DOIS

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Capítulo grande!

SEM REVISÃO!



  Esquecer o que nos trás dor é uma necessidade, ao menos para mim. Quanto mais eu penso em esquecer o Joel e toda a dor que ele representa para mim, parece que ele não reconhece o seu lugar que é em meu passado, bem longe de mim.

É tão difícil!

_ Ei, tem alguém aí? O Ministro acena com a sua mão direita em minha face chamando a minha atenção.

_ Ãh? O quê?

_ Com toda certeza você não estava aqui, minha deusa.

_ Desculpa, Ministro, eu não gosto de algumas partes de meu passado, isso meio que me trava. Confesso e suspiro.

_ Eu entendo, minha deusa, se não quiser falar, vou respeitar.

_ Sei que vai respeitar, mas eu vou falar Ministro, estou cansada de deixar o Joel me manipular mesmo de longe.

_ Você têm toda razão, minha linda.

_ Agradeço, Ministro. Digo e ele beija o topo de minha cabeça e resmunga algo inaudível. Hum... Vou começar contando sobre a minha mãe Eloísa e Joel. Declaro com o gosto amargo e familiar em minha boca. Me sinto assim toda vez que lembro desse homem que diz ser o meu pai.

_ Elisa, eu já disse que não precisa falar sobre isso se não quiser. Avisa mais uma vez notando meu desconforto ao falar o nome de Joel.

_ Não, eu quero falar, quero que você saiba da minha vida por mim, não por um dossiê.

_ Certo, eu entendo! Mas, saiba que você não é obrigada a nada, quando quiser parar, você para.

Tão compreensivo e teimoso.

_ O mesmo serve para você quando for a sua vez.

_ Combinado!

Vou lembrar disso, Ministro, a se vou. Do jeito que esse homem é tenso vai me dar muito trabalho.

_ Bom, onde parei? Ah, sim, minha mãe e Joel... Hum... Eles dois se conheceram quando minha mãe tinha acabado de fazer dezoito anos, foi no dia do aniversário dela em uma festa de baile funk. Minha mãe era de família rica e conservadora, mas assim como eu, minha mãe tinha uma amiga doidinha que amava quebrar regras, principalmente as regras de meus avós que tinham regras absurdas, tais como: Não pode correr feito criança, dormir muito tarde, sair finais de semanas, sua função basicamente era apenas estudar tudo sobre ballet, uma jovem que estava querendo descobrir o mundo, obrigada a conviver com nada menos o que seus pais desejaram para ela.

_ Não há lugar que não tenha regras. Alguém as inventa, para o bem ou para o mal.

_ No caso de meus avós fizeram mais mal do que bem. Mesmo sabendo que ela era proibida a ir a esses tipos de festas, ela foi torcendo para que seus pais não a pegassem no flagra, eles achavam que ela estava na casa de sua amiga, Amanda, curtindo a noite das amigas.

_ Vocês brasileiros são tão festeiros. Sorriu com o tom crítico que saiu de sua voz.

_ Nisso você tem razão! Agora vocês russos são tão esclarecidos. Respondo divertida, mas não deixo de mostrar o meu sacarmos.

_ Eu conheço uma pessoa sarcástica de longe senhorita Main e você me pareceu uma delas.

_ Talvez só um pouquinho. Faço um gesto como se estivesse unindo meu dedo polegar com o meu dedo indicador.

_ Eu também sou e para ser sincero, no meu caso sou bastante. Escondo meu rosto em seu peito e gargalho.

_ Adoro sua sinceridade, Ministro, te faz ficar mais sexy ainda. Levanto o meu tronco e beijo a sua boca com paixão.

HOMEM DE AÇO - Parte 2 DEGUSTAÇÃO!Onde histórias criam vida. Descubra agora