ep.2 minha querida casa part 1

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Acordo com o sol em meu rosto, pisco algumas vezes na tentativa de me acostumar com a luz do sol, e quando finalmente lembro que hoje é o grande dia, pulo da cama animada e já vou para o banheiro tomar um banho e fazer minhas higienes, logo depois pego a roupa que eu havia separado ontem, uma calça jeans preta, uma regata rendada branca e por cima um suéter preto meio caído no ombro, calço minha bota preta de salto. Coloco meus colares e anéis, de maquiagem somente corretivo, rímel e um gloss já está bom.

Desço para o café e já encontro minha mãe na mesa pronta me esperando para comer.

- Está linda filha
- Obrigada mãe, não acha dms para ir pra la? - pergunto mas mesmo se fosse, eu ainda iria com essa roupa, nunca fui de me importar com a opinião dos outros mesmo.
- Eu acho que está ótima, e outra des de quando você se importa com os outros?
- Não me importo - digo e nos rimos, logo em seguida começando a comer.

Passei um tempo perdida em meus próprios pensamentos e acordei com minha mãe me chamando

- Filha por merlin, temos que ir, se nos atrasarmos você irá perder o trem

Não esperei mais nem um minuto, saímos correndo de casa e fomos para a estação King's Cross.

Quando chegamos na famosa passagem para o expresso Hogwarts, eu meio que hesitei antes de passar pela coluna

- Está tudo bem filha, você não vai bater - Ela diz numa tentativa falha de tentar me consolar
- Até parece que eu vou correr que nem uma idiota pra dar de cara nessa coluna, e ainda passar a maior vergonha - digo já me arrependendo de ter aceitado vir pra cá
- Chega de mimimi, vem vamos, eu vou com você

E ela nem me esperou responder, colocou um braço em volta de mim segurando na outra ponta do carrinho e saiu em disparada, eu fechei meus olhos na espera do impacto mas nada, abri os olhos e vi todo aquele tumulto de pais se despedindo de seus filhos, olhei pra minha mãe e ela só disse um "eu avisei".

Ela me acompanhou até a entrada do expresso e disse para deixar minhas malas com ela, que ela levaria até o compartimento certo para deixá-las

- Me prometa que vai escrever - ela pergunta me abraçando, quase me sufocando
- Eu prometo mãe, mas pra isso eu tenho que estar viva, e isso não vai acontecer se me segurar por muito mais tempo - digo com dificuldade pela falta de ar
- Por merlin desculpe - ela diz finalmente me soltando
- Está tudo bem mãe, logo menos eu volto no natal, te escreverei cartas toda semana te deixando a par de tudo que acontecer
- Assim espero, eu te amo tesourinho - era como ela me chamava quando eu era pequena - Vou sentir muito a sua falta
- Também vou mãe - eu nunca fui como as outras crianças que tinham vergonha quando os pais o agarravam assim na rua, nunca tive vergonha da minha mãe, eu sabia que ela não só queria mas também precisava demonstrar o seu carinho, a mãe dela nunca fez isso por ela e ela prometeu nunca ser assim. E ela com certeza não é.

Entro no expresso e dou um último aceno de tchau para minha mãe, memorizando cada detalhe dela que eu puder, vou realmente sentir falta.

O trem começa a andar e eu entro na procura de uma cabine vazia, estava quase chegando no fim do trem, quando eu começo a procurar meu livro em minha bolsa seria um bom passa tempo até não chegarmos em hogwarts, e então eu esbarro em alguém, e todas as coisas da minha bolsa caem no chão.

Eu ia pedir desculpas mas a pessoa foi mais rápida

- Olha por onde anda sujeitinha de sangue ruim - Diz um menino loiro, mais branco que loiro, alto e magro, eu até diria bonito se não fosse tão arrogante
- Você que deveria olhar por onde anda, não é pq você some na parede branca que agora virou o gasparzinho - Assim que termino a frase, os amigos dele que estavam atrás dele começaram a rir
- Aí Draco essa doeu até em mim - disse uma menina de cabelos curtos para o menino em que eu esbarrei
- Calada Pansy - Ele diz com raiva
- Olha gasparzinho por mais que eu tenha adorado te ver com raiva tenho mais o que fazer, se me der licença - pego minhas coisas e passo por ele batendo em seu ombro, acho uma cabine vazia e adentro, mas antes de entrar ouço seus amigos rindo o que me fez ficar com um sorriso convencido pelo resto do caminho.

Logo após escurecer, uma menina loira entra em minha cabine e diz:

- Iremos chegar logo, coloque seu uniforme e volte para a cabine - ela diz animada enquanto come... pudim??
- Amh.. obrigada, sabe onde posso achar o banheiro?
- A sim claro, vem eu te acompanho

Peguei minhas roupas e segui a menina que ia cantarolando e dando leves pulinhos, ela para vira e diz:

- É bem aqui na frente, se quiser eu te espero aqui - ela me parece ser legal então aceito a oferta de bom grado, até pq não conhecia ngm, e aquilo podia ser o início de uma amizade

Coloquei o uniforme de Hogwarts e mantive meus colares e a bota, o resto coloquei em minha mochila e sai, mas logo na porta alguém esbarra em mim

- So pode ser brincadeira, é o segundo hoje- digo e só depois o loiro se vira me fazendo o reconhecer - ah é você - digo com uma desanimação evidente
- Deu pra me seguir agora é? - ele diz como se óbvio
- Não sei se você sabe ler, mas a placa aqui em cima diz claramente, banheiro feminino, então eu acho que você é que está me segindo - digo apontando para a placa em cima da porta
- Talvez eu esteja, não me disse seu nome
- Você não perguntou, estava ocupado dms me insultando - digo cerrando os olhos
- Eu posso ter me equivocado um pouco, mas então, qual seu nome novata?
- Hayley... Hayley Marshall - ele logo levanta uma sobrancelha
- É filha de Elena Marshall?
- Sim - digo como se fosse óbvio
- Então no final das contas, está longe de ser uma Sangue-Ruim - ele diz com um sorriso de canto

Nem me dou ao trabalho de reponder e vou ao encontro da menina loira, que me esperava ali no corredor

- Desculpe a demora, encontrei com uma anta - digo revirando os olhos
- Ei, eu ouvi isso - ele diz aparecendo ao meu lado, reviro os olhos e volto minha atenção para a loira, que no momento ria da situação.
- Podemos ir? - eu pergunto já impaciente
- Claro - ela diz com um sorriso acolhedor

Sai dali sem me despedir, algo me dizia que essa infelizmente não seria a última vez que veria aquele garoto arrogante.

A princesa da Sonserina Onde histórias criam vida. Descubra agora