Domingo, 18:37 da noite.
Há um ano eu penso em você, como séria você ao meu lado. Quantas vezes eu me perguntei sobre sua sexualidade, suas amizades, seu sorriso.
Cheguei na conclusão de que eu nunca vou conseguir chegar em você. Sua amizade para mim valeria muito, a cada dia, tento me tornar mais parecido com você.
O seu carisma, a sua bondade, seu sorriso e sua forma de expressar afeto, fez com que eu me apaixonasse por você. A cada dia que se passa, um pedaço de mim se rende a esse sentimento.
Thomas. Cada letra do seu nome me faz querer te beijar. Te abraçar, e sentir o seu perfume. No intervalo da escola, quando passa por mim no refeitório, me lembro da primeira vez que te vi. Nossos olhares se cruzando.
Não deve se lembrar, mais nós éramos amigos. Quando menores, eu havia caído da gangorra no pátio da escola, e você veio até mim.
" - Você está bem?
- Ah, claro que sim. Não me machuquei muito não. - eu disse esboçando um grande sorriso no rosto.
- Então tudo bem. Quer brincar comigo?- Pode ser. - falei um pouco confuso."
Você pode até não saber disso, mais eu fiquei tão feliz quando me perguntou se eu queria brincar. Ninguém nunca tinha se importado comigo a ponto de me fazer uma simples pergunta como essa. Mais você se importou.Desde então, vejo você pela escola, afinal, você estuda na mesma sala que a minha desde a alfabetização.
Não me lembro ao certo o porquê de termos nos afastado, talvez tenha sido por minha causa. É, foi isso mesmo. Me lembrei, meu pai havia morrido quando eu estava no quinto ano, não queria ver ninguém ou falar qualquer coisa que seja.
Então, me distanciei de você, da minha mãe, do meu irmão, e de todos que conversavam comigo.
Agora no ensino médio, posso ver seu amadurecimento, você cresceu, inclusive está muito mais alto que eu. Algumas vezes quando passa por mim, você demonstra um sorriso e continua andando.
Queria tanto que fosse até mim, e conversasse sobre nossa infância, se ainda gosta de ler livros, de assistir os filmes da Marvel. Deve ter realmente mudado muito.
O que mais me dói, é o fato de você não ter vindo mais falar comigo, eu sei que eu não queria falar com ninguém, mais houve momentos em que eu queria um abraço, um ombro amigo.
Não sei porque ainda estou escrevendo nesse diário, mais a psicóloga falou que seria melhor escrever nesse diário como se fosse uma carta, então aqui está.
Com amor, Felipe.
p.s.: eu te amo
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Apesar de tudo, ainda te amo.
RomansaFelipe ainda está com o coração a mil por conta de Thomas. Uma história cheia de amor e reviravoltas pra te deixar com o coração quentinho.✨