HOLLOW KNIGHT:O diário de um aventureiro

Dia 1 - Um novo reino e uma história esquecida

— Ou... às voz... Sig... luzes e foq... n... e... l...

Sinto uma dor de cabeça cada vez que chego perto daquela cidade pacata, ouço vozes me dizendo para ir a algum local, pernas bambas e muito cansaço, acho que eu não como algo faz dias, porém preciso focar no meu objetivo que me traz um fardo a cada dia que passa.

Quando chego na cidade, vejo um senhor de idade do lado de um poste e um banco vazio, decidi sentar-me ao seu lado e tentar puxar uma conversa com ele. Quando eu o pergunto do porque ele estar lá sozinho, sinto a dor de cabeça voltando, mas decidi ignorar, o senhor me fala de como antigamente a cidade era cheia de pessoas andando por todos os lados, lojas abertas e aventureiros em busca da procura de um reino perdido.

— Um reino perdido? — pergunto para ele com uma sensação de curiosidade.

Sim, um reino grandioso que foi perdido ao longo do tempo, presente no subterrâneo nessa cidade. Se é de curiosidade seu saber, vá naquele poço e comece sua aventura.

— Muito obrigado, irei me direcionar para lá agora mesmo — Digo com confiança correndo para entrar no desconhecido.

— Mas tome cuidado, há seres que não serão amigáveis se te verem lá.

Chego perto do local em que o ancião me falou, sinto cada vez mais uma sensação de tremedeira no meu corpo junto com a minha dor de cabeça aumentando, vozes por todos os lados e falta de ar. Sinto que o meu corpo está me avisando algo, como se eu iria morrer se fosse entrar lá, mas tento manter minha sanidade e foco.

— Finalmente cheguei nele, demorou mas consegui chegar — Falo para mim mesmo. No momento que me apoio na beirada dele, os tijolos não se aguentam por conta do desgaste de sua idade e fazem eu cair no precipício que parecia infinito, penso comigo mesmo — Será que valeu a pena ter aceitado isso, ou apenas me levei à minha morte? Bem... se foi isso que a vida me levou, terei de aceitar e continuar em frente.

BAM!!!

Quando chego no fundo, bato minha cabeça com muita força, porém de alguma maneira consegui sobreviver. Percebo que está muito escuro o local, então decidi procurar alguma fonte de iluminação enquanto carrego minha espada para me defender de qualquer ser que venha me ameaçar. Não sei o que irei encontrar na minha frente, mas sinto que estou próximo de descobrir o porquê que cheguei a esse ponto.

Enquanto eu vou explorando mais e mais fundo, me encontrei com vários tipos de seres, desde de besouros a mosquitos, me perguntava se eles eram habitantes ou seres das sombras, mas não era hora de pensar sobre isso, o objetivo era ver se há alguma pessoa por aqui para que possa me falar em qual parte deste reino estou.

Depois de um tempo, vejo uma pessoa que está fazendo algo com um monte de papéis espalhados — Seria um geógrafo ou um outro aventureiro? — Antes que eu pudesse terminar de pensar, eu me aproximo dele para tentar trocar uma ideia.

— Oh, um novo aventureiro decidiu explorar essas terras desconhecidas! Meu nome é Conifer, prazer conhecê-lo.

— Conifer... Talvez ele possa ser de grande ajuda — Penso para mim mesmo, tentando adquirir confiança suficiente para continuar a falar com ele.

— Bem, o que o senhor está fazendo aqui em baixo? Procurando algo?

— Obrigado pela pergunta pequenino — Ele fala para mim com brilho nos olhos — Estou fazendo um estudo de reconhecimento sobre essas terras extensas e desconhecidas, sabe, para expandir o meu estudo.

— Entendo, então já estou indo... Não quero atrapalhar seu trabalho — Digo isso enquanto vou me distanciando.

— Espere um pouco!!! — Quando ele fala isso, me assusto e foco totalmente no que ele tem a dizer — Não vá explorar esse terreno sem um mapa, tome isso — Ele puxa um mapa de sua mochila e me entrega.

— Muito obrigado senhor, irei usá-lo muito bem — Falei antes de me retirar do local.

— Tem uma surpresinha aí para você e, caso volte para a superfície, visite a loja que eu e minha esposa temos.

— Ok, irei visitar lá depois — Enquanto eu me despedia pensava para mim mesmo — Uma surpresa? O que poderia ser?

Quando verifico o que era, é um caderninho velho com poucas folhas em uso, parecendo que foi comprado por engano — Bem, acho que pode servir para algo, como um diário para saber por onde eu passei e para me ajudar a não me perder durante o caminho — Adiciono isso enquanto vou rumo ao início da minha aventura.

Fim do 1º dia