hurt

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Oii gente! Turupom?

Essa história é bem curtinha, só pra aproveitar um pouquinho uma ideia que tive e pra aquecer para o que está por vir hihihi

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Sexta-feira. 23h50. Kihyun realmente tinha que ter trabalhado até àquela hora? Geralmente largava às 20h, mas apertado com as contas de casa... Bem, ele não tivera escolha senão vender algumas horas do seu dia.

Apertou a alça da mochila entre os seus dedos. Como se não bastasse todo o trabalho, ainda morava numa região pobre e perigosa. Enquanto andava apressado entre os prédios acabados, que pareciam não receber nenhuma nova pintura há 20 anos, notou que metade dos postes estavam queimados. Geralmente, quando voltava para casa, algumas luzes de apartamentos ainda estavam acesas, e ajudavam na iluminação. Mas agora, quando quase nenhuma luz estava acesa, Kihyun sentia-se desprotegido. Um grupo poderia aparecer a qualquer momento e roubá-lo. Roubar o celular que levou 6 meses até que ele fosse capaz de comprar. Kihyun evitou pensar e apertou o passo.

Quando entrou no seu prédio, sentiu o corpo relaxar. Não estava mais exposto nas ruas. Caminhou em direção ao elevadores, que também quase colocavam os moradores em risco de morte, acalmando seus nervos e pensando no ramen que comeria para poder ir dormir. Não tinha tempo para preparar nenhuma refeição.

A maioria das luzes estavam apagadas, e quando apertou o botão do elevador e olhou para baixo, soltou um grito de susto e voou cinco passos para trás.

Encostado na parede ao lado do elevador, um cara com a roupa e mãos manchadas de sangue quase dormia — ou talvez, desmaiava. Kihyun encarou-o pela distância. Ele tinha o rosto sobre os joelhos dobrados, e Kihyun não conseguia ver seu rosto, sem saber se ele havia apanhado ou se aquele sangue era de outra pessoa — opção que ele não gostava muito de pensar.

O elevador abriu, mas Kihyun nem se mecheu.

— Vai ficar aí me olhando? Eu não vou te atacar — o garoto falou, uma voz profunda e grossa. No entanto, Kihyun não se moveu. Em sua mente, ele se questionava se devia oferecê-lo ajuda. Se ele estava ali, devia ser um de seus vizinhos. Alguns vizinhos o ajudaram quando ele teve problema com a encanação e ele queria continuar com a "corrente do bem".

— Como você está? — Kihyun perguntou. — Você quer que eu chame uma ambulância?

O garoto soltou uma gargalhada tão forte que todo seu corpo tremeu. Seu riso era pesado, e arrepiou Kihyun. Ele levantou o rosto, e Kihyun pode encarar o olho inchado e roxo, os lábios ressecados e cortados, e o sangue agora seco que saía de um corte na sobrancelha do garoto. Kihyun arregalou os olhos.

— Você está horrível — as palavras escorreram pelos seus lábios sem qualquer controle. Mas ele não tinha medo ali. Na rua, ele estava exposto; inúmeras pessoas poderiam cercá-lo. Agora que já havia uma porta com tranca o separando da rua e somente um cara na sua frente, ele se sentia capaz de controlar a situação.

— Não diga? — o cara arqueou a sobrancelha e em seguida fez uma careta de dor.

— De qual andar você é?

— Isso não é do seu interesse.

Kihyun suspirou. Como se não bastasse ele parar para ajudar o cara, ele ainda era ingrato.

— Se você fosse capaz de cuidar de si mesmo eu não estaria te questionando. — Kihyun respondeu e o olhar que o garoto lhe deu fez com que ele percebesse ter soltado a língua uma vez mais. Bom, não havia nada que Kihyun pudesse fazer. Ele não gostava de controlar a si mesmo, principalmente as palavras que lhe enchiam a mente.

O garoto soltou um riso analasado.

— Acha que não sou capaz só porque estou aqui? — Kihyun cruzou os braços e encarou-o de cima como quem diz: "exatamente". O garoto desviou o olhar. — Só estou aqui porque quero.

Kihyun odiava pessoas teimosas. E foi por isso que ele agiu por impulso e se aproximou do garoto, apertando-lhe diversos pontos pelo torso. O garoto lutou contra a invasão de privacidade, batendo suas mãos contra as mãos invasoras.

— O que você está fazendo? Você ficou malu... AI! — Todo o corpo do garoto retrocedeu ao que Kihyun tocou-lhe perto da cintura, o rosto contorcendo em dor. Kihyun estava certo.

O garoto encarou-o enfurecido, suor escorrendo pelas laterais de seu rosto, ao que Kihyun se afastou e arqueou uma sobrancelha.

— Por que mesmo você está aqui?

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Até o próximo!!

• beaten up - changki •°Onde histórias criam vida. Descubra agora