Amber

182 28 36
                                    

KENDALL

Alguém bateu na minha porta.

Eu fico parada no mesmo lugar por alguns segundos ou até mesmo minutos.

Literalmente paralisada.

Até bater novamente e eu sair do meu transe.

O que eu deveria fazer? Correr? Abrir a porta? Ligar para a polícia? Gritar?

Ninguém além de Kylie sabia o meu endereço.

Eu me certifiquei de dar um falso endereço na escola que eu trabalhava porque eu desconfiava do que o poder de Evan poderia causar.

Eu estava paranóica demais quando fiz isso, mas felizmente até agora nada tinha acontecido.

Até baterem na minha porta essa hora da noite.

Meu corpo começa a tremer pensando na possibilidade de ser Evan. Depois de anos, ele ainda me assusta como o inferno.

Olho para a porta como se fosse um monstro terrível.

"Kendall." A voz de Heather do outro lado da porta me faz relaxar.

Não era Evan.

Mas por pouco tempo, até a minha mente agir sobre o que estava rolando.

O que diabos a Heather estaria fazendo aqui?

Como ela me achou?

Por que ela veio falar comigo?

Minha mente começou a ficar confusa com uma informação desse porte. E o motivo de Heather vir até a minha casa seria...

Harry.

Será que aconteceu algo com ele? Será que ele está bem? Será que ele...

Eu corro em direção a porta e a abro no mesmo instante. Preocupada, aflita, ansiosa, curiosa. Eu sou um misto de emoções e borbulhando incertezas.

Heather agora tinha o cabelo com o corte nos ombros com pontas azuis e rosas. O resto não havia mudado nada. Sempre a achei bonita mesmo com esse seu estilo excêntrico. Ela chamava atenção sem nem perceber. De ambos os sexos, como ela gostava.

"Olá, fugitiva."

Eu estremeço pelo apelido negativo que recebo dela.

Nós costumávamos ser amigas, de certa forma. Nossa conexão de amizade foi instantânea desde a primeira vez que a vi no aeroporto. Sempre nos demos bem e fico grata por isso.

Mas agora, Heather me olha com muito desprezo e frieza.

É assustador.

"Oi." É o que eu falo em seguida. Na verdade, eu não sei muito o que dizer a ela. "Aconteceu alguma coisa?"

Mas eu não falo o nome dele.

Dói.

Quando eu penso, já sinto. Imagina dizer em voz alta a merda que eu fiz.

company • hendallOnde histórias criam vida. Descubra agora