermelho e o olhos verdes que completavam tudo. Céus! Como ele era apaixonado por aquela mulher. "Temos algo especial em outro nível. Como se fosse só eu e você e o quart...