01 - Conhecendo Um Conhecido

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Sobre esse capítulo, eu tentei remodelar porque tinhas coisas meio sem sentido. Agora eu acho que acertei. Kkk boa leitura, bebês.

Park Jimin

Eu amo minha faculdade. De verdade. Mas olha, tem dias que você tá tão puto com a vida que não sabe se pode ao menos olhar para cara das pessoas e não querer socar todas elas.

Minha noite não foi das melhores, eu tenho um pequeno problema que me impede de dormir direito e quando isso acontece, eu simplicidade amanheço com a maior cara de bunda que vocês poderiam imaginar. Eu chego a comparar esse lugar como um pequeno inferno na terra, e as pessoas são os demônios. O diretor geral o capetão, e os professores os torturadores e nós alunos, as almas condenadas ao sofrimento eterno.

É, eu sei. Essa analogia não tem nada a ver e eu preciso mesmo dormir pra parar de imaginar absurdos. Mas que eu tô meio puto hoje eu tô.

Já tem um tempo que não sei mais quem sou ou o que eu realmente quero para mim, raras foram as vezes em que tive esse esclarecimento. Tem mais ou menos uns dez anos que não sei o que é a plena felicidade, então me resta acreditar que a vida é uma droga a cada segundo que você cresce e passa enxergar tudo ao seu redor com mais clareza.

Eu faço faculdade de música. Mas especificamente voz e dança. Minha parte profissionalizante é em dança contemporânea, mas não tem nada que eu não possa dançar se eu tentar com muita vontade.

Essa com certeza é a única razão para que eu tenha forças pra levantar todo dia e encarar a vida de frente. Meu sonho de ser algo melhor. Tenho a impressão de que minha vida tem tendência a ser uma grande merda. Mas eu juro que vou parar de medir a intensidade da merda que minha vida se tornou, certo?

Eu adoro dançar. Quando danço, sinto que eu posso ser alguém, que posso fazer parte de algo maior, da força de aceleração!

Espera, tenho certeza que essa fala não é minha. Onde foi mesmo que eu vi isso? Enfim.

A música não me deixa me sentir como um completo imbecil. Ela me deixa sentir que o mundo não é tão ruim quanto a vida me mostrou e é por isso que eu danço. E lembrar como esse dom foi inserido na minha vida faz meu coração voltar ao chão e sentir que uma manada de bois sapateou em cima dele.

Dói relembrar o passado e quando isso acontece, eu fico muito pior.

Apesar de amar a dança, e tudo o que ela me faz sentir, eu realmente odeio a história dela. Não preciso disso pra dançar, eu só queria poder treinar uns passos novos e não ouvir o senhor Choi San dizendo que a dança contemporânea veio da década de mil novecentos e cinquenta, como forma de protesto contra a dança clássica.

E droga, ele contava essas coisas com tanto entusiasmo que eu sentia as vezes que poderia morrer de tédio. Aliás, eu teria dois horários dessa maldita aula teórica da dança.

Quando o sinal do segundo horário bateu, eu já estava quase pegando no sono e aí do nada, a sala se manteve em total silêncio, e uma voz diferente se fez presente.

Eu sou curioso, entendam isso. Sempre vou querer saber de tudo, mesmo que isso não vá fazer diferença alguma no meu cotidiano.

– Desculpe, professor. – Apesar de estar ofegante, acredito que por ter corrido, ele parecia feliz. – Eu me perdi, não sabia onde deveria estar. Sou novo aluno.

Ele fez uma breve reverência e continuou com aquele sorriso no rosto. Uma maldita sensação de dejavu...

– Oh. Seja bem vindo. Você pode vir aqui e se apresentar a turma, por favor? – senhor Choi era muito educado e simpático.

One More Time - PJM+JHSOnde histórias criam vida. Descubra agora