Agradeci, e me virei devagar, até encontrar seu rosto. Houve uma tensão no ar, ficamos em silêncio por alguns segundos até uma de nós resolver dizer algo.- Você...Precisa que eu te ajude em mais alguma coisa? - Ela disse sem desviar o olhar, me observando por cima. Seus olhos eram fascinantes...Neguei com a cabeça, saindo daquele transe e me afastando um pouco.
- Tudo bem, você já me ajudou bastante. - Dei um sorriso bobo pra ela - Ah, aqui está a chave, antes que eu esqueça.
Yelena me olhou surpresa, mas deu um sorrisinho lateral antes de pegar as chaves e andar até a porta. Mas antes de sair, me fez uma pergunta:
- É verdade o que você disse ontem? - Disse ainda de costas.
- Hm? - Questionei, confusa.
- Sobre você me amar e querer transar comigo. - Lançou, me direcionando um olhar sério e severo.
Engoli seco. Eu não sabia o que dizer, por quê ela se importaria com aquilo? Minhas mãos começaram a tremer, meu corpo inteiro tremia, o que eu poderia dizer pra ela?
Olhei para baixo, envergonhada. Eu sabia que não devia ter bebido tanto, mas não havia como negar tudo o que eu tinha dito naquela festa.- É...Eu... - Minha voz não saía. As palavras que se formavam na minha cabeça não faziam sentido, eu apenas suspirava na esperança de conseguir dizer algo a ela, mas nada acontecia.
Ouvi passos em minha direção, me fazendo estremecer de nervosismo. Pés largos pararam a minha frente, uma respiração aflita ecoava pelo cômodo, já não se sabia mais o quão sufocante era aquela sensação de desprezo por mim mesma.
- Você realmente é apaixonada por mim?
Com o último pingo de coragem que sobrará dentro do meu peito, dei a única resposta que eu poderia dar para ela naquele momento.
- Sim... E acho que eu faria de tudo por você. - De alguma forma, era como se toneladas de cimento tivessem sido retiradas de cima de meus ombros. Em um único instante, todo o ar que estava preso em meus pulmões pode sair. Minha alma estava revigorada.
Um toque quente chega ao meu queixo, levantando meu rosto até que meus olhos se encontrassem com os dela. Logo, vi um semblante aliviado, um doce sorriso se formar, acompanhado das melhores palavras que eu poderia ter escutado em todo aquele tempo.
- Eu também sou completamente apaixonada por você.
Antes que eu pudesse reagir, seus lábios se selaram aos meus. Um beijo delicado se iniciou. Antes, o que eram olhos lacrimejando com lágrimas de desespero, agora se tornaram lágrimas de alegria. Fechei meus olhos, aproveitando cada sensação. Seus dedos se acomodaram em minhas bochechas, enquanto eu me apoiava na ponta dos pés para beija-la.
Era a primeira vez que eu tive esse tipo de intimidade com alguém que eu era apaixonada, era diferente, tinha um gosto tão doce...Nos afastamos aos poucos, suspirando a procura de ar para nos recompor. Nossos olhos estavam fixados no rosto uma da outra, a visão de sua expressão ofegante e levemente corada me causava arrepios.
- Eu quero de novo... - Eu disse ofegante, só dando tempo de inclinarmos nossos corpos e ela me beijar novamente, e de novo, de novo, e de novo.
Seus beijos foram ficando cada vez mais intensos, fui entrelaçando meus dedos em sua nuca enquanto ela me empurrava até a bancada. Seus lábios se separaram dos meus, descendo até meu pescoço, me fazendo ofegar a cada toque.
Dedos leves percorriam o meu corpo por cima da roupa a procura de calor, adentrando por baixo de minha camisa e brincando com meus seios, o que me deixa exitante em continuar com carícias naquele local.- Yelena...É melhor não fazermos isso aqui. - Eu disse com dificuldade.
- Prefere que seja em um lugar mais reservado? - Perguntou, retirando suas mãos de dentro da minha camisa. Assenti. - Então, finalmente vou poder te levar pro meu quarto e te apresentar as minhas habilidades. - Disse risonha, dando um último beijo em minha boca e me retirando de cima da bancada.
Após trancar a cozinha, caminhamos pelos corredores de mãos dadas até seu quarto, não era muito longe, mas o suficiente para conversarmos e sua voz diminuir um pouco o meu nervosismo.
Ao chegar em frente a porta de seu quarto, Yelena fez um gesto para que eu entrasse primeiro. Aquele cômodo era enorme, sua cama era bem mais espaçosa do que a minha, lençóis brancos se extendiam pelo colchão até quase encostar em um piso de madeira refinada. Cortinas claras e elegantes pairavam sobre as janelas, entregando uma sombra sútil pelo local.
Ouvi o som da tranca girando. Me virei em direção a ela, vendo aquela mulher de cabelos loiros jogar as chaves encima da comôda e caminhar em minha direção. Deu um leve beijo em meus lábios, se inclinando até a minha orelha.- Posso continuar? - Sussurrou com uma voz grave.
Minha pele se arrepiou, me fazendo consentir com um "sim" baixo. Logo, Yelena me levantou em seu colo e me carregou, me jogando encima da cama e montando em meus quadris. Sua língua percorria minha boca com sede de prazer, enquanto suas mãos retiravam minha camisa. Eu ofegava durante os seus toques, deixando que ela me dominasse o quanto quisesse.
Antes de separar nossas bocas totalmente, ela me deu uma leve mordida, puxando meu lábio inferior entre seus dentes, os deixando avermelhados. Após, foi desferindo beijos em meu maxilar, criando uma trilha de beijos até os meus seios, assim abaixando as alças do fino tecido que ainda os cobria.
Por ser a minha primeira vez com uma mulher...Ou com alguém, eu não sabia muito bem o que fazer, porém, ela parecia saber exatamente o que estava fazendo. Cada sensação fazia o meu corpo se contorcer pelo colchão. Sua língua quente contornava meus mamilos com lentidão, os mordiscando e beijando, enquanto sua mão livre explorava minhas pernas, subindo por minhas coxas e apertando minha virilha. Soltei um gemido manhoso em resposta ao seu toque, inclinando minha cabeça para trás.
Yelena subiu suas mãos, massageando um de meus seios, enquanto a outra afagava meu cabelo com o cotovelo apoiado na cama. Retribui o carinho, a beijando lentamente e acariciando suas bochechas.
Por um breve momento, ela se afastou de mim, me olhando de cima a baixo com malícia. Seus olhos negros me hipnotizavam, pareciam queimar minha pele com seu desejo. Eu a desejava mais que tudo nesse mundo, e sei que ela também me desejava.Um pequeno sorriso se formou em sua boca, senti minhas bochechas corarem e meu corpo relaxar. Sua mão tocou minha bochecha, acariciando com o polegar, depois a passando em meu pescoço e deslizando a ponta de seus dedos pelo meu abdômen até chegar em encontro com o cordão em minha calça. Desatou-o sem nenhum problema, levantando minhas pernas e retirando aquele tecido de costuras grossas de mim.
Antes de se encaixar entre meus quadris novamente, ela retirou seus sapatos, se ajoelhando no colchão e começando a desabotoar os botões de sua camisa social. Antes que ela pudesse abrir o segundo botão, resolvi me levantar, tocando em sua mão a fazendo parar.
Me ajoelhei na sua frente, levantando lentamente meus olhos até me encontrar com os dela. Levei meus dedos até os botões e comecei a desabotoa-los.A cada botão aberto, mais a sua pele branca era exposta. Eu visava seus seios quase inteiramente expostos já no terceiro botão. Apreciei seu corpo a cada segundo, sentindo a temperatura do meu rosto aumentar por saber que ela estava me observando. Ao terminar, fiquei vislumbrada com a visão que tive. Sua clavícula, seus ombros, seu abdômen, seus seios... Tudo era um verdadeiro espetáculo.
O fato dela não utilizar nada por baixo só me excitava ainda mais.Yelena então segurou uma de minhas mãos e a colocou em seu peito. Corei surpresa com sua atitude.
- É bom, não é? - Disse ela entre um sorriso.
- É uma delícia. - Afirmei ainda fascinada com seu corpo. Seu seio era maior do que meus dedos poderiam alcançar, eram tão macios e sedutores...
Ela se inclinou e beijou meu pescoço, deixando ali um leve chupão. Seus lábios se pressionaram contra minha pele até alcançar o lóbulo de minha orelha, onde ela mordeu com certa força.
- A partir daqui, eu vou te dominar - Sussurrou em um tom grave - E você vai fazer tudo o que eu mandar.
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Uᴍᴀ Pᴀɪxãᴏ à Aʟᴛᴜʀᴀ • 𝖄𝖊𝖑𝖊𝖓𝖆 𝖝 𝕷𝖊𝖎𝖙𝖔𝖗𝖆 •
FanfictionOuvi passos em minha direção, me fazendo estremecer de nervosismo. Pés largos pararam a minha frente, uma respiração aflita ecoava pelo cômodo, já não se sabia mais o quão sufocante era aquela sensação de desprezo por mim mesma. - Você realmente é...