Ela está e coma. eu já sabia, há tanto tempo que ela estava assim. há tanto tempo que ela estava naquela cama deitada, sem abrir um olhos que fosse, sem mecher alguma coisa que fosse. já se tinham passado dias, e nada, nada de novidades.
uma pessoa pode ficar em coma tanto tempo, anos. Os médicos dizem todos a mesma merda: não sabem o tempo que ela vai ficar assim.
ajoelhei-me à beira da cama dela, a segurar-la pela mão, quando estava sozinho no hospital (sozinho na parte das visitas dela, porque os pais também tinham de ir a casa).
"todos os momentos foram bons. Ou se não eram passaram a ser. tornaste-os bons. podiam ser os piores, mas tu, tu. tu tornaste-os otimos.. a todos, porque tu estiveste sempre lá, foste a única, sim, única, pessoa que nunca me falhou. nunca. apesar de tudo, tu ias sempre ter comigo para me ajudar no que fosse. melhor amiga. mas isso mudou. depois de todos esses anos juntos, só como amigos, essa amizade que já há muito tempo que era amor, foi assumida há XXX dias, sim, eu conto-os a todos. e sim, eu também sei que esse amor sempre ou quase sempre existiu em ti, por mim. porque mesmo sem querer, naquelas longas conversas que só para nós é que tinham interesse, tu admitis-te sem quereres. E eu não aproveitei logo. aproveitei agora. mais vale tarde do que nunca." as lágrimas já eram presentes na minha face há bastante tempo. "e agora, estou prestes a perder-te, ou quase. se calhar até não te vou perder, e espero que isso não aconteça. a sério que espero. obrigado por tudo. eu sei que estou a falar para um corpo que não me ouve,e que estou a ser mais foleiro que sei lá o quê, mas..." senti-a a apertar a minha mão e a retorcer as sobracelhas. abriu lentamente os olhos e as suas mão voaram até eles, esfregando-os.
"ariana!" limpei as lágrimas. abracei-a com todas as minhas forças. "estou tão feliz!" entraram médicos na sala.
"sim, eu também estou feliz... mas quem és tu?"
o meu mundo caiu. levantei-me e o choro era cada vez mais continuo. ela olhava cofusa para mim.
"quem és?" tornou a pergutar.
porque raio é que ela perdeu a memória ?!? eu sei porquê, mas porque ela? para esquecer tudo o que viveu até agora!?
"hm.. eu chamo-me zayn e... eu era teu namorado." soltei. sentei-me numa cadeira.
os seus pais chegaram a foram a correr ter com ela. também não sabia quem eram. porra.
"ela pode voltar a ter a memória, mas tem de ser aos poucos. têm de lhe mostrar coisas que a façam lembrar alguns contecimentos, para ela associa-los uns aos outros." informou um dos médicos.
(...)
ela teve alta. voltou para casa. reconhecera algumas coisas, muito, muito poucas coisas.
"não vale a pena eu continuar aqui." disse eu.
"vale, tens de a lembrar dos vossos momentos! tens de o fazer! por favor..."a mãe dela disse. ariana sentousse no sofá e despois do niall lhe ligar a TV ela ficou a observa-la como se fosse uma coisa escandaloza.
"eu fico, mas não aqui. eu vou para um hotel."
"não! não podes! fica aqui, peço-te."
"eu não dar ainda mais trabalho."
"faz isto por ela, zayn. ela tem de se lembrar!"
(...)
fiz-lhe a vontade.
tinhamos acabado de jantar. ariana tinha saboreado cada pedaço de carne como se fosse o último e o primeiro, ao mesmo tempo. comeu pouco e parecia que tinha gostado.
estou com ela no quarto. Ela quer-se deitar, então os seus pais deram-me a honra de a dormecer. esta noite, ela vai ser a minha bebé, como já foi em tempos.
"espera! deixa-me perguntar-te uma coisa!"
"o que é que foi??!" respondeu.
"não te lembras de nada...? mesmo?"
"não! agora adormece-me! é para isso que estas aqui"
"nem disto?" tirei o colar pendurado ao seu pescoço. aquele colar tinha-me custado os olhos da cara, há uns anos. mostrei-lhe
ela começou a oberva-lo, dando-me alguma esperança. ela parecia uma bebé a mexer em tudo "não" respondeu
comecei a sentir a cara molhada e logo apaguei a luz.
#POV_ARIANA_ON
ele apagou a luz. o tal zayn apagou a luz. acendi a pequena luz de uma mesa pequenina à beira da cama. deitei-me na cama e ele ajoelhou-se à beira dela.
eu não me lembrava mesmo daquele colar, por mais que quisesse.
"deita-te" pedi-lhe. ele deitou-se. a sua barriga estava colada às minhas costas, em conchinha. começou a fazer festinhas na minha testa, descendo até À ponta do meu nariz. comecei a sentir alguma coisa a descer pelo meu pescoço. ele estava a chorar.
"porque estás a chorar?" perguntei-lhe. não respondeu, apenas pôs os seus braços à volta da minha cintura e apertou-a, de modo carinhoso. " porquê?" perguntei outra vez.
não respondeu. virei-me para ele. ficámos tão coladinhos.. ele deu-me um beijo na testa e e enrolei-me nele.
"posso não me lembrar de nada, mas sei que quando alguém chora, é porque está triste. eu não me lembro de ti, mas sei que eras muito impotante para mim." contei-lhe. curvou os seus lábios de modo a obter um leve sorriso na sua face.abracei-o e encolhi-me ainda mias nele e adormeci.
primeiro de tudo, espero que estejam a gostar.
desculpem a demora, mas não tive tempo memo nenhum para escrever! digam o que acharam deste capitulo nos comentarios!
espero não perder leitoras, pro favor comentem votem e partilhem
bjs ly all! ❤️
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Uncertainty
Literatura FemininaUma rapariga que não consegue "traduzir" os sentimentos e que nem tem a certeza deles... Uma simples miúda no mundo que tem uncertainties...