Mais um domingo se encerrava na monótona Califórnia. Los Angeles mantinha-se tão calma como nunca para quem visse de longe. Mas para os profissionais do crime, aquele seria mais um dia entre inúmeros de casos irrelevantes para a carreira dos que trabalham na agência.
Havia se passado trinta minutos desde que o horário da japonesa tinha chegado ao fim. Não que fosse obrigada a chegar no horário, além do mais todos sabem que Hina é suficientemente competente para realizar seu trabalho tão bem quanto qualquer um. Não é atoa de que ela é a melhor espiã em atividade pelo FBI. Porém se quisesse ter alguns minutos livres, deveria ter chegado o quanto antes.
Embarcara a algumas semanas para o Panamá, onde se infiltrou na agência de policiais do país para conseguir a verdade sobre casos não solucionados, principalmente sobre o desaparecimento dos irmãos Wood. O país mantinha serviços com os Estados Unidos, mas ultimamente inúmeros acontecimentos vem sido realizados no país, que recentemente foi titulado como um dos mais importantes do mundo. Sequestros, desaparacimentos, canibalismo e tráfico humano. Mais de 87% dos casos arquivados e não resolvidos, mesmo com inúmeras provas e depoimentos. Poderia ser falta de competência da polícia, mas o que ninguém vê, ninguém sabe. A não ser que Hina Yoshihara esteja em ação.
Após uma longa viagem, a mulher finalmente chegou no apartamento de seu amigo e tocou a campainha. Hina nunca ia para sua casa após uma missão, seria como cometer suicídio. Nunca se sabe se há alguém a sua espera, pronto para colocar um fim na vida da espiã. E ela aprendeu isso com seus próprios erros, na sua quarta missão onde foi quase baleada por um funcionário russo. E por conta disso, também está sempre mudando de casa. Já morou em todo canto imaginável na Califórnia, e para ser honesta, era cansativo.
— Quem é? — A voz rouca e familiar do americano ecoou pela porta até o outro lado.
— Hina — respondeu impaciente e cansada encarando a porta.
— Hina quem? — Noah perguntou segundos mais tarde, a fazendo revirar os olhos.
— Hina Yoshihara, sua japonesa favorita que não aguenta mais esperar do lado de fora.
Em poucos segundos, a porta foi destrancada e aberta por um americano de calças moletom, com uma toalha no ombro direito e fios de cabelo molhados. O maior sorriu contente em finalmente ver sua companheira após semanas. Deu espaço para que a mulher passasse e em seguida trancou a porta de volta.
— Achei que não chegaria hoje — Noah girando a chave da última fechadura.
— Por que não? — Perguntou de imediato tirando o moletom com uma estampa infantil, ficando apenas com uma blusa branca de regata.
Noah não respondeu, apenas largou as chaves na bancada de pedra negra e caminhou até a cozinha. Também mudava de apartamento frequentemente. Não que fosse necessário, mas era sempre bom prevenir. O rapaz abriu a geladeira e se abaixou, pegando assim duas cervejas enquanto Hina girava em 360° para observar o apartamento.
Era um enorme bloco e muito bem desenhado. A parede principal era ocupada por uma janela gigantesca, dando assim uma visão ampla e bela do centro da Califórnia. A mulher deixou suas malas no canto da casa, perto de uma escada que a levaria para uma cama elevada - que por sinal fica acima de uma sala a parte onde fica o escritório do americano.
Mesmo o ambiente não sendo conhecido, Hina se sentia em casa. Simplesmente pelo fato de ter Noah ali, ao lado dela. Não iria confessar, mas havia sentido muitas saudades do rapaz.
— Como foi a viagem? — O homem perguntou abrindo as duas garrafas de cerveja, antes de entregar uma delas para a menor.
— Melhor do que eu esperava — pegou a longneck e virou a bebida em sua boca, dando um longo gole na cerveja. — Consegui tudo e ainda mais. — Sorriu contente por poder dizer isso.
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Too High
FanfictionUma espiã do FBI com mais de 8 anos de experiência e vários casos bem-sucedidos, medalhas e títulos. Como se já não bastasse tudo isso, Hina Yoshihara queria mais. Queria alimentar o seu ego. Arriscaria sua vida em uma missão que nunca pensaria real...