Blue - Chaennie

sete

"Está pronta, Jenn?" Chaeyoung bateu suavemente na porta do quarto. Jennie ajeitou o gorro em sua cabeça e caminhou até a porta, abrindo-a vagarosamente e sorrindo quando viu a menina mais alta do outro lado.

"Pronta," Jennie assentiu uma vez. "A Rosé vai estar aqui quando a gente voltar?"

"Ela volta da aula em uma hora," Chaeyoung abriu mais a porta e fez menção para Jennie segui-la. Jennie tinha sua terapia semanal naquele dia.

"Eu não gosto de ir lá," Jennie confessou, enquanto seguia Chaeyoung para fora até o carro. A garota levantou uma sobrancelha, se certificando de que Jennie havia colocado seu cinto antes de sair para a rua.

"Por que não?" Chaeyoung perguntou. Jennie suspirou e balançou a cabeça.

"Eu não conheço ela," Jennie puxou suas pernas de encontro ao seu peito e encarou a janela. "Ela não me conhece. Estranhos não são amigos."

"Eu entendo o que você quer dizer," Chaeyoung disse, honestamente. "Mas ela é uma médica, você tem que pelo menos tentar deixá-la te ajudar."

"Por que eu preciso de ajuda?" Jennie levantou a cabeça e olhou para a garota mais nova. Ela não entendia por que precisava ir.

"Eu não tenho certeza," Chaeyoung batucou no volante com os dedos. "Tem apenas algumas coisas que você tem que trabalhar, só isso. Todo mundo precisa trabalhar em algumas coisas. Você só precisa de uma ajudinha extra."

"Mas nem todo mundo tem que conversar com uma estranha," Jennie suspirou. Isso a fazia sentir diferente. A fazia sentir estúpida. Por que ela era a única pessoa que precisava de ajuda?

"Isso é mentira," Chaeyoung encolheu os ombros. "Eu tenho que ir depois das aulas e pedir ajuda para meus professores às vezes. É praticamente a mesma coisa. A única diferença é que eu preciso de ajuda para dançar com saltos e você com emoções. Não há nada do que se envergonhar."

Jennie assentiu vagarosamente. O que Chaeyoung dizia começava a fazer sentido. "Eu não tenho certeza," Chaeyoung batucou no volante com os dedos. "Tem apenas algumas coisas que você tem que trabalhar, só isso. Todo mundo que trabalhar em algumas coisas. Você só precisa de uma ajudinha extra."

Assim que elas chegaram no consultório, Jennie foi guiada até a pequena sala. Ela sentou na mesma cadeira vermelha que ela havia sentado múltiplas vezes antes. Haviam algumas cadeiras diferentes na sala, mas ela escolheu a vermelha porque era a que ficava mais longe da mesa da psiquiatra.

"Como as coisas têm estado em casa, Jennie?" a mulher de cabelo escuro desviou o olhar de sua mesa. Jennie abaixou a cabeça e começou a mexer com as suas mãos nervosamente.

"Bem," ela deu de ombros e ajeitou o gorro em sua cabeça. Rosé havia dado o gorro para ela, lembrou-se. Era o seu gorro da sorte. Enquanto Jennie vestisse-o, poderia fazer qualquer coisa.

"O que você tem feito desde que nos vimos pela última vez?" a mulher batucou seu lápis contra a mesa. O barulho apenas fez com que a ansiedade de Jennie crescesse.

"Eu fui à aula com a Rosie," Jennie se lembrou, sentindo um sorriso se formar em seu rosto.

"Você não quis dizer Rosé?" a mulher perguntou. Jennie assentiu.

"Foi o que eu disse," a menina menor começou a ficar nervosa. "O nome dela é Rosie. Só eu posso chamá-la assim. Ela é minha Rosie."

"Oh," a terapeuta anotou algo. Jennie não gostava de suas expressões faciais, elas as preocupavam.

"Eu fiz um amiga também," Jennie deixou escapar. Ela sabia que a mulher escrevia algo sempre que ela tinha dito algo errado. "Duas amigas."

"Você fez?" a mulher olhou para cima. "Conte-me sobre elas."