One shot

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Eu não sei como contar o que ouve na minha história, então acho que vou ter que contar tudo desde o início. Eu me chamo Miuy, e não sei qual o meu clã, nunca nem tive pistas, e minha aparência não me ajudar a descobrir. Tenho olhos verde claros e cabelos negros, sempre meio pálida, nasci no país da chuva, mas tudo isso começou recentemente, em uma tempestade. Eu não tenho um time, então estava andando em uma floresta sozinha quando começou a chover, mas não era uma chuva comum, era uma tempestade com direito a trovões, raios e ventos fortes. Comecei a corre na direção aonde eu achava que era a vila, mas quando notei, só estava entrando mais na floresta e me afastando, então desisti de tentar chegar lá naquela chuva e procurei um lugar para ficar. Acho que esse é um bom momento para dizer que sou uma ninja médica e por isso não fiquei com medo de ficar doente na chuva.

Enfim, depois de um tempo andando na chuva eu encontrei um lugar que parecia com uma caverna mas estava muito bem escondida, mesmo assim resolvi entrar. Era realmente uma caverna, que se estendia por um caminho, e por curiosidade eu o segui até o fim. No final parecia que alguém morava lá, ou também o usava de abrigo, então resolvi investigar um pouco mais, olhando alguns pergaminhos, quando então pensei que alguém poderia estar ali.

- OLÁ!? C-COM LICENÇA! TEM ALGUÉM AQUI?

Não ouve resposta imediata, apenas o barulho de algo caindo e algum cochicho vindo de algum lugar entre as paredes, porém depois de alguns segundos uma voz alta e masculina me respondeu com uma pergunta.

- Como você chegou aqui!?

Eu andei procurando de onde vinha a voz, mas mesmo assim tentei responder de imediato.

- Eu estava procurando um lugar para ficar, é uma tempestade... você mora aqui?

A minha última frase saiu sem eco, mais baixa, mostrando que eu cheguei em um lugar, mas quando olhei com quem estava falando, me espantei tendo de recuar alguns paços. Aquele homem não parecia nada bem, se não morto ou se segurando a um último fio de vida, com estacas negras em suas costas e preso em alguma coisa.

- Aí meu santo Hikudou, o que aconteceu com você!?

Ele pareceu ignorar a minha pergunta, respondendo a anterior.

- Aqui é... minha casa! E você não deveria estar aqui! Como conseguiu encontrar?

- Eu não estava procurando, estava tentando voltar para a vila da chuva, mas acabei me perdendo com a tempestade que está caindo e acabei andando na floresta até chegar aqui! Não era a minha intenção incomodar...

- Certo!... você tem que ir!

- Eu posso te pedir só pra passar a chuva? Depois eu nunca mais volto!

Ele olhou sério para mim, analisando a situação e acenou com a cabeça positivamente, cedendo esse pedido.

- Você pode ficar por um tempo... mas depois terá que ir embora!

- Eu agradeço muito! Vou tentar não te incomodar!

Eu me sentei num canto, escorada na parede, ouvindo o barulho da chuva, mas meus olhos desviavam para as estacas de ferro as costas dele, que não parecia estar realmente lá. Seus olhos olhavam para o nada, vendo algo que não estava lá, e as vezes ele dizia algo baixo, quase inaudível, porém em algum momento, que eu estava observando as estacas novamente, ele parou para me observar.

- Vejo que meus receptores te chamaram a atenção!

- Só estava observando, me parece uma situação bem...

- Dolorosa, é sim...

- Eu diria triste! Eu estou vendo que isso te prende aqui! Deve doer mais o fato de estar preso, do que o fato de estarem fincadas em você!

Amada de NagatoOnde histórias criam vida. Descubra agora