ep.6 a sala de troféus

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Acordei com Pansy pulando em cima de mim, meu mau-humor era visível assim que eu abri o olho

- Nossa que cara é essa, vem, temos que ir pro café - ela diz me tirando da cama
- Essa é a cara de quem vai matar o Draco assim que vir ele - digo pegando meu uniforme
- Oq ele fez agora?
- Me fez ficar de detenção com ele hoje
- Só vocês dois? Sozinhos? - Astoria pergunta interessada
- Sim, juntinhos e sozinhos - provoco ela, que fecha a cara na hora

Na hora do café parecia tudo tranquilo, mas só parecia mesmo, assim que Draco sentou na minha frente Astoria veio como um furacão pra cima dele.

- Como assim você vai ficar sozinho de detenção com ela? - Ela pergunta vermelha de ódio
- Astoria não começa, tá cedo, eu só quero sentar e tomar meu café tranquilo, vê se não me amola - Draco diz ja impaciente

Astoria sai batendo o pé fazendo birra, parecendo uma criança mimada, não consegui me aguentar e comecei a rir, Draco olhou pra mim e riu junto, quando vi todo o nosso grupo caia na gargalhada com a gente.

As aulas da manhã se passaram rápido, eu Pansy, Daphne e os meninos decidimos ir ver quem iria se inscrever para o torneio, ficamos ali conversando vendo quem colocava seu nome, e também fizemos algumas tarefas para o dia seguinte.

Ate que os gêmeos Weasley apareceram com um plano maluco de tomar uma poção para envelhecer, na esperança de conseguir colocarem seus nomes no cálice, assim que passaram pela barreira colocaram seus nome e começaram a fazer a festa achando que tinha funcionado, mas logo depois o cálice cuspiu os papéis com os nomes deles e os jogaram para fora do circulo, e assim que eles se levantaram deu pra ver claramente as barbas brancas que cresceram e os cabelos ficando brancos também, eles foram um pra cima do outro, fazendo com que todos do salão caíssem na gargalhada.

Depois da janta o senhor Fitch nos acompanhou até a sala de troféus, chegando lá havia várias prateleira com troféus empoeirados, armários com mais troféus, parecia que não tinha fim, e ali no chão, um balde com água e quatro panos, dois panos pra cada um.

E la fomos nós, primeiro eu molhei um pano e passei o pano úmido pelo troféu, depois eu passei o seco, e fiz isso em vários outros.

- Sabe eu poderia estar em outro lugar agora - Draco começa a reclamar
- Sim Draco, você poderia estar se atracando com a Astoria e eu poderia estar lendo
- Credo não, viu a cena que ela fez hoje no café? - diz enquanto limpava os troféus - parecia uma criança - começamos a rir relembrando o momento de hoje mais cedo
- Draco pega a escada ali e me ajuda, tenho que pegar aqueles troféus ali

Draco pegou a escada e a abriu, e segurou para que eu não caísse, o que não adiantou muito pq eu vi um rato e me assustei e acabei escorregando, graças a Merlin Draco conseguiu me segurar, e ficou me encarando com aqueles olhos de novo, eu já não sabia mais onde enfiar minha cara de tão vermelha que estava

- Tá fazendo de novo
- Fazendo oq? - ele pergunta se fazendo de  desentendido enquanto me coloca no chão, me viro pra ele e falo:
- Tá me olhando assim dnv

Dessa vez ele não fala nada, só ficou ali me olhando, revezando entre meus olhos e minha boca, e eu fazia o mesmo, até que finalmente tomei coragem e falei:

- Você disse que eu não fazia o seu tipo - seus olhos voltaram para o meu no mesmo momento
- E não faz, é isso que me intriga

E sem mais espera ele toma meus lábios num beijo calmo, era como se precisássemos daquilo faz tempo, e de certa forma precisávamos, ele me botou contra a parede e levou suas mãos até a minha cintura, e eu levei minhas mãos até sua nuca, adentrando meus dedos nos seus cabelos loiros, ele puxou minha cintura mais pra si, me causando um arrepio na coluna, ele desceu uma mão e foi até a minha coxa, a levantando e enrolando na sua cintura, o beijo começou a esquentar e eu já sabia que isso não ia prestar, mas eu não tinha forças pra parar, ele subiu uma mão até a minha nunca, me puxando pra mais perto, como se tivesse como nos ficarmos mais perto, e eu o puxei também, em busca de mais contato, senti sua mão subindo sobre a minha coxa e foi como um estalo, minha sanidade voltou e eu o empurrei.

- Não vou ser mais uma na sua lista de conquistas, se acha que eu vou ser, tá muito mais que enganado - falo me arrumando e me preparando pra sair
- E pq você acha isso?
- Draco você é o garoto mais galinha dessa escola, acha que eu vou me envolver justo com você? Não obrigada - recolhi minhas coisas e sai da sala.

Ele ficou c uma cara estranha, não sei dizer, talvez eu tenha pego pesado mas não posso me deixar levar por um rostinho bonito e uma pegada boa, vou focar nos meus estudos e ser  a melhor, é pra isso que eu vim.

Mas não deixei de ficar mal pelo que ele fez, ele basicamente me objetificou, só me queria para aquilo, é claro que seria pra isso, afinal pq mais ele iria me querer.

Algumas lágrimas teimosas insistiram em escorrer enquanto eu corria pelo terceiro andar tentando ir para o mais longe possível dele, encosto na parede e começo a chorar, nesse momento eu só queria uma banheira com água quente e o meu quarto, minha cama e minha vista da janela de casa, sinto tanta falta de estar em casa, minha mãe... tudo.

Quando abri meus olhos uma porta começou a se formar na minha frente, minha curiosidade falou mais alto e eu adentrei o lugar, era uma cópia exata do meu quarto, mas a cama estava de frente para a janela agora, minha janela era bem grande, ocupava a parede toda, me dando uma vista bem ampla pela floresta e a cachoeira que ficavam do lado da minha casa, um pouco mais à frente e a direita da minha cama, uma banheira grande e quadrada com espuma e uma água quentinha, bem o que eu precisava, não esperei mais nenhum minuto, fechei a porta e coloquei minhas coisas na cadeira da minha escrivaninha que ficava na mesma reta que a banheira, só que no lado esquerdo.

Tirei minhas roupas e botei em cima do baú em frente a cama, entrei na banheira e senti meus músculos relaxarem com a água quente, fiquei bons e longos minutos ali relaxando e apreciando aquela vista que eu tanto senti falta, depois de um bom tempo me sequei e deitei na minha cama, que estava com uma colcha que parecia de cetim e um cobertor de pelo, tudo num tom preto, menos os travesseiros que estavam numa fronha branca também de cetim.

Foi a melhor noite de sono que eu tive em semanas, e mesmo que antes eu estivesse triste, era como se aquele lugar tivesse limpado toda a tristeza que eu estava, foi uma noite relaxante e terapêutica.

A princesa da Sonserina Onde histórias criam vida. Descubra agora