Léia
01/01/2015
"As famílias das jovens ainda tentam entender como tudo isso ocorreu e falam sobre o total descaso da polícia"
Estava vidrada na reportagem,tenho medo desse tipo de coisa acontecer comigo ou com alguém próximo.
Minha cidade é bem pequena, pra não falar minúscula, Diaquara tinha os seus 10 mil habitantes, suas pequenas lojinhas, o banco do centro, a grande capela e a pracinha, única fonte de lazer da pequena cidade, como é de se esperar de um lugar tão pequeno, a fofoca aqui rola solta, não vou falar que odeio, pois sempre estou nas rodas de "conversa".
Dessa vez é a mãe da tal T-ae que começa a falar, pelo visto ela deu essa entrevista a alguns meses:" Como uma garota pode sumir dessa maneira ? , sem deixar rastros?.
A policial tratou o caso com uma negligência sem tamanho, eles acreditavam que minha filha pudesse ter fugido com alguém, não é mais novidade que eles sempre pensam isso das meninas que desaparecem.
Minha filha nunca seria capaz disso, nós duas eramos muito unidas, e... ela sempre me contava tudo, e...eu não tenho mais vida depois que tudo isso aconteceu".Em meio aos soluços ela diz:
" Nessa cidade... desaparecimentos são rotineiros, ontem foi minha filha, amanhã possa ser eu, seus filhos ou até você! "Logo após ela dizer isso, fotos das meninas aparecem na tela, Di era alta, loira, cabelo curto e pele clara. T-ae era baixa, cabelo castanho claro longo e pele clara. Jooyi era baixa, cabelos negros longo e morena.
"Se alguém tiver informações sobre o caso, comunique a polícia imediatamente.
Vamos aos nossos comerciais"."Se alguém tiver informações sobre o caso, comunique a polícia imediatamente.
Vamos aos nossos comerciais "Eu ainda estava viajando nos meus pensamentos quando vejo uma toalha voar em direção ao meu rosto.
-Ai! O que é isso? - Exclamei sem entender nada.
-Acorda pra vida, a gente já te chamou várias vezes - Alana diz.
-Larissa Ayumi, a atrasada da família.- Mike falando com um sorriso de lado.
Perdi o pingo de paciência que me restava e voei no pescoço dele, tentando o matar sufocado.
-Léia não! - Alana fala tirando minha mão do pescoço dele - olha a redação que o Mike me ajudou a fazer.
Alana senta no meio de nós dois e me mostra o caderno.
Comecei a ler já pensando nas bobagens que ia encontrar, porém grande foi a minha surpresa,Mike soube auxiliar Alana muito bem, e também soube explicar sobre os movimentos feministas e afins.-Meu deus, garoto, me explica porque suas notas são tão baixas? - Falei olhando pra ele com um olhar autoritário.
-Bom… pra mim, decoreba não é aprendizado, a gente só vai pra escola pra isso mesmo,e vamo combinar que aquele lugar é um poço de gente tóxica.
Tive que concordar , sofri muito bullying naquela época.
Sempre era motivo de chacota de toda a escola, eu era a magrela esquisita de óculos, eles me chamavam de cegonha.-E se as senhoras não se importam, a louça é de vocês - Mike falou se levantando do sofá e correu em direção ao seu quarto, se trancando.
Estava pronta pra correr também, mas Alana foi bem mais rápida e tapou minha passagem.
-Aqui você não passa cegonha - Debochou de mim com um olhar desafiador.

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Quem é essa garota?
TerrorLéia é uma estudante recém formanda que como qualquer jovem, sonha com o seu primeiro emprego. Após longos dias de procura por uma oportunidade, acaba por receber uma proposta na renomada empresa SDR COMPANY, que ficava na grande cidade obatros. Cid...